Responsável Técnico - Dr. Avelino Vicente Guzzi | CRM 9959

Também conhecida como esteatose hepática, a condição requer atenção especial sobretudo à dieta e ao exercício físico

Complicados, os termos “esteatose hepática” e “doença hepática gordurosa não alcoólica” podem até confundir quem os lê. Mas fique tranquilo: eles denominam um só distúrbio, mais fácil de entender quando chamado simplesmente de gordura no fígado. Estamos falando da disfunção hepática mais comum no mundo inteiro!

O que é?

Atualmente, as estimativas são de que 30% da população sofra com esteatose hepática. Em resumo, a gordura vai se alojando no fígado com os anos, sobrecarregando-o de pouco em pouco. Mais pra frente, falaremos de hábitos que promovem essa invasão gordurosa.

Embora leve anos até ser descoberto, por não apresentar sintomas claros, o distúrbio acarreta complicações bem graves – como cirrose e até câncer, conforme explica Edison Parise, hepatologista na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e presidente do Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig).

O médico lista, entre as principais causas da esteatose hepática, a síndrome metabólica, um conjunto de problemas que envolve obesidadepressão alta e níveis elevados de glicosecolesterol e triglicérides. Também podem ter culpa no cartório complicações na tireoidesedentarismo e exposição excessiva a agentes químicos, como pesticidas ou certos medicamentos.

Após o diagnóstico médico de um daqueles nomes complicados, a principal recomendação costuma abranger mudanças no estilo de vida. Isso inclui a adoção daqueles hábitos que, na verdade, todo mundo já prega como saudáveis (fazer exercício, comer com moderação, maneirar no álcool). Mas eles nem sempre são fáceis de incorporar na rotina, o que inclusive ajuda a justifica a “epidemia” de gordura no fígado.

Ainda assim, há algumas sacadas que merecem sua atenção se o objetivo é emagrecer esse órgão. SAÚDE destaca as principais abaixo:

Dieta: modo de fazer

Quando o assunto é a relação entre a alimentação e a saúde do fígado, os profissionais cobram muita cautela com o álcool. “Entre quem apresenta esteatose, o consumo deve ser restringido, porque pode agravar as lesões hepáticas”, explica Juliana Vieira Meireles, nutricionista clínica do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

Para quem ainda não tem a condição, no entanto, alguns estudos têm apontado que a ingestão moderada de vinho, por exemplo, pode favorecer a saúde do órgão. De acordo com Juliana, esse tipo de vantagem só se demonstra verdadeiro nos indivíduos ativos com uma dieta equilibrada e sem histórico da doença na família. E cabe reforçar: os goles devem vir em quantidades moderadas!

Segundo Juliana, estudos têm demonstrado que, quando associado ao consumo de fibras, o de probióticos (como é o caso de iogurte, queijos e leite fermentado) está relacionado a melhoras no metabolismo das gorduras. A nutricionista explica ainda que esse tipo de alimento ajuda na eliminação do colesterol pelas fezes – uma ótima notícia para quem tem esteatose. “Controlar principalmente a presença do LDL, o colesterol ‘ruim’, diminui a quantidade de gorduras que chegam ao fígado”, comenta a especialista.

Existem diferentes tipos desse nutriente, e é essencial distingui-los para compreender quais devem fazer parte da dieta de quem está com o fígado cheio de banha – e quais não devem.

As gorduras saturadas, presentes em produtos de origem animal como manteigas e carnes ou queijos gordos, estão ligados ao aumento do LDL, considerado o colesterol “ruim”.

Já as  insaturadas, vindas em sua maioria dos vegetais, diminuem o LDL e aprimoram o perfil de colesterol do organismo. Com moderação, elas fazem bem para o organismo como um todo.

Por último, as gorduras trans: modificadas industrialmente, elas catapultam o nível de LDL e fazem o mesmo com os triglicérides, além de reduzir o colesterol considerado bom, o HDL. São ainda mais prejudiciais à saúde do que as saturadas – tanto que estão sendo abolidas dos produtos. Hoje, restringem-se mais a sorvetes e bolachas.

Juliana explica que, mais que evitar as saturadas e as trans, é importante controlar a ingestão excessiva de gorduras como um todo, inclusive das insaturadas.

Dizem por aí que quem sofre com a gordura no fígado deve evitar os carboidratos por completo. Mas não se desespere: o cardápio não precisa ser tão restritivo assim. “A estratégia de boas escolhas de fontes de carboidrato parece ser fundamental”, explica Juliana. Sim, como com as gorduras, maneirar e optar pelas fontes mais saudáveis é bem importante.

Os carboidratos simples, como os encontrados no açúcar de mesa e em cereais refinados, são absorvidos com mais velocidade, o que joga a glicemia lá para o alto. Além disso, eles se convertem em gordura no fígado com maior facilidade. Portanto, não exagere.

Já os complexos, presentes em alimentos integrais e os tubérculos, acessam a circulação e o fígado de maneira mais vagarosa. Isso minimiza o risco de sobrecargas.

Um recado final antes de deixarmos a alimentação de lado: essas particularidades mostram como é bom visitar um nutricionista, em especial se o fígado já está repleto de banha. “Os carboidratos devem ser adequados em quantidade e em tipo ao gasto energético de cada paciente”, exemplifica Juliana.

Para além do prato

“Quando você vai propor uma mudança de estilo de vida, modificações na dieta e o incentivo à atividade física são os principais fatores. Cerca de 70% dos pacientes são inativos ou têm um índice baixo de exercício no dia a dia”, explica o médico Edison Parise. “A atividade física, seja aeróbica ou de resistência, aumenta a capacidade de perder gordura”, completa.

Apesar de não engordar o fígado, fumar prejudica muito a capacidade de o órgão se recuperar depois de adversidades. Isso acontece por causa da falta de oxigenação adequada das células – não é fácil encontrar ar puro em meio a tanta fumaça, mesmo dentro do corpo. Isso, aliás, prejudica a recuperação de quase todos os nossos tecidos.

O ato de dormir tem sido cada vez mais reconhecido pela ciência por seu papel na saúde. Além de atrapalhar o desempenho da insulina (o que indiretamente contribui para a degeneração do fígado), a falta de sono tira a vontade de se exercitar.

Fonte: Revista Saúde

Muitas pessoas sofrem com o refluxo ácido, que está muito ligado ao tipo de alimento ingerido

Com certeza, em algum momento da vida você já teve azia, ou, no mínimo, conhece alguém que sofre com este problema de saúde. De acordo com o site americano Prevention, especializado em notícias de saúde, essa condição também é conhecida como refluxo ácido. “Basicamente, a azia acontece quando o suco gástrico se desloca do estômago para o esôfago, que é o canal que liga a garganta ao sistema digestivo”, explica o gastroenterologista Kevin Ghassemi, em entrevista para o site americano.

Apesar de ser um problema bastante comum, a azia nunca deve ser ignorada caso aconteça de forma recorrente. Outro especialista consultado pelo Prevention, o também gastroenterologista Bruce Greenwald, alerta que, quando surgir a queimação, o ideal é procurar um médico, pois os sintomas podem significar, até mesmo doenças graves como câncer de estômago.

Porém, para os casos isolados de azia, como após um almoço “caprichado” de domingo, os especialistas ouvidos pelo site americano dão algumas dicas caseiras que ajudam a tratar ou evitar o problema, sem precisar recorrer aos famosos antiácidos efervescentes.

Suco de aloe vera

A primeira dica dos médicos é o suco de aloe vera, que é uma planta suculenta mais conhecida no Brasil como babosa. De acordo com os especialistas, os pacientes que receberam a recomendação de ingerir essa bebida relataram bons resultados.

Vinagre de maçã

Outro líquido que também pode ser um aliado para aliviar os sintomas da azia é o vinagre de maçã, facilmente encontrado nos supermercados brasileiros. O médico Kevin Ghassemi afirma que os pacientes atendidos por ele atestam a eficácia desse “tempero” para combater o problema. O portal Prevetion recomenda diluir uma ou duas colheres de sopa de vinagre de maçã em, aproximadamente, 240 ml de água, para facilitar a ingestão.

Conheça os vilões

Uma dica óbvia, mas que nem todo mundo presta atenção, diz respeito à identificação dos produtos responsáveis por causar a azia. “Os alimentos gordurosos, geralmente, são os que mais favorecem o surgimento do problema”, alerta o gastroenterologista Bruce Greenwald.

Outros tipos de comida, como as que levam molho de tomate; bebidas à base de cafeína ou com gás; chocolate; e os lanches das redes de fast-food também são vilões quando o assunto é refluxo, conforme orientação do médico Kevin Ghassemi.

Cuidado com a gula

Comer muito, e de uma só vez, é outro fator que pode desencadear o refluxo ácido. Ghassemi recomenda que a pessoa faça “mini refeições” durante o dia, ao invés de exagerar no café da manhã, no almoço ou no jantar. E, claro, esses pequenos lanches não podem conter alto teor calórico, como salgadinhos industrializados e biscoitos recheados, destaca o gastroenterologista.

Não comer e dormir

Outra dica dada pelos especialistas é não comer e se deitar logo em seguida. O motivo, segundo eles, é que, quando estamos em pé ou sentados, nosso sistema digestivo conta com a ajuda da gravidade para que os alimentos ingeridos sigam o fluxo natural. O mesmo não ocorre ao deitarmos, ocasionando o deslocamento do suco gástrico para o esôfago – este é um dos principais fatores causadores da azia.

Acupuntura

A técnica milenar chinesa que usa agulhas em pontos específicos do corpo também pode ser uma aliada no combate ao refluxo ácido. Conforme reportagem do site Prevention, um estudo, publicado em 2010 pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, mostra que pessoas com refluxo, que passaram por duas ou três sessões de acupuntura, semanalmente, durante o período de um mês e meio, tiveram redução nos sintomas da azia.

Fonte: Revista Saúde

A dificuldade para processar o glúten que vem da dieta causa reações dos pés à cabeça, em especial no intestino. Conheça o problema e como contorná-lo

A doença celíaca é uma reação exagerada do sistema imunológico ao glúten, proteína encontrada em cereais como o trigo, o centeio, a cevada e o malte. De origem genética, pode causar diarreia, anemia, perda de peso, osteoporose, câncer e até déficit de crescimento em crianças.

O corpo de quem tem o problema não possui uma enzima responsável por quebrar o glúten. Como a proteína não é processada direito, o sistema imune reage ao acúmulo e ataca a mucosa do intestino delgado. Isso causa lesões e prejudica o funcionamento do órgão.

A doença celíaca costuma dar os primeiros sinais entre o primeiro e o terceiro ano de vida, período em que muitos dos cereais são introduzidos na dieta das crianças. Mas há casos em que o diagnóstico só acontece na vida adulta, quando o indivíduo já apresenta carências nutricionais graves, pela falta de sintomas específicos.

Sinais e sintomas

– Barriga estufada

– Gases

– Ânsia de vômito

– Diarreia

– Irritabilidade

– Perda de peso

– Lesões na pele

– Queda de cabelo

Fator de risco

– Predisposição genética: familiares de pacientes celíacos têm maior risco de desenvolver o quadro

A prevenção

Por ora, não existem maneiras de impedir o aparecimento da doença celíaca. Porém, como a genética está envolvida no processo, o histórico familiar pode ajudar no diagnóstico precoce, o que aumenta as chances de adaptar a dieta e evitar lesões no intestino.

O diagnóstico

Com sintomas parecidos a diversos outros problemas gastrointestinais, não é fácil ter certeza de que o glúten é o responsável pelo incômodo. Casos confirmados de doença celíaca na família ajudam o médico a direcionar a investigação. O diagnóstico inclui exame de sangue, que verifica a presença de anticorpos específicos do problema. Mas, sozinho, esse teste não é suficiente.

Para confirmar a detecção, o gastroenterologista prescreve a biópsia do intestino delgado. Essa é a única maneira de flagrar com certeza a doença celíaca. Com esse exame, é possível verificar se as vilosidades, pequenas dobras do órgão responsáveis pela absorção de nutrientes, estão atrofiadas.

O tratamento

Não existem medicamentos ou procedimentos específicos para tratar a doença celíaca. A única maneira de se livrar dos transtornos intestinais e evitar complicações é eliminar todos os produtos com glúten do cardápio. A lista de alimentos que devem ser evitados é extensa. Pão, macarrão, pizza e pastel devem sair do cardápio. Há produtos que possuem glúten e pouca gente sabe. É o caso de molhos prontos, sopas instantâneas, achocolatados em pó e até cerveja.

Um nutricionista ajuda a tirar dúvidas sobre a dieta restritiva e orienta como substituir os itens que não podem entrar na dieta. Farinha de milho, de arroz e de mandioca, por exemplo, estão livres da substância. A lei brasileira ainda obriga que a indústria de alimentos informe no rótulo se aquele produto contém glúten ou não.

Nem todo paciente celíaco tem o mesmo grau da doença. Há casos sensíveis em que apenas 50 miligramas da proteína — o equivalente a um centésimo de uma fatia de pão — já lesionam as paredes do intestino. Em outros casos uma pequena quantidade de glúten é tolerada.

Após suspender o consumo da proteína de trigo, cevada e centeio, a mucosa do intestino começa a se recuperar. Em geral, o órgão fica novo em folha dentro de 1 a 2 anos depois do corte total de glúten.

Fonte: Revista Saúde

Fatores físicos, emocionais e culturais contribuem para o desequilíbrio gastrointestinal

A prisão de ventre é um sintoma presente na rotina de dois terços das mulheres brasileiras, independentemente da condição socioeconômica ou da região do país em que ela more. Essa é uma das conclusões de um amplo estudo da Federação Brasileira de Gastroenterologia, que recolheu depoimentos de 3029 mulheres de 9 capitais, além do Distrito Federal.

A maioria das entrevistadas relatou que os sintomas gastrointestinais como dores e inchaço no abdômen, gases e prisão de ventre afetaram a qualidade de vida de uma forma geral. As consequências reportadas se concentram especialmente no estado emocional, com variação de humor (89%), na concentração (88%) e na vida sexual (79%).

Apesar da intensidade dos desconfortos, 25% das mulheres ouvidas declara que não costuma procurar auxílio médico por não considerar os frequentes desequilíbrios decorrentes de alguma doença e 20% delas acredita que os sintomas vão desaparecer por si só.

Fatores físicos, emocionais e culturais combinados ajudam a agravar as condições de manutenção da saúde intestinal entre as mulheres.

Em entrevista, o médico Érico Rolvare, especialista em Nutrição e Medicina Preventiva, tirou algumas dúvidas sobre as causas e consequências da prisão de ventre entre a população feminina e apontou soluções para manter o equilíbrio da flora intestinal e desfrutar de mais saúde e qualidade de vida.

Por que o intestino preso é mais frequente nas mulheres e o que pode ser feito por elas para prevenir esse quadro?

“Frequentemente as mulheres costumam apresentar mais problemas de constipação intestinal pela ação hormonal ou falta, períodos da TPM (Tensão Pré-Menstrual) e menopausa. Os relatos de diminuição do hábito intestinal são mais frequentes, seja por fatores psicológicos os quais as mulheres apresentam um receio maior em usar banheiros fora de suas casas”.

O aspecto emocional pode influenciar? De que modo?

“ O aspecto emocional influencia muito no funcionamento intestinal. A maioria das pessoas, quando ansiosas, acabam por apresentar uma aceleração do trânsito intestinal, ocasionando episódios diarreicos. Outras, por insegurança de usar o banheiro fora de suas casas, acabam apresentando constipação intestinal. O uso de técnicas de relaxamento, treinamento do auto controle, e em casos mais extremos a ajuda de medicamentos ajudam minimizar esse sintomas”.

Quais são os alimentos que mais podem ajudar a prevenir quadros de prisão de ventre?

“Os alimentos que mais ajudam no funcionamento intestinal saudável, são as fibras solúveis e insolúveis, presentes nas frutas, verduras, legumes e grãos. Mas para essas fibras funcionarem deve haver uma hidratação efetiva nesse organismo, portanto não adianta só ingerir as fibras sem a ingestão principalmente de água e outros líquidos.

Quais são os maiores riscos de se aderir a dietas da moda, mesmo aquelas que recomendam alimentos ricos em fibras? Os excessos são comuns?

“As dietas da moda, seja a dieta com excesso de fibras, seja com restrição na ingestão de fibras, podem causar sérios problemas no equilíbrio da flora bacteriana intestinal. As fibras insolúveis são a fonte de alimento para a flora intestinal saudável, mas o excesso leva a um processo de fermentação exagerado e a um desequilíbrio, e a falta também”.

Além de uma boa alimentação, qual a importância de fórmulas nutracêuticas no reequilíbrio da saúde intestinal?

“O uso de nutracêuticos, como prebióticos e probióticos, ajudam muito na melhora do funcionamento intestinal, isso associado a uma dieta adequada”.

Em 2018, estima-se que surgirão mais de 21 mil novos casos da doença no país

câncer de estômago ou câncer gástrico é uma doença silenciosa e que pode não apresentar nenhum sinal ou sintoma em seu início. Vale lembrar que existem hábitos diários que podem contribuir para o surgimento da enfermidade. Com relação ao fator hereditário, somente 3-5% tem relação comprovada.

Primeiramente, é importante saber que dores no estômago, saciedade alimentar precoce, dificuldade na digestão de alimentos, perda de peso e anemia devido à deficiência de ferro são sintomas da doença. No entanto, o diagnóstico do câncer gástrico só pode ser feito através da endoscopia digestiva alta.

No exame, uma câmera de vídeo consegue captar imagens de todo o estômago e identificar os locais lesionados, de onde são retirados fragmentos das áreas suspeitas. É feita a biópsia gástrica, ou seja, o material é analisado e conclui-se se há ou não o câncer.

Se diagnosticado com a doença, o tratamento do paciente depende do estágio em que o câncer se encontra. Cirurgia de retirada do estômago, quimioterapia e até radioterapia estão entre as indicações.

Prevenção

Em 2018, estima-se que surgirão mais de 21 mil novos casos da doença no país, de acordo com o INCA. No Brasil, esses tumores aparecem em terceiro lugar na incidência entre homens e em quinto, entre as mulheres.

E há maneiras de se prevenir contra o câncer de estômago? Sim, hábitos como o tabagismo e o consumo excessivo de sal, embutidos e defumados contribuem para o aparecimento da doença.

Obesidade, infecções pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e pela bactéria H. pylori, algumas cirurgias gástricas prévias, gastrite atrófica e metaplasia intestinal são considerados fatores de risco da doença.

Portanto, uma dieta saudável e peso corpóreo adequado são posturas sadias para se evitar o câncer gástrico.

O tratamento do câncer de estômago varia conforme cada estágio

Nos últimos anos, novas pesquisas permitiram o avanço da prevenção, detecção precoce e tratamentos do câncer de estômago. Tradicionalmente, eles variam conforme cada estágio:

 

Medicamentos alvo para o tratamento de câncer de estômago estão entre as novidades encontradas por pesquisadores recentemente. Eles podem funcionar quando os quimioterápicos convencionais não estão respondendo, e têm menos efeitos colaterais. Entre eles, estão os que bloqueiam as proteínas HER2 ou EGFR, presentes em algumas células de câncer de estômago que facilitam o desenvolvimento do tumor.

Além do tratamento com terapias alvo, a imunoterapia também pode ser recomendada para o combate ao câncer de estômago. A abordagem usa medicamentos que estimulam o sistema imunológico a lutar contra o tumor. Um estudo coreano mostrou que a combinação de quimioterapia com um tipo de imunoterapia retardou a recidiva da doença e aumentou a sobrevida de alguns pacientes.

Para determinar se os medicamentos alvos podem ajudar no caso de um paciente, exames de biópsia líquida são recomendados. O procedimento é simples, indolor e rápido, e traça um perfil que ajuda a determinar o tratamento mais eficaz para todos os tipos de câncer.

Divertículos são pequenas bolsas ou orifícios que se formam na parede do cólon, habitualmente em pessoas com mais de 60 anos de idade. Muitas pessoas têm divertículos no cólon sem apresentar nenhum tipo de queixa ou sintoma.

Os divertículos, porém, podem infectar, levando a um quadro chamado de diverticulite, que costuma cursar com febre, dor abdominal e alterações do trânsito intestinal.

O QUE É UM DIVERTÍCULO?

Um divertículo é uma pequena bolsa que se forma na parede do intestino grosso (cólon), semelhante a um dedo de luva.

 

Um divertículo é uma pequena bolsa que se forma na parede do intestino grosso (cólon), semelhante a um dedo de luva, como pode ser visto na ilustração abaixo.

Diverticulite
Divertículos

Um divertículo costuma ter entre 0,5 e 1 cm, e se forma principalmente na porção final do intestino (cólon descendente e sigmoide). Os divertículos costumam surgir nas regiões da musculatura do cólon onde há vasos sanguíneos. Esta informação que será importante quando discutirmos a parte dos sintomas.

Todo paciente que apresenta pelo menos um divertículo identificado algum exame diagnóstico, seja radiológico ou endoscópico, é considerado como portador de doença diverticular, ou simplesmente, diverticulose.

COMO SURGEM OS DIVERTÍCULOS?

Os divertículos parecem surgir por uma fraqueza na parede do cólon associado a anos de aumento da pressão dentro do intestino. Os principais fatores de risco são a idade, que favorece o enfraquecimento da musculatura do intestino, e uma alimentação pobre em fibras, que além de favorecer a constipação intestinal, também contribui para formação de fezes de pequeno volume e não moldadas, o que aumenta o trabalho do cólon para empurrá-las em direção ao reto e ânus.

Outros fatores de risco conhecidos são a obesidade e o sedentarismo.

Aproximadamente 30% das pessoas acima de 60 anos e mais de 60% das pessoas acima de 80 anos possuem divertículos.

O QUE É DIVERTICULITE?

A maioria dos paciente com diverticulose não apresenta nenhum sintoma e, muitas vezes, sequer sabe ser portadora de doença diverticular. A diverticulite surge quando um dos divertículos fica inflamado. Diverticulite = inflamação do divertículo.

Admite-se atualmente que a principal causa para a diverticulite seja a obstrução do divertículo por pequenos pedaços de fezes, que favorecem a proliferação de bactérias dentro mesmo.

Não há nenhuma comprovação científica de que comer amendoins, sementes, milho, pipoca ou outros alimentos deste tamanho possam causar obstrução dos divertículos levando a diverticulite. Isto é apenas um mito e pacientes com divertículos não precisam evitar este tipo de alimentação.

SINTOMAS DA DIVERTICULITE

A diverticulite é muitas vezes chamada de “apendicite do lado esquerdo”. Os sintomas podem ser muito parecidos, uma vez que o processo patológico é semelhante. Em geral, os sintomas são: mal estar, dor intensa na região inferior esquerda do abdômen, febre, alterações do ritmo intestinal, seja diarreia ou prisão de ventre, náuseas e vômitos. Eventualmente ocorre diverticulite no lado direito do intestino, um quadro que é clinicamente indistinguível de uma apendicite.

Uma das complicações possíveis da diverticulite é a perfuração do divertículo inflamado levando ao contato do conteúdo intestinal (fezes) com a cavidade peritonial, o que causa uma intensa peritonite. Outra complicação temida é a formação de um abscesso dentro do divertículo, um quadro de difícil tratamento e que eleva o risco de rotura do divertículo.

Como dito no início deste texto, muitos divertículos se formam em áreas onde passam vasos sanguíneos, favorecendo a lesão destes e o surgimento de sangramento no intestino, manifestando-se clinicamente pela presença de sangue nas fezes.

Uma complicação mais rara é a formação de fístulas, que é o aparecimento de uma comunicação entre dois órgãos. Por exemplo, se a diverticulite ocorre em uma área do intestino próxima da bexiga, a inflamação pode fazer com que essas duas áreas se grudem e criem um orifício entre elas (fístula) fazendo com que urina entre em contato com o intestino e fezes com a bexiga.

DIAGNÓSTICO DA DIVERTICULOSE – DIVERTICULITE

Divertículos assintomáticos costumam ser descobertos em exames radiológicos ou endoscópicos por acaso. Na maioria dos casos eles são identificados em colonoscopias realizadas para rastreio do câncer de cólon.

Quando há suspeitas de uma diverticulite em curso, o melhor exame diagnóstico é a tomografia computadorizada (TC) do abdômen. Nestes casos, a colonoscopia costuma ser feito somente após a resolução da inflamação para posterior avaliação e quantificação dos divertículos. Durante a fase aguda da diverticulite, há o temor de que procedimentos endoscópicos possam piorar a diverticulite e facilitar perfurações das áreas inflamadas.

A tomografia é capaz de diagnosticar não só a diverticulite como também abscessos e fístulas, caso estejam presentes. A ultrassonografia pode também ser usada como primeiro exame, antes da TC, pela facilidade e comodidade do procedimento.

TRATAMENTO DA DIVERTICULITE

Pacientes com diverticulose sem sintomas não precisam de nenhum tratamento. Indica-se apenas alterações na dieta de modo a consumirem mais fibras visando um aumento no volume das fezes o que teoricamente diminuiria o risco de obstrução dos divertículos e preveniria a formação de novas lesões.

Uma diverticulite leve pode ser tratada em casa com antibióticos e dieta restrita a líquidos. Em casos mais graves com febre alta, intensa dor abdominal e incapacidade de ingerir alimentos, a hospitalização e o uso de antibióticos por via venosa faz-se necessário.

Quando não há resposta ao tratamento clínico ou quando surgem complicações como perfurações e peritonite, indica-se cirurgia para lavagem do peritônio e remoção da área doente do cólon. Normalmente é preciso manter uma colostomia por alguns meses para deixar o intestino cicatrizar.

Fonte: MD Saúde

A Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) juntamente com clínicas e outras entidades e centros de estudos que se dedicam às doenças do aparelho digestivo, amplia a discussão e apoia o Maio Roxo, período de conscientização das doenças inflamatórias intestinais (DIIs).

A Retocolite Ulcerativa (RCU) e a Doença de Crohn (DC) são umas dessas enfermidades e podem ter manifestações extra intestinais em 30% dos portadores, como problemas oculares, articulares, de pele, aftas orais, de vias biliares e fígado. Pacientes diagnosticados com DII têm maior risco de câncer colorretal e após oito ou 10 anos do diagnóstico, é recomendada a realização periódica de colonoscopia.

As DIIs não têm cura e a origem não está completamente esclarecida. Fatores genéticos e ambientais como a modificação das bactérias luminais e o aumento da permeabilidade intestinal, podem justificar a má regulação da imunidade do intestino. A Retocolite e a Doença de Crohn são mais comuns em países desenvolvidos. Essa situação tem se alterado e o diagnóstico aumentado em países em desenvolvimento, incluindo o Brasil. O motivo é a “hipótese da higiene”: pessoas menos expostas a infecções na infância ou condições anti-higiênicas, perdem microrganismos potencialmente “amigáveis” ou organismos que promovem o desenvolvimento das células T regulatórias, ou não desenvolvem um repertório imune suficiente porque não tiveram contato com organismos agressivos. “Outras hipóteses incluem mudanças para uma dieta e estilo de vida ocidentais, incluindo medicamentos e vacinas”, acrescenta Juliana.

A médica afirma que o diagnóstico precoce e o tratamento podem permitir o controle das DIIs. Os medicamentos contribuem para proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes. “Em muitos casos, o diagnóstico das DII é retardado pelo desconhecimento de suas principais manifestações clínicas. Exames complementares auxiliam o médico no diagnóstico e cada paciente será orientado de acordo com o seu quadro clínico, não estando descartada a cirurgia”, diz Juliana, que alerta: “O paciente precisa estar atento aos sinais. Assim que observar algo de errado, deve procurar o médico para ter o diagnóstico e iniciar o tratamento o quanto antes”, conclui.

Doença de Crohn 
A doença de Crohn pode se manifestar em qualquer parte do tubo digestivo (da boca ao ânus), sendo mais comum no final do intestino delgado e do grosso. Entre os sintomas principais estão diarreia, sangue nas fezes, anemia, dor no abdome, perda de peso. Mais raramente há estomatites (inflamações na boca). Também pode atingir pele, articulações, olhos, fígado e vasos. A doença mescla crises agudas recorrentes, leves a graves, e períodos de ausência de sintomas.

O diagnóstico é feito por meio da colonoscopia com biópsia. Outros exames como radiografia do abdome, exame contrastado do intestino delgado, tomografia computadorizada, ressonância magnética, cápsula endoscópica, enteroscopia e exames laboratoriais, na dependência dos sintomas, auxiliam na identificação das alterações típicas.

É relativamente comum a necessidade de cirurgias, como retirada de segmentos do intestino por oclusão, sangramento ou perfuração, especialmente o delgado, e tratamento de lesões anais como abscessos e fístulas, contribuindo, em muito, para o controle dos sintomas e das possíveis complicações. Também não é rara a confecção de estomas, que são aberturas do intestino na pele do abdome para permitir a saída de fezes, sem passar pela região afetada.

Retocolite ulcerativa 
A retocolite ulcerativa inespecífica caracteriza-se por inflamação da mucosa do intestino grosso, apresentando diarreia crônica com sangue e anemia. O reto quase sempre está afetado, sendo às vezes o único segmento. Não há lesões no intestino delgado, o que constitui característica da doença, muitas vezes sendo o fator primordial para diferenciá-la da doença de Crohn. A inflamação pode vir a se tornar muito grave, com hemorragias maciças e perfuração intestinal, necessitando de cirurgias de urgência. O diagnóstico é feito principalmente pela colonoscopia com biópsias.

O tratamento inclui medicamentos para controle da inflamação como corticóides, imunossupressores e até terapia biológica. Quando a doença não consegue ser controlada por meio de tratamento clínico ou apresenta determinadas complicações agudas ou crônicas, especialmente neoplasia, mesmo muito precoce, opta-se pela cirurgia.

Fonte: Terra

Sociedade Brasileira de Coloproctologia alerta que incidência de doença de Crohn e retocolite ulcerativa vem aumentando nos países em desenvolvimento 

A SBCP realiza este mês o Maio Roxo, campanha de conscientização das doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.

Apesar de não ter causa comprovada, estima-se que as doenças inflamatórias intestinais (DII) estejam relacionadas aos chamados hábitos de vida ocidentais, como alto consumo de comidas gordurosas e produtos industrializados, além de fatores hereditários e imunológicos. No Brasil, as DII atingem 13,25 em cada 100 mil habitantes, sendo 53,83% de doença de Crohn e 46,16% de retocolite ulcerativa, segundo dados apresentados no I Congresso Brasileiro de Doenças Inflamatórias no Brasil (GEDIIB), realizado em abril, em Campinas.

Para conscientizar sobre o problema, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) realiza a campanha Maio Roxo. No Portal da Coloproctologia e na página da Sociedade no Facebook , o público leigo obterá informações e dicas sobre a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Serão realizadas ainda ações de esclarecimento ao público em algumas cidades.

As DII atingem ambos os sexos, principalmente os jovens (entre 20 e 40 anos), podendo acarretar prejuízos no dia a dia do paciente. “Apesar de ainda não haver uma cura, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem permitir o controle e uma melhor qualidade de vida”, afirma o presidente da SBCP, Dr. Henrique Fillmann.

Entre os sintomas são comuns diarreia (com pus, muco ou sangue), cólicas, gases, fraqueza, perda de apetite e febre. Podem ocorrer ainda problemas oculares, articulares, cutâneos e no fígado.

Incidência

Em países desenvolvidos a incidência de DII está estabilizada, porém a sua prevalência continua aumentando. “Já em países em desenvolvimento, como o Brasil, devido ao processo de ocidentalização e industrialização, estamos vivendo o que os países desenvolvidos viveram na década de 50, ou seja, um aumento da incidência de DII”, afirma a Dra. Gilmara Pandolfo, membro titular da SBCP.

No estado de São Paulo, a incidência é maior para a doença de Crohn (DC) do que para a retocolite ulcerativa (RCU). A prevalência é 53,05, sendo maior para a retocolite ulcerativa, com 28,5 em cada 100 mil habitantes, e 24,5 em cada 100 mil habitantes para Crohn. De acordo com a médica, esses dados, apresentados no GEDIIB, também podem refletir o perfil das DII no restante do país.

Doença de Crohn

A doença de Crohn é uma inflamação crônica que pode se manifestar em qualquer parte do tubo digestivo (da boca ao ânus), sendo mais comum no final do intestino delgado e do grosso. O tabagismo e o histórico familiar estão entre os fatores de risco da doença.

O diagnóstico é feito por meio da colonoscopia com biópsia. Outros exames como radiografia do abdome, tomografia computadorizada, ressonância magnética e exames laboratoriais auxiliam da identificação.

Em alguns casos pode ser necessário realizar cirurgias para retirada de segmentos do intestino em razão de oclusão, sangramento ou perfuração e tratamento de lesões anais. Também pode ser recomendada a confecção de estomas (bolsas coletoras de fezes acopladas na pele do abdome).

Retocolite ulcerativa

A retocolite ulcerativa é uma inflamação na mucosa do intestino grosso que se caracteriza por diarreia crônica com sangue e anemia. A ausência de lesões no intestino delgado é um dos fatores que podem diferenciá-la da doença de Crohn. O diagnóstico é feito por colonoscopia com biópsia.

Dependendo do caso, o tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico. Também pode ser necessária a colocação de estomas.

Pacientes com DII devem manter uma dieta equilibrada, evitando alimentos gordurosos, como frituras, leite integral e queijo amarelo.

Câncer colorretal

Pacientes com DII possuem maior risco de câncer colorretal quando comparados à população em geral. A colonoscopia é o melhor método para diagnosticar e tratar lesões potencialmente cancerosas relacionadas às DII. Sendo assim, a partir de oito a dez anos de diagnóstico do problema no intestino grosso, recomenda-se a realização periódica do exame.

Fonte: Sociedade Brasileira de Proctologia

Incontinência fecal é a incapacidade de controlar a eliminação das fezes. Esse distúrbio compromete a qualidade de vida e se manifesta mais nas mulheres do que os homens.

Causas

A causa pode ser congênita ou adquirida. Quando adquirida, resulta de enfermidades localizadas na região anal, de traumas como os provocados por acidentes de trânsito, de cirurgias no períneo, de fissurectomias que podem exigir a secção dos músculos do esfíncter, ou de cirurgias para tratamento de câncer.

Enfermidades como derrames (AVC), diabetes esclerose múltipla, assim como o envelhecimento, também podem causar incontinência fecal. Nas pessoas mais velhas, costuma ocorrer redução no número de células do períneo e fechamento insuficiente do canal anal.

Predominância nas mulheres

A incontinência fecal predomina nas mulheres principalmente por causa do trabalho de parto que determina o estiramento e a degeneração parcial do nervo pudendo. Outra causa importante é a prisão de ventre mais comum no sexo feminino.

Acima dos 70 anos, a incontinência fecal se manifesta igualmente nos dois sexos.

Sintomas

A incontinência fecal predomina nas mulheres principalmente por causa do trabalho de parto que determina o estiramento e a degeneração parcial do nervo pudendo. Outra causa importante é a prisão de ventre mais comum no sexo feminino.

Acima dos 70 anos, a incontinência fecal se manifesta igualmente nos dois sexos.

Diagnóstico

O diagnóstico baseia-se no exame proctológico, que permite avaliar a flacidez do ânus, e na retossigmoidoscopia para visualizar a parte interna das porções mais baixas do intestino. Para diagnóstico de incontinência fecal mais acentuada são necessários exames como a eletromanometria e a miografia (Medida do Tempo de Latência do Nervo Pudendo).

Tratamento

O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. O tratamento clínico consiste em corrigir o tipo de evacuação, o que se consegue com dieta e medicamentos específicos para a diarreia e para o aumento bolo do fecal nos casos de prisão de ventre. Antidepressivos e pomadas que melhoram a sensibilidade anal também ajudam. O biofeedback é um autotreinamento para o paciente descobrir o nível de contração necessário para fechar o ânus.

O procedimento cirúrgico é indicado quando o quadro exige transposição dos músculos e para a implantação de um esfíncter artificial.

Recomendações

* Não se constranja em procurar ajuda se apresentar sintomas de incontinência fecal. Esse distúrbio pode prejudicar seriamente a qualidade de vida se não for tratado;

* Ingira mais fibra para aumentar o volume das fezes e evitar crises de obstipação intestinal;

* Use supositórios evacuadores ou pequenas lavagens intestinais para esvaziar o reto antes de sair de casa. desse modo, será possível evitar o inconveniente da perda de fezes ou de gases;

* Aprenda a utilizar a musculatura anal que possui. Em três ou quatro sessões de biofeedback, é possível dominar essa técnica.

 

Fonte: Drauzio Varella

Por ser silenciosa, especialistas chamam atenção para necessidade de exames preventivos

Perigoso, o câncer de colorretal é uma doença silenciosa que só começa a manifestar sintomas, em média, dez anos depois do seu surgimento já com o quadro bem avançado da doença. Diarreias, dor e dificuldades para ir ao banheiro, fraqueza são apenas alguns dos sintomas da doença — segundo tipo de câncer que mais mata mulheres (perde para mama) e o terceiro nos homens (perde para próstata e pulmão). Por isso, é necessário realizar exames preventivos a partir dos 50 anos.

Segundo informações do Inca (Instituto Nacional do Câncer), 16.697 mortes por câncer colorretal foram registradas em 2015 e, em 2017, estimativas mostram que 34.280 novos casos devem surgir em todo o Brasil.

Segundo o coloproctologista Luis Romagnolo, do Hospital de Câncer de Barretos, o câncer colorretal é uma lesão que aparece no intestino muito parecida com uma verruga, localizada no reto ou no cólon.

— Ela é uma degeneração tanto da mucosa do cólon quanto da mucosa do reto, uma alteração nas células que crescem no intestino. A troca de células é normal, todo mundo tem. Mas às vezes o que pode acontecer é que algumas delas se transformem em células malignas.

De acordo com o proctologista, existem duas formas de a doença surgir. A primeira ocorre quando surgem pólipos adenomatosos no intestino, um pequeno grupo de células que formam o revestimento do cólon mas que ainda não se configuram como câncer.

— Esse período de transformação de um pólipo em um tumor maligno demora, em média, 10 anos. Mas existe uma frase na colonoscopia que diz: “Pólipo visto é pólipo tirado”. A não ser que sejam inúmeros pólipos, uma doença que a gente chama de polipose, isso sempre é feito. A maioria dos colonoscopistas já tiram logo que ele é identificado.

Já no caso da segunda, o intestino é afetado diretamente pelo câncer. Em outras palavras, o organismo “pula” a fase de surgimento de pólipos. Quando isso acontece, a doença é chamada de câncer de novo.

Sintomas podem variar 

Quando os pólipos se transformam em câncer, eles passam a ser chamados de tumores e o principal sintoma da doença é a perda de peso, e dependendo do local afetado do intestino, os efeitos podem ser ainda mais específicos, conforme explica o oncologista clínico Manoel Carlos Leonardi de Azevedo Souza, da BP (A Beneficência Portuguesa de São Paulo) .

— As pessoas que têm câncer na parte esquerda do cólon transverso, no cólon descendente ou no sigmóide, vão apresentar obstrução intestinal, dor para defecar e dificuldade ao ir ao banheiro. Mas se os tumores estiverem na parte direita do cólon transverso, cólon ascendente ou no ceco, os sintomas podem ser diarreia e sangramento.

 

Fatores de risco e prevenção

O  diagnóstico precoce do câncer viabiliza o tratamento e ajuda a pessoa a ser tratada em um tempo mais hábil, com a chance até de ela fazer uma cirurgia e não precisar de quimioterapia.

— Isso vai me dizer em qual estadiamento o paciente vai ficar em uma escala de 1 a 4. Quanto mais próximo do zero, menor a chance de a doença progredir. Não é o quanto o câncer é mais bonzinho ou menos, é o fato de ele ter sido diagnosticado mais precocemente ou não.

A recomendação médica de exames para verificar a existência de câncer colorretal é que eles sejam feitos a partir do 50 anos, com frequência entre 5 e 10 anos tanto para o sexo feminino quanto o masculino. O mais conhecido e também mais eficiente deles é a colonoscopia, mas por conta da complexidade do exame, o coloproctologista do Hospital de Câncer de Barretos, afirma que uma das opções que serve como uma primeira triagem é o exame de sangue oculto de fezes.

— É um exame mais fácil de fazer e que também é preconizado pelo SUS. Então a gente faz esse exame e ele sendo positivo, o paciente está eleito para fazer uma colonoscopia.

Mas por conta de a colonoscopia ser muito parecida com o exame de toque retal, existe um tabu quanto à realização do procedimento para os homens. A diferença de um para o outro, segundo Romagnolo, é que a colonoscopia é feita com o paciente dormindo, enquanto no exame de toque retal ele fica acordado.

— Para resolver isso, a gente conversa com o paciente e fala que é uma questão de prevenção, é uma exame que você é totalmente sedado. Não tem nada a ver com alguma coisa exposta a público, nada disso.

Esse problema ocorre exclusivamente com os homens e o especialista explica que isso se deve também pelo que costume que as mulheres precisam ter de fazer exames preventivos.

— Assim como a mulher faz exame de colo de útero, os dois têm que fazer exame de colonoscopia. Mas as mulheres, pelo fato de terem se acostumado desde a infância com os exames preventivos ginecológicos, têm mais facilidade de se adaptarem a esse tipo de tratamento. Já o homem, não. Ele é criado naquele machismo. Então, a conversa que a gente tem é com relação à prevenção. Quanto mais cedo a doença for descoberta, mais fácil vai ser fazer o tratamento.

Fatores e risco e alimentação

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer são obesidade, diabetes, o alto consumo de carnes vermelhas, alcoolismo e tabagismo, além dos próprios fatores genéticos no caso de pessoas que possuem histórico familiar de câncer, segundo Souza.

O médico ainda complementa que “uma dieta baseada em fibras, com frutas, verduras e legumes, responsáveis por ajudar o intestino a funcionar regularmente, com bastante líquido e também a prática de exercícios podem diminuir os riscos” do câncer.

Fonte: R7

 

tratamento de escolha para a hérnia inguinal é cirúrgico e deve ser realizado para todos os pacientes, a não ser que haja contra-indicações.

Há duas maneiras de realizar o tratamento cirúrgico da hérnia inguinal: 1) incisão ou corte e 2) videocirurgia (“laparoscopia”).

técnica convencional, em que são realizados incisão, com visualização direta da cavidade abdominal, é feita com anestesia peridural (anestesia dos nervos da coluna). A operação é iniciada com um corte de cerca de 10 cm na região inguinal (da virilha).

O tamanho do corte depende de vários fatores. Quando a hérnia ocorrer dos dois lados, é necessário realizar um corte de cada lado.

Após a localização da hérnia, a mesma é empurrada para dentro do abdômen e a abertura da parede abdominal é fechada com pontos.

Em todos os casos, exceto em crianças, uma tela é necessária para reforçar a parede abdominal e reduzir a possibilidade de recidiva da hérnia.

Esta tela é feita de um material conhecido como polipropileno, que tem uma elevada resistência e que tem uma reduzida probabilidade de rejeição do organismo.

De forma geral, o tratamento com videocirurgia é feito com anestesia geral. Inicialmente, é injetado gás (gás carbônico) na cavidade abdominal para poder criar um espaço, onde o cirurgião poderá fazer a operação com segurança.

Após a realização de 3 orifícios de meio a um centímetro na parte de baixo de seu abdômen, uma câmera de televisão pequena é colocada na parede abdominal através de um dos furinhos para que o cirurgião e a sua equipe possam visualizar o local da hérnia em uma televisão.

Com o auxílio de instrumentos especiais (pinças, tesouras, material de sutura), a hérnia é empurrada para dentro do abdômen e o buraco na parede abdominal é fechado com uma tela.

Quando a hérnia for dos dois lados, não é necessário realizar orifícios adicionais para tratar a outra hérnia.

recuperação pós-operatória é rápida. A maioria dos pacientes fica internada no hospital somente de 12 a 24 horas e pode retornar ao trabalho e realizar todas as atividades, que não necessitem erguer muito peso, em 1 ou 2 semanas. O paciente deve seguir algumas orientações:

doença celíaca é uma doença autoimune, ou seja, as próprias células de defesa imunológica agridem as células do organismo, causando um processo inflamatório. Na doença celíaca, a  inflamação é provocada pelo glúten, proteína presente no trigo, cevada e centeio. Esse processo inflamatório, que no caso ocorre na parede interna do intestino delgado, leva à atrofia das vilosidades intestinais, gerando diminuição da absorção dos nutrientes.

No geral, os sintomas como diarreiaprisão de ventre, perda de peso, anemia, sensação de estufamento, cólica e desconforto abdominal começam na infância. Na fase adulta, muitas vezes os sintomas são mais indefinidos, como dores eventuais.

A maneira mais segura de fazer o diagnóstico é realizar a dosagem no sangue dos anticorpos contra o glúten. Outro exame importante é a biópsia do intestino, para verificar se há alterações de inflamação e atrofia das vilosidades.

Não há cura para a doença celíaca. O melhor tratamento ainda é retirar da dieta os alimentos que contenham glúten, responsável por desencadear a inflamação.

Segundo o médico Orlando Ambrogini, coordenador do Ambulatório de Doenças Intestinais da disciplina de gastroenterologia clínica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a doença celíaca é uma doença genética. “Há um componente genético bem definido, por isso ela pode acometer várias pessoas da mesma família. Se fizermos o diagnóstico em uma pessoa, todos os parentes de primeiro grau devem ser investigados, pois podem apresentar a doença mesmo sem apresentarem os sintomas”, conclui Ambrogini.

A doença é mais comum em crianças, mas também ocorre em adultos, de ambos os sexos. Outros sintomas da doença celíaca estão relacionados à má absorção de nutrientes, como cansaço, falta de ar, lesões na pele, queda de cabelo, dificuldade de crescimento em crianças, osteoporose e carência de vitaminas. É importante lembrar que algumas pessoas podem ter poucos ou nenhum sintoma. A falta de tratamento da doença pode causar o surgimento de tumores no intestino ou linfoma.

Há relatos da doença descritos na Grécia Antiga por Areteu da Capadócia e no século XIX, por um médico chamado Mathew Baillie. Naquele período, as pessoas ficavam desnutridas e acabavam falecendo pelas complicações da desnutrição.

Fonte: Drauzio Varella

Indivíduos mais vulneráveis ao tumor colorretal devem ficar atentos à dieta, alertam cientistas espanhóis. As mais proteicas evitam a doença em quem tem inflamações intestinais, mas favorecem o carcinoma nos grupos com predisposição genética

A ingestão de proteína pode ter um papel-chave no tratamento e no combate ao câncer colorretal, segundo estudo espanhol. Pesquisadores do Spanish National Cancer Research Centre (CNIO) identificaram como os níveis da macromolécula no corpo estão ligados ao surgimento do carcinoma em pessoas que fazem parte de grupos de risco — portadoras de condições genéticas ou de inflamações intestinais graves, como a doença de Crohn.

Os resultados do experimento foram divulgados na revista Cell Metabolism e mostram que indivíduos com doenças intestinais inflamatórias podem se beneficiar com uma dieta rica em proteína. Já aqueles com predisposição genética para ter o câncer colorretal devem evitar excesso no consumo de carnes, ovo, soja e outras fontes de proteína.

Para chegar a essas conclusões, os investigadores buscaram entender a função do complexo mTORC1, uma espécie  de sensor de nutrientes e controlador de proteínas sintéticas, em ratos geneticamente modificados para ter o carcinoma. “Os resultados foram confirmados em amostras humanas de câncer colorretal e inflamação intestinal, como a doença de Crohn e colite ulcerativa”, conta Nabil Djouder, um dos autores do estudo,

Há tratamentos contra o câncer que inibem a atividade do mTORC1 e não funcionam em todos os pacientes. No experimento, a equipe espanhola identificou que inibir a ação desse complexo pode ajudar no combate ao câncer  colorretal que tem base genética, especialmente em indivíduos com mutação no gene APC, que representam cerca de 5% dos casos da doença. “Quando há mutações hereditárias no gene APC e o mTORC1 é inibido, é provável que a combinação de ambos os tipos de dano gere uma instabilidade cromossômica tão alta nas células que elas morram e o tumor não progrida” explica Djouder.

Nos casos em que há associação com inflamações no intestino, a estratégia deve ser incentivar a ação do mTORC1. Sem a ação do complexo, ocorre uma resposta inflamatória excessiva. “Isso aumenta a proliferação de células com baixa estabilidade cromossômica, desencadeando a regeneração do tecido danificado e o desenvolvimento do câncer”, complementa o pesquisador.  “Demonstramos que uma dieta com alto nível de proteína é benéfica em ratos com muita inflamação. Mas ela pode ser uma espada de dois gumes, já que é prejudicial para pacientes com predisposições genéticas”, resume Djouder.

Segundo o pesquisador, os mecanismos que ligam a dieta, a inflamação intestinal e o câncer colorretal ainda não são conhecidos. Ainda assim, os resultados apresentados por sua equipe abrem portas para pesquisas sobre formas mais estratégicas de intervenção. “Os nossos resultados podem ter implicações importantes para o uso clínico dos inibidores de mTORC1, bem como para abrir novos caminhos a fim de otimizar e personalizar os tratamentos contra o câncer colorretal”, defende.

Outros cuidados

Fernando Chueire, nutrólogo da Associação Brasileira de Nutrologia, ressalta que a dieta com baixo nível de proteína já é recomendada para evitar esse tipo de câncer, uma vez que, em alta quantidade, a macromolécula pode provocar lesões, inflamações e até tumores no intestino grosso. Mas são outras práticas, segundo ele, que surtem melhores efeitos. “É comprovado cientificamente que o consumo elevado e cotidiano de alguns limentos, cessar o tabagismo e manter a prática da atividade física pelo menos três vezes por semana são muito eficazes para a prevenção. Até mais recomendados do que controlar a questão da proteína”, lista.

A orientação nutricional dos especialistas é consumir fibras, vindas de frutas, verduras e legumes. E o pesquisador Nabil Djouder sustenta a indicação. “Manter uma dieta balanceada com frutas e verduras é essencial e parte de um estilo de vida saudável, não estamos questionando isso. Fibras são importantes para um intestino saudável”, ressalta.

A maioria dos casos de câncer colorretal não tem origem genética. Por isso, a prevenção eficiente deve focar  principalmente em evitar as condições ambientais. “Como doenças inflamatórias intestinais, tabagismo, sedentarismo, alto consumo de bebidas alcoólicas, alto consumo de alimentos cozidos na brasa, alto consumo de alimentos defumados, dietas pobres em fibras, vitaminas e minerais, além da idade”, lista a nutricionista Silvia Leite Faria.

Para ela, mais estudos devem ser feitos com humanos a fim de confirmar os resultados da pesquisa espanhola e esclarecer alguns pontos acerca das recomendações. “Por exemplo: a quantidade de proteína recomendada de acordo com o peso do paciente, o tipo de proteína, se há necessidade ou não de suplementos”, ilustra. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), por dia, um adulto deve consumir 0,8g de proteínas por quilo corporal. Uma criança, 1,2g.

Fonte: Correio Braziliense

Você sabia que a constipação intestinal é quando se passa mais de um dia sem ir ao banheiro? Ficar mais de dois dias sem evacuar já é sinal de constipação intestinal. A não evacuação pelo menos uma vez a cada 24 horas podem ocasionar sintomas como: irritabilidade, mal-estar, dor de cabeça, sensação de tontura, cansaço, náuseas e até mesmo palpitação.

Segundo a nutricionista Estela Reginatto, o ideal é evacuar a cada 24 horas, dependendo do volume de alimentos consumidos, é normal também evacuar de duas a três vezes ao dia, como é o caso de homens ou atletas que precisam de um volume de comida maior. “A constipação intestinal pode levar a sérias doenças quando não cuidada a tempo”, fala a nutricionista.

O intestino humano pode chegar a ter 12 metros de comprimento iniciando-se pela boca. E um ser humano chega a consumir durante a sua vida cerca de 30 toneladas de alimentos durante a vida.

Escala fecal

De acordo com Estela, as fezes precisam ter um aspecto ideal. “A tabela Fecal de Bristol foi desenvolvida para que possamos buscar parâmetros e entender como está a saúde do nosso intestino. Esta tabela foi criada pelo Dr. Ken Healton na Universidade de Bristol. Existem 7 tipos de classificação de fezes, das quais tipo 3 e 4 são as melhores referências de um intestino saudável quando você evacuar diariamente.

Veja abaixo os tipos de fezes:

A classificação das fezes depende do tempo de permanência no cólon.

TIPO 1: Caroços duros e separados. Como se fossem nozes, muito difíceis de evacuar.
TIPO 2: Forma de salsicha, mais grosso e muito granuloso, um pouco seco.
TIPO 3: Forma de salsicha, com fissuras na sua superfície.
TIPO 4: Forma de salsicha, bem lisinha, molinha, suave e macia.
TIPO 5: Pedaços suaves, separados e bem mole, que saem facilmente.
TIPO 6: Pedaços mais moles e com bordas em pedaços.
TIPO 7: Fezes em forma de diarreia totalmente aquosa sem partes sólidas.

Os tipos 1 e 2 discorrem de pessoas com constipação mais severa e que precisa melhorar os hábitos de alimentação e prática de atividade física para regularização. Já os tipos 3 e 4 são ótimas referências de uma boa saúde intestinal, mas não basta ter as fezes ideais, é preciso ter a frequência diária, de uma a duas vezes ao dia.

Os tipos 5, 6 e 7 denotam urgência nas evacuações que podem demonstrar alguma alergia alimentar ou alguma intolerância, uso de medicações ou até um sinal de existência de alguma doença intestinal quando essa diarreia não tem mais controle, neste caso, busque a ajuda médica.

Um intestino saudável está com a sua microbiota repleta de bactérias boas, que são os chamados lactobacillos, eles são responsáveis por este equilíbrio e manter a saúde do nosso intestino. Esses lactobacillos estão presentes no nosso intestino naturalmente e se proliferam na presença de alimentos como: alho, cebola, alho poró, maçã, cacau em pó, biomassa de banana verde (receita logo abaixo), castanhas (Castanha de caju, castanha do Pará, nozes).

Mas essas bactérias do bem também podem ser destruídas quando consumimos em excesso alimentos inflamatórios como os refinados, que são os açúcares, refrigerantes, biscoitos, sucos açucarados e etc. Por isso atente-se ao que você consome no seu dia a dia.

O que fazer para melhorar a saúde do intestino?

⦁ BEBER ÁGUA: aumentar o volume de água vai ajudar a melhor o “trânsito intestinal”. Faça o cálculo: Multiplique 40 ml x o peso = o resultado é o volume de água que você deve consumir diariamente. Exemplo: 60 kg x 40 ml+ você precisa consumir 2,4 litros de água ao dia.

⦁ PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA DIARIAMENTE: A atividade física, mesmo que uma caminhada, aumenta os movimentos peristálticos do seu intestino e consequentemente aumenta o seu trânsito intestinal e assim você vai conseguir evacuar com mais facilidade.

⦁ CONSUMIR ALIMENTOS MAIS RICOS EM FIBRAS E BOAS GORDURAS (NA QUANTIDADE CERTA): vegetais folhosos, castanhas, óleo de coco, semente de linhaça, semente de abóbora, coco seco, biomassa de banana verde vão te ajudar também a aumentar o volume fecal.

Fonte: Folha Vitória

Ainda que a intolerância à lactose não tenha por que ser um problema de saúde grave, a verdade é que pode apresentar sintomas que prejudiquem a vida da pessoa afetada.

Ainda que pensemos que “não ser tolerantes” a certos alimentos é uma invenção deste novo século, a verdade é que existe desde que os seres humanos consomem leite, cereais ou legumes.

Neste artigo, contamos quais os sinais de intolerância à lactose para que você possa determinar se tem ou não problemas para digerir esse alimento.

O que é a intolerância à lactose?

Trata-se de um transtorno que surge após a ingestão de lactose, por causa de uma deficiência da enzima encarregada de digerir essa substância.

Ao ser mal absorvido, o açúcar do leite passa para o cólon, onde fermenta e gera gases.

O consumo de leite, queijo ou sorvete por uma pessoa intolerante não produz danos graves ou irreversíveis ao trato intestinal, já que seus sintomas são transitórios.

Muitas pessoas acreditam sofrer desse problema quando, na realidade, deve-se a um crescimento bacteriano excessivo, doença celíaca ou inflamação intestinal.

As mutações genéticas do ser humano permitiram que possamos continuar consumindo laticínios na idade adulta.

No entanto, há quem não produz enzimas suficientes para absorver a lactose. É então que o problema se apresenta.

Vale a pena destacar que a maioria dos pacientes apresenta intolerância primária; ou seja, podem consumir uma xícara de leite (ou derivados) sem experimentar sintomas ou até ingerir lácteos junto com as refeições sem mudanças no nível intestinal.

Pode-se optar igualmente por produtos com baixo teor de lactose ou tomar suplementos de lactase.

Sintomas da intolerância à lactose

Os sinais desse problema podem aparecer entre 30 minutos até 2 horas depois de consumir qualquer alimento que contenha lactose.

A gravidade dos sintomas vai depender de cada pessoa, da quantidade ingerida e do grau de insuficiência da enzima lactase no estômago.

Vale a pena esclarecer que os sinais que o organismo apresenta nem sempre são específicos desse problema.

Assim, podem ser “compartilhados” com outras patologias ou doenças gastrointestinais (principalmente a gastroenterite aguda).

Uma “pista” que pode ser útil é analisar o momento em que os sintomas aparecem. Se eles surgem após ingerir leite, queijo, sorvete etc., é mais provável que se deva à intolerância à lactose.

A diarreia ou a prisão de ventre podem andar de mãos dadas com a intolerância, já que a flora intestinal se desequilibra. Também são muito frequentes as câimbras ou cólicas estomacais.

Nas crianças ou adolescentes intolerantes à lactose, são comuns as náuseas ou os vômitos.

Nos casos crônicos (deficiência secundária de lactase) também se pode apresentar:

Além disso, esses pacientes experimentam problemas de pele, cansaço extremo e dores nas extremidades.

Como detectar a intolerância à lactose?

Se você suspeitar que sofre desse problema, é fundamental consultar um especialista. O profissional de saúde vai recomendar diferentes exames que permitirão diagnosticar o quadro.

Os exames mais usados são:

Medição da resposta glicêmica

Se os índices forem iguais, isso ocorre porque a lactase não atua como deveria.

No entanto, esse exame é pouco preciso, já que existem outras doenças que podem alterar a glicemia, como, por exemplo, a diabetes mellitus.

Medição de hidrogênio no hálito

O método mais utilizado para detectar a intolerância à lactose. A pessoa deve consumir uma solução com lactose e, a intervalos de 15 minutos, soprar em bolsas herméticas.

Quando os açúcares do leite não são digeridos e se dirigem ao intestino, as bactérias os usam como alimentos e produzem hidrogênio.

Portanto, se o hálito tiver uma boa quantidade desse composto, é provável que se deva a um problema com a digestão dos lácteos.

Biópsia do intestino delgado

Os exames necessários para esse exame são obtidos através de uma endoscopia esofágica ou gastrointestinal.

Esses fragmentos de tecido do intestino são posteriormente analisados em laboratório para constatar a presença ou ausência de lactase na mucosa.

Acidez das fezes

Este exame se realiza principalmente nas crianças pequenas, já que, nessa idade, os demais testes são pouco práticos ou arriscados.

Teste genético

A avaliação realizada tem como objetivo detectar uma intolerância primária ocasionada pelo gene MCM6.

Uma mostra de sangue ou saliva do paciente é o suficiente para analisar os dois polimorfismos relacionados a esse problema.

Fonte: Melhor com Saúde

O que é

Caracteriza-se pela presença de pedras (cálculo) no interior da vesícula biliar, esta que é um pequeno órgão com a forma de um saco (semelhante a uma pêra) e fica localizada próximo ao fígado, medindo de 7cm a 10cm de comprimento. A vesícula armazena a bile, um líquido amarelo esverdeado (com 40ml a 50ml, produzindo 600ml diários) espesso que é produzido pelo fígado. Depois da alimentação, a vesícula se contrai e libera a bile ao intestino, e entra em contato com o alimento, auxiliando na digestão que foi iniciada pelo estômago; a bile tem como função básica digerir as gorduras e auxiliar na absorção de nutrientes como as vitaminas A, D, E e K.

A vesícula biliar só consegue armazenar a quantidade diária de bile (600ml) por causa da sua capacidade de absorção, ela absorve água e eletrólitos concentrando a bile entre 5 a 10 vezes. Essa concentração pode afetar a solubilidade de dois importantes componentes dos cálculos biliares: colesterol e cálcio. O cálculo ocorre devido o aumento da concentração do colesterol e do cálcio.

Qual profissional devo procurar? Qual o diagnóstico?

Deve-se procurar o gastroenterologista, médico especialista em distúrbios do sistema digestivo. O primeiro exame a ser solicitado pelo médico na suspeita da colelitíase é a ultrassonografia, pois possibilita visualizar os sistemas biliares intra e extra-hepáticos (revelando dilatações), e ainda permite a observação do fígado e do pâncreas. O médico pode solicitar cirurgia para a retirada das pedras na vesícula, se a cirurgia for necessária, o médico fará uma avaliação completa do paciente e alguns exames podem ser necessários antes de operar, como análises de sangue, eletrocardiograma (ECG) ou radiografia de tórax para verificar o coração e pulmões. O ultrassom abdominal é recomendado para verificar a presença de cálculos nas vias biliares; esta cirurgia dura em média 40 minutos.

Como identificar? Quais são os sintomas?

A maioria dos casos é assintomática e os pacientes podem passar a vida sem saber, contudo, muitos descobrem a colelitíase devido a outras patologias. Quando há sintomas, que tem taxa de 1% ao ano nesses doentes, eles podem ser:

O sintoma inicial é a cólica biliar, que caracteriza-se por uma doraguda e contínua, localizada na topografia de vesícula biliar ou acima do umbigo, podendo apresentar irradiação para a escápula direita. Muitas vezes, esta dor ocorre após as refeições de alimentos gordurosos. O motivo da dor é sempre a obstrução da luz da vesícula por um cálculo, uma associação com a alimentação ocorre em somente 50% dos casos.

No restante dos pacientes, a dor não é relacionada com a alimentação e tem início no período noturno, acordando o paciente de seu sono. A duração da dor é tipicamente de 1h a 5 horas. As crises raramente persistem por mais de 24 horas ou por menos de 1 hora. Se persistir por mais de 24 horas deve-se pensar em inflamação aguda ou colecistite (inflamação aguda ou crônica da vesícula biliar).

O que causa?

A formação dos cálculos biliares (pedras na vesícula) ainda tem sua causa desconhecida, mas relaciona-se mais a fatores metabólicos, hereditários e orgânicos do que à ingestão alimentar, então a alimentação não tem grande interferência neste processo.

A bile é excretada pelo fígado e segue pelos ductos biliares para chegar ao intestino; ela é composta por água, colesterol, sais biliares, bilirrubinato e lecitina. Quando estas substâncias estão em equilíbrio, elas mantêm a bile em estado líquido. Mas, se o colesterol, os sais biliares ou os bilirrubinatos são produzidos em excesso pelo fígado, haverá precipitação, formando pequenos grânulos. Estes grânulos que serão os responsáveis por iniciar a formação dos cálculos biliares.

Cerca de 90% das pedras formadas são compostas de colesterol, o restante é composto de sais biliares (bilirrubinato). Os cálculos pigmentados, pretos ou marrons, são formados por bilirrubinato de cálcio principalmente. A quantidade de pedras que podem ser encontradas varia, podendo ser uma ou várias. Com isso, existem 3 tipos de cálculos, conheça-os:

Cálculo de colesterol:

É a composição da maioria dos cálculos, sendo que, geralmente, não é somente colesterol, o cálcio também entra como outro componente. Sua maior ocorrência está nas mulheres, indivíduos obesos, multíparas (mulheres que tiveram muitos filhos), histórico na família, hipertrigliceridemia (aumento do triglicerídeos no sangue) e gestantes.

Cálculo de Bilirrubinato de Cálcio (cálculo preto):

É o segundo mais comum, com maior ocorrência em doentes com destruição das hemácias (hemólise crônica), como: anemia falciforme, esferocitose entre outras.

Cálculo de pigmento marrom ou castanho:

Ocorre em 5% dos cálculos e não é formado na vesícula biliar, sendo normalmente formado no colédoco que possui deformidades (estreitamento, obstrução, etc).

A Colelitíase tem cura? Qual é o tratamento?

Sim. Quando o paciente não possui sintomas do cálculo biliar, a cirurgia não é indicada, mas quando o cálculo é maior que 3cm e está associado a pólipos, vesícula em porcelana, anomalia congênita da vesícula e/ou microesferocitose, pode-se extrair as pedras, pois elas podem “explodir” a qualquer momento, causando uma inflamação (colelitíase aguda), então o paciente passa por procedimento cirúrgico: a colecistectomia laparoscópica.

Este procedimento é muito seguro e comum (estima-se que se fazem cerca de 700.000 dessas operações por ano nos Estados Unidos). No entanto, como em qualquer outro procedimento cirúrgico, as complicações podem ocorrer, como o sangramento e a infecção. Menos comum podem ocorrer lesões de órgãos vizinhos ou dos canais biliares; na presença de algumas condições, a operação pode requerer a conversão de uma laparoscopia para uma colecistectomia aberta.

Como prevenir? Quais os fatores de risco?

A melhor prevenção para a colelitíase ainda é o acompanhamento médico periódico com diagnóstico de fatores predisponentes.

Complicações

Das complicações da colelitíase, podem ocorrer:

Colecistite aguda:

Quando a pedra fica presa logo na saída da vesícula por um período prolongado, é uma inflamação aguda da vesícula biliar com dor intensa e constante, geralmente acompanhada de febre.

Cólica biliar:

Quando uma das pedras fica presa na saída da vesícula impedindo o fluxo de bile, levando a uma distensão importante e a um esforço para expelir a pedra. O resultado é uma dor semelhante à cólica.

Coledocolitíase:

É o resultado da migração de uma pedra da vesícula biliar para o colédoco, que é o principal canal responsável por levar a bile do fígado até o intestino, obstruindo-o. Nestes casos o paciente fica ictérico (pele e parte branca dos olhos ficam amareladas), pois a bile fica impedida de chegar ao intestino, acumulando-se no fígado e no sangue.

Colangite:

É a infecção dos canais biliares por bactérias após a obstrução, já que a bile parada favorece a proliferação de bactérias.

Pancreatite:

É a inflamação do pâncreas. O canal que leva a bile da vesícula para o intestino passa dentro do pâncreas e se junta com o canal principal que drena o suco pancreático. Quando o cálculo obstrui esses ductos, o suco pancreático fica retido e acaba agredindo o próprio pâncreas.

Grupo de risco

Pessoas que têm problemas sanguíneos relacionados à destruição das hemácias tem maior chance de ter pedras na vesícula, porque esta faz uso dos glóbulos vermelhos destruídos para produzir a bile em excesso. Mulheres em idade fértil, com maior ocorrência aos 40 anos. Mulheres que tiveram muitas gestações e gestantes. Nos homens, apenas 5% são afetados.


Cerca de 80% dos pacientes são assintomáticos e os cálculos pequenos são mais perigosos que os grandes, por terem maior facilidade em se deslocar pelos dutos biliares. Viu só a importância em manter seus exames periódicos sempre atualizados? Compartilhe este artigo para que mais pessoas conheçam sobre a colelitíase.

Fonte: Minuto Saúde

A endometriose intestinal é uma doença na qual o endométrio, que é o tecido que reveste o útero, se desenvolve à volta das paredes do intestino, dificultando o seu funcionamento e causando sintomas como alteração dos hábitos intestinais, além de intensa dor abdominal, especialmente durante a menstruação.

Normalmente, a endometriose precisa ser tratada com cirurgia, para reduzir a quantidade de tecido no intestino. No entanto, também existem casos em que o tecido endometrial não se espalhou muito e a doença não produz qualquer sintoma. Nestes casos, o tratamento é mais fácil e nem sempre a cirurgia será necessária, podendo apenas ser necessário tomar remédios hormonais.

Principais sintomas

São sintomas da endometriose intestinal:

Algumas mulheres podem apresentar apenas alguns destes sintomas ou todos, mas muitas vezes não relacionam com a menstruação e, por isso, podem ser feitos vários testes para procurar problemas intestinais, antes de se chegar no diagnóstico de endometriose no intestino.

Como confirmar o diagnóstico

Na maior parte dos casos, a endometriose intestinal só é diagnosticada mediante a realização de exames de imagem, como a tomografia computadorizada e a laparoscopia, que permitem visualizar o tecido endometrial aderido ao intestino e, às vezes, em outras áreas adjacentes.

Como é feito o tratamento

O principal tipo de tratamento usado para tratar a endometriose intestinal é a cirurgia, na qual o tecido anormal é retirado do interior do intestino para aliviar os sintomas. Na maioria dos casos, esta cirurgia é feita durante uma endoscopia, mas existem casos mais graves em que é necessário fazer uma cirurgia clássica, com corte na barriga, para conseguir remover todo o tecido endometrial do intestino. Veja mais sobre este tipo de cirurgia.

Nos casos mais leves, em que os sintomas não são muito intensos a cirurgia pode ser adiada e, nesses casos, o tratamento pode ser feito com o uso de pílulas anticoncepcionais com dosagens especiais, que evitam o crescimento do tecido de endométrio no intestino.

Possíveis complicações

Uma das complicações da endometriose é que, apesar do tecido endometrial poder ser retirado, os médicos não garantem a cura da doença. Mesmo que a mulher aparentemente esteja curada, é preciso realizar exames regularmente para verificar se a doença não voltou.

Além disso, em muitos casos, mulheres com endometriose intestinal também apresentam endometriose no útero, o que pode causar outras sequelas como dificuldade para engravidar. Saiba mais sobre como engravidar em casos de endometriose.

Fonte: Tua Saúde

Não são raros os casos de pessoas que vão ao consultório de um gastroenterologista ou de um coloproctologista acreditando estar sofrendo apenas de algum mal passageiro, um simples desequilíbrio da flora intestinal que gera desconforto ou sintomas como diarreia e náusea.

Porém, quando a consulta e os exames comprovam a existência de uma DII, o paciente fica preocupado e sem saber qual será o futuro de sua saúde.

Na verdade, o portador desse tipo de doença não precisa entrar em pânico, porque existem tratamentos bastante eficazes disponíveis. Veja como é feito esse diagnóstico e quais são os procedimentos que devem ser adotados por pacientes com DII.

O diagnóstico de uma DII

Para começar, o paciente deve relatar ao médico o que está sentindo para que o diagnóstico seja realmente preciso. Muitas vezes, é preciso responder a perguntas como “você notou sangue nas fezes?”, “tem sentido dores abdominais?” e “com que frequência tem ido ao banheiro?”. É importante que a pessoa não sinta vergonha, pois esse processo é fundamental.

Os sintomas típicos das DIIs incluem dores no abdome, cólicas intestinais (que variam de intensidade de acordo com o quadro do paciente), sangramento retal e cansaço. Entre 25% e 40% dos casos também apresentam dores nas articulações, inflamação nos olhos, problemas renais, pancreáticos,hepáticos, e fraqueza. Em crianças e adolescentes, as DIIs podem comprometer a curva de crescimento.

O quadro clínico vai depender da região atingida, da intensidade da inflamação, do comportamento da doença e de muitos outros aspectos.

A importância dos exames de diagnóstico

Passada a etapa de identificação dos sintomas, é hora de realizar exames de diagnóstico. Podem ser solicitadas pelo especialista: colonoscopia, endoscopia, ressonância magnética, biópsia do intestino, análises de sangue e fezes, e tomografia, dentre outros.

Existem fatores que ajudam a descobrir de qual doença se trata, mas é quase impossível obter um diagnóstico certeiro sem esses exames.

O tratamento

Por serem problemas distintos, o tratamento muda de acordo com o diagnóstico. Veja abaixo um resumo das formas de se tratar a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.

O tratamento da DC é feito em etapas. Primeiro, o médico precisa averiguar a intensidade da inflamação (leve, moderada, grave). Existe uma forma de determinar o grau da doença, e essa escala leva em consideração o estado das fezes, o surgimento e a intensidade das dores abdominais, o nível de indisposição do paciente e a ocorrência de fístulas (uma espécie de “túnel” que liga anormalmente dois órgãos). Depois disso, inicia-se o tratamento de fato.

Os medicamentos mais utilizados são corticoides, antibióticos imunossupressores via oral e imunobiológicos, que são uma classe especial de imunomoduladoresResumindo: remédios que ampliam o poder de reação do organismo e diminuem os efeitos das inflamações. Caso não haja resposta ao uso desses fármacos, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.

Assim como a doença de Crohn, a RCU tem um tratamento diferente de acordo com a intensidade da inflamação. Ou seja, o primeiro passo, aqui, também é determinar a gravidade da condição (que pode ser fulminante). Depois disso, o médico pode receitar os medicamentos adequados para o quadro do paciente (anti-inflamatórios intestinais como os aminossalicilatos, corticoides e imunossupressores).

Remédios fitoterápicos, suplementos nutricionais, terapia nutricional enteral e parenteral, óleos de peixe, probióticos e até mesmo a acupuntura podem auxiliar e complementar o tratamento da DC e da RCU. No entanto, é imprescindível conversar com um médico antes de adotar qualquer método alternativo.

Cuidados que é preciso ter

Existem medidas importantes que devem ser seguidas por pacientes portadores de DIIs. São as seguintes:

  1. Não deixar de tomar os remédios conforme a prescrição do médico.
  2. Não se automedicar ou buscar alternativas sem conversar com o médico.
  3. Não fazer uso dos medicamentos apenas durante crises e recaídas .
  4. Tomar cuidado com a alimentação, ela é um fator crucial para a saúde de quem sofre com uma DII. É preciso controlar a ingestão de condimentos, gordura e laticínios.
  5. Fazer esportes. Os desconfortos causados pelas doenças diminuem com a prática de exercícios.
  6. Não fumar. O cigarro pode agravar o quadro.
  7. Conversar com o médico e complementar a dieta com as vitaminas A, E, K e do complexo B. Outros elementos, como ferro, magnésio e ácido fólico, também são muito bem-vindos.

Lembre-se de que todo desconforto intestinal persistente precisa ser analisado mais a fundo. Afinal de contas, as DIIs, quando não tratadas, podem gerar problemas graves de saúde, como falência intestinal e câncer.

Fonte: Hospital 9 de julho

O sistema digestivo tem um papel importantíssimo na manutenção de nossa saúde. Ele é o responsável pela absorção dos nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo e também se encarrega de eliminar tudo aquilo que o corpo não retém dos alimentos. Por isso, é essencial que ele opere de forma adequada.

Nesse texto, falaremos sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) que, ao inflamar os intestinos, causam desconforto e problemas como diarreias, sangramentos, perda de peso, fraqueza e constipação.

Veja algumas informações importantes sobre as DIIs, seu tratamento e o acompanhamento médico necessário.

Definindo as DIIs

As Doenças Inflamatórias Intestinais são condições crônicas, porque costumam levar a diversos episódios sintomáticos ao longo da vida. Existem dois tipos mais comuns de DII: a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa .

É uma inflamação profunda e extensa que pode atingir todo o trato gastrointestinal (da boca ao ânus) e causa diarreia muitas vezes com sangue, cólicas, febre, emagrecimento, e até dores articulares e secreções no ânus . É comum que os pacientes portadores da doença passem a se alimentar inadequadamente devido à perda de apetite comum a quem tem o problema.

Os sintomas podem se manifestar com mais frequência em pessoas que já passaram dos 30 anos de idade.

Existem diversos graus da doença de Crohn, e ela pode atacar partes distintas dos intestinos grosso e delgado, causando inflamação, estreitamento ou mesmo perfuração dos intestinos. Algumas pesquisas apontam que a condição pode estar relacionada à hereditariedade, já que até 20% dos portadores têm familiares de primeiro grau com o mesmo problema ou com algum tipo de inflamação no trato digestivo. A doença comumente se manifesta antes dos 30 anos.

Com sintomas semelhantes aos da doença de Crohn, a retocolite ataca apenas o colon e reto causando dores abdominais e inflamação intestinal. A diferença é que a primeira prejudica até as camadas mais profundas da parede intestinal, enquanto a retocolite ataca somente a porção mais superficial da mucosa.

Os sintomas podem se manifestar com mais frequência em pessoas que já passaram dos 30 anos de idade. Com a inflamação crônica não controlada há maior chance de desenvolvimento de câncer de cólon.

Detecção e tratamento das DIIs

Quem apresenta os sintomas mais comuns (dores abdominais, alteração no hábito intestinal, diarreia) deve procurar um médico antes que a doença avance para formas mais graves e cause dores intensas, sangramentos, perda de peso, fraqueza e aftas.

O diagnóstico das DIIs pode ser feito por meio de exames como: colonoscopia, endoscopia digestiva, colonoscopia, tomografia, ressonância magnética e análise de sangue e fezes.

Por serem crônicas, as Doenças Inflamatórias Intestinais não têm cura, mas existem métodos eficazes para amenizar seus sintomas, melhorando a qualidade de vida, evitando internações e cirurgias.

O tratamento, no estágio mais leve, é feito com medicamentos que reduzem a inflamação e auxiliam as defesas do organismo. Em casos mais graves, o médico pode optar por imunossupressores ou intervenção cirúrgica, para retirar eventuais partes comprometidas do intestino.

É possível levar uma vida normal se o tratamento for feito corretamente. Sofrer de uma doença crônica não significa que sua vida se transformará em algo doloroso. É necessário tomar alguns cuidados, manter hábitos saudáveis e seguir as recomendações médicas, como não fumar.

Muitos pacientes se queixam dessa orientação, mas existe uma relação comprovada entre o tabagismo e o surgimento e intensificação das DIIs, especialmente a Doença de Crohn. Por isso, se você pretende ter um futuro mais tranquilo, é bom considerar abandonar esse vício!

Além do cigarro, é preciso pensar na alimentação. Preste atenção ao que você tiver ingerido sempre que houver uma crise. Dessa forma, é possível identificar quais alimentos causam desconforto. Outro ponto importante: cuidado com o consumo de laticínios, pois, geralmente, portadores da doença de Crohn desenvolvem intolerância à lactose.

Lembre-se de que uma dor de barriga insistente pode ser um indício de DII, por isso, não deixe de consultar um médico para tirar todas as suas dúvidas.

Fonte: Hospital 9 de Julho

Talvez a frase mais clichê que existe a respeito da importância de alimentação seja: “O café da manhã é a refeição mais importante do dia”.

Também conhecido como desjejum (ou pequeno almoço em Portugal), um café da manhã bem feito faz toda a diferença no rendimento do atleta, não importando a modalidade. Até mesmo a auto-estima de quem faz esta refeição, de maneira saudavel, fica mais reforçada.

Por isso comer bem, e de maneira saudavel, em um café da manhã é importante. Se a sua primeira refeição do dia está baseada em toneladas de açúcar e carboidratos simples, saiba que está ingerindo uma quantidade gigantesca de calorias inúteis que irão atrapalhar sua produção de insulina e irá impactar diretamente no seu nível de energia ao longo do dia.

Comer qualquer porcaria de manhã irá também colaborar com que a sua saúde definhe ao longo do tempo. Lembre-se que o que impacta negativamente na sua vida não é o que você comer entre o sábado e domingo, e sim o que come entre o domingo e sábado.

Com um metabolismo turbinado por um café da manhã apropriado, um projeto de escalada ou até mesmo um trekking desafiador, pode ser vencido com relativa facilidade.

Há no mundo inteiro uma preocupação especial com os níveis de obesidade que a população mundial atingiu, e artigos sobre seus perigos e causas são publicados diariamente na internet. Em um destes artigos foi feito um estudo durante 12 semanas com grupos de mulheres obesas e outro com pessoas com sobrepeso. Ambos foram colocadas em uma dieta restrita de 1.400 calorias por dia que contemplava a ingestão de grande quantidade de comidas saudaveis. Por comida saudaveis entenda: frango grelhado, ovos e salada e leite.

Enquanto um grupo comeu café da manhã com 700 calorias, almoço com 500 calorias e jantar com 200 calorias, o outro comeu na proporção de 200/500/700 calorias nas refeições.

Nos dois grupos os integrantes consumiam café da manhã bem saudavel, com boa quantidade de proteína, fibras e carboidratos saudaveis, além de gorduras que ajudam no metabolismo ao longo do dia.

Os pesquisadores concluíram, após analisar os resultados, que o grupo que comeu o café da manhã com mais calorias (lembre-se, era uma refeição com calorias saudaveis) e o jantar com menos perdeu mais peso na proporção de 2,5 vezes mais que o outro grupo.

Ou seja: o grupo que comeu na dieta de 700/500/200 calorias nas refeições perdeu, em média, 2,5 vezes mais peso do que o grupo que comeu na proporção de 200/500/700. Lembrando sempre que a dieta ao longo do dia eram de alimentos saudáveis, e não somente selecionados pelo valor das calorias.

No estudo chegou-se à conclusão de que comer um café da manhã reforçado, e saudavel, faz o corpo processar naturalmente e inicia a termogênese. A termogênese é capacidade de equilibrar a temperatura interna do corpo com a do meio ambiente, fazendo também que a digestão seja processada mais rapidamente e seja usada para energia em vez de ser estocada como gordura.

Assim, dentre o conjunto de conclusões do artigo científico, comer um bom café da manhã poder ajudar o metabolismo descansar em taxas de 10% de seu comportamento normal.

Um café da manhã reforçado, e saudavel, também é fundamental para o desempenho de atletas, pois o combustível a gastar durante uma atividade física é adquirido na refeição. O erro mais comum para quem acredita que nutrição é uma formula matemática simples é optar por treinar, ou até mesmo praticar a sua atividade física em jejum.

Em teoria acordar e ir direto treinar, escalar, ou praticar o trekking  sem café da manhã, ou de estômago vazio, o corpo usaria gordura em vez de açúcar para manter os níveis de energia.

Exercícios em jejum

O raciocínio parece ser verdadeiro pois durante o jejum, a gordura é disponibilizada para a queima e fornecimento de energia, mas este processo é limitado, e a partir de certo momento o organismo começa a metabolizar massa muscular para fornecer energia para a atividade. Assim o praticante consome seus próprios músculos e perde força ao longo do tempo.

Outro fator a ser levado em consideração é o mal estar que a atividade física em jejum pode trazer ao atleta. Sintomas como tontura, fraqueza, náuseas e vômitos podem ocorrer durante a atividade, assim como o rendimento abaixo do normal que terá pois o organismo tentará de poupar energia.

Por isso comer alimentos saudaveis antes de qualquer exercício traz muito mais vantagens do que não comer.

Portanto para otimizar seu rendimento na sua atividade, e atingir suas metas e objetivos, procure uma nutricionista esportiva e elabora com ela o cardapio ideal para isso.

Fonte: Blog Descalada

 

Café de um lado, iogurte de outro… Veja alguns alimentos que aumentam o “fogaréu” e outros que apagam o “incêndio” da gastrite

Café

Alguns alimentos por si só não causam a gastrite, mas ajudam a botar mais lenha na fogueira e a espalhar a queimação no estômago.
Caipirinha
O consumo exagerado de álcool irrita a mucosa estomacal.
Café

Refrigerante

A alta concentração de açúcar é culpada por deflagrar o queima-queima no órgão.

Adoçante

Os aditivos químicos presentes no aspartame também estão por trás daquela baita irritação estomacal.

 

Para apagar o fogaréu, conte com estas opções à mesa.

Gelatina

Ela dificulta a absorção dos carboidratos e das gorduras pelo estômago e intestino, aplacando a inflamação.

Pão Integral

Ele ajuda a controlar os níveis de ácido clorídrico, que contribui para acender a fogueira no estômago.

Batata

É outra que ajuda a aplacar o processo inflamatório.

Ovos

São fonte de zinco, que repara os estragos detonados na parede do estômago.

Fonte: Revista Saúde

 

Muitas pessoas sofrem com os sintomas de queimação no estômago, dores de estômago, náuseas, vômitos ou arrotos. Esse problema em parte pode ser devido à dieta. Mas fique de olho, pois pode ser um sinal de gastrite e úlcera.

A boa notícia é que o problema pode ser amenizado através de mudanças na alimentação, e com um estilo de vida saudável.

A sua dieta pode influenciar tanto negativamente quanto positivamente os sintomas de gastrite e úlcera.

Um plano adequado de alimentação pode ajudar a aliviar essa condição desconfortável, e potencialmente perigosa.

Como Melhorar os Sintomas 

Evite o Tabaco

Use estas dicas para ajudar a gerenciar os sintomas de gastrite:

– Coma pequenas refeições

Exagerar na quantidade de comida pode piorar os sintomas da gastrite. Comer quantidades menores de alimento aumenta o fluxo sanguíneo para o estômago, o que aumenta a cicatrização (1).

Evite comer antes de dormir

Coma cerca de três horas antes de ir dormir para digerir completamente o alimento.

– Beba bastante água

A água parece ajudar a controlar sintomas de gastrite e úlcera.

Tome pelo menos 2 litros de água por dia, beba também quando os sintomas aparecerem. Ao contrário do leite, álcool e cafeína, a água não vai aumentar a produção de ácido do estômago ou causar queimação.

– Reduza o estresse

Stress diminui a função imunológica e contribui para a piora de outras questões digestivas.

– Pare de fumar e diminua a exposição à toxina

Fumar e viver um estilo de vida pouco saudável são fatores de risco para desenvolver dano estomacal e gastrite.

Fumar retarda a cicatrização da mucosa gástrica, aumenta a taxa de recorrência de úlceras e também torna mais provável que você desenvolva infecções.

Alimentos que Ajudam a Superar a Gastrite

Dieta para Gastrite e Úlcera

Uma alimentação adequada pode auxiliar na busca uma saúde melhor. Os alimentos de verdade podem mudar a nossa vida.

Eles são naturais e livres de conservantes, açúcares adicionados, agentes tóxicos, entre outros malefícios presentes em alimentos industrializados. Escolha bem, e busque a orientação de um nutricionista.

Trago aqui algumas dicas que podem te ajudar a aliviar os sintomas da gastrite e úlcera.

1-Alimentos Altamente Antioxidantes

Aipo é Rico em Antioxidantes

Pesquisas mostram que os alimentos ricos em antioxidantes, como os ricos em vitamina C, vitamina A e flavonóides, podem ajudar a reduzir a inflamação do estômago e reduzir o risco de distúrbios digestivos ou complicações.

As melhores fontes antioxidantes são frutas frescas e legumes.

Segundo fontes como a Universidade de Maryland Medical Center, frutas, ervas /especiarias e legumes que são especialmente benéficos para gastrite incluem cebolas, alho, abóbora, pimentão, folhas verdes, alcachofra, aspargos, aipo, funcho, gengibre, açafrão, bagas e maçãs (2).

2- Alimentos Probióticos

 Uma revisão dos estudos sugere que o consumo de probióticos pode ajudar a controlar a bactéria H. pylori e tratar infecções do trato gastrointestinal que desencadeiam gastrite e úlceras (3).

Alimentos probióticos, incluindo vegetais cultivados, iogurte e kefir, têm inúmeros benefícios para quase todos os aspectos da saúde.

Eles reduzem a inflamação, regulam os movimentos intestinais, ajudam a controlar as reações a alergias alimentares ou intolerâncias, e muito mais.

3-Alho

Consumir alho cru e cozido tem sido considerado um alimento medicinal, para auxiliar em problemas gastrointestinais há milhares de anos.

O alho é um antiinflamatório natural e ainda tem algumas propriedades antibióticas.

Alguns especialistas acreditam que o alho cru pode até ser capaz de ajudar a reduzir a bactéria H. pylori e inibir o crescimento de outras bactérias nocivas (4).

4-Alimentos Ricos em Fibras

Alimentos com Fibras : Nozes

Uma dieta rica em fibras tem se mostrado benéfica para gastrite e outros distúrbios digestivos.

Um estudo feito pela Harvard School of Public Health descobriu que dietas ricas em fibras estavam associadas com um risco reduzido de desenvolver úlceras de estômago em até 60% (5).

Algumas das melhores fontes de fibras incluem nozes e legumes.

5- Gorduras e Proteínas Saudáveis

Omelete É Rico em Proteínas
Omelete É Rico em Proteínas

Proteínas ajudam a reparar a parede do intestino e tratar problemas digestivos, que podem desencadear inflamação. Boas fontes de proteína incluem carne, peixes, aves e ovos.

Peixes como o salmão ou sardinhas são especialmente benéficos porque são ricos em omega-3, que são poderosos antiinflamatórios e benéficos para quem sofre de gastrite e úlcera.

Outras gorduras saudáveis ​​e fáceis de digerir incluem coco, azeite, abacate e manteiga.

Alimentos Que Pioram Gastrite e Úlcera

O álcool piora os sintomas da gastrite

– Leite

Os especialistas agora acreditam que o leite estimula a liberação de mais produção de ácido e podem piorar os sintomas da gastrite. Tente trocar por derivados de kefir (6).

– Álcool

Álcool em excesso pode erodir o revestimento do estômago e fazer a inflamação piorar. Algumas pessoas não percebem um aumento nos sintomas de gastrite quando bebem moderadamente, mas outros não podem consumir álcool de todo sem provocar sintomas (7).

– Café

O café não causará problemas de estômago ou úlceras na maioria dos casos, mas geralmente faz sintomas da gastrite piorar. Em alguns casos, mesmo quando o café é descafeinado, ainda pode provocar dor. O café pode aumentar os sentimentos de queimação.

– Alimentos picantes 

Alimentos picantes ou quentes não causam gastrite ou úlceras, mas podem piorar os sintomas. Estes incluem pimentas e molhos.

Quando os sintomas da gastrite aparecem é importante mudar sua alimentação e procurar orientação médica.

O melhor de tudo é se afastar de alimentos industrializados, iniciar uma reeducação alimentar e evitar os hábitos ruins.

Quando você se alimenta bem e adquire um estilo de vida saudável, isso se reflete na sua saúde e evita o sofrimento gerado por doenças.

Fonte: Dr. Juliano Pimentel

O exame de retossigmoidoscopia é utilizado para o diagnóstico das doenças que acometem a porção final do intestino grosso. Com a retossigmoidoscopia é possível diagnosticar doenças que acometem os 30 cm finais do tubo digestivo, avaliar a mucosa do reto e sigmoide, verificar a presença de câncer retal, pólipos intestinais, divertículos em sigmoide, colites, diagnosticar amebíase através de biópsia de reto.

O exame pode ser realizado com retossigmoidoscópio rígido (figura 1) ou flexível, a diferença entre os dois exames consiste no aparelho que é utilizado, o retossigmoidoscópio flexível (figura2) é um aparelho mais sofisticado que o rígido e permite a realização de fotos durante o exame, além de causar menor desconforto durante a realização do mesmo .

Como é feito o exame de retossigmoidoscopia?

O exame consiste na introdução pelo ânus de um aparelho (retossigmoidoscópio rígido ou flexível) que permite a visualização dos segmentos intestinais, reto e colón sigmóide.

O paciente é posicionado em decúbito lateral

O médico realiza um toque retal, com dedo lubrificado por xilocaína gel, que é um anestésico local. O intuito do toque retal é avaliar a elasticidade do ânus, identificar massas palpáveis, realizar o relaxamento dos esfíncteres anais para que o exame seja o menos desconfortável possível.

Após o toque retal é introduzido o retossigmoidoscópio flexível que tem o diâmetro de um dedo, aproximadamente.

Após a introdução do retossigmoidoscópio o médico vai progredindo o aparelho que está acoplado a um sistema de câmera que permite a visualização dos segmentos intestinais, até 30 cm da borda anal.

 

Durante este trajeto são realizadas fotos dos segmentos principais e de lesões quando estiverem presentes, o médico pode realizar biópsias de  tecidos que julgar necessário.

Foto de segmento de reto com presença de pólipos

As biópsias (Figura 6) são indolores e o paciente pode apresentar um discreto sangramento vermelho-vivo às evacuações logo após o exame.

 

O exame é extremamente rápido, dura em torno de 5 minutos e o desconforto é mínimo, com sensação de cólica de gases por alguns segundos.

Não é necessário jejum para a realização do procedimento, porém o reto deve estar limpo para que a visualização não fique prejudicada. Portanto é necessária uma lavagem intestinal (Figura 7), realizada pelo próprio paciente, em sua residência, antes do exame.

Lavagem intestinal

Após o exame os pacientes podem retornar às atividades normais de trabalho, não sendo necessário afastamento do mesmo, para realizar o procedimento.

Quais complicações podem ocorrer após a retossigmoidoscopia?

As complicações são extremamente raras, quando o exame é realizado por equipe treinada e médico experiente.

Pode ocorrer sangramento de pequeno volume, hemorragias são raras e estão associadas à remoção de pólipos volumosos.

Infecções também são extremamente raras, pois o aparelho de retossigmoidoscopia passa por processo criterioso de desinfecção.

Perfurações intestinais também são raras.

Fonte: CEDIG

 

 

Dr. Rodrigo apresentou no evento o tratamento cirúrgico por BYPASS DUODENOJEJUNAL EM ESTENOSE POR CROHN

A XVII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD 2017) foi um sucesso! Os médicos da Gastromed, doutores Avelino Guzzi e Rodrigo Samways Guzzi estiveram presentes no evento e trouxeram muitas novidades para a clínica. O Congresso ocorreu em Brasília dos dias 11 a 15 de novembro.

Além de estarem lá para obter conhecimento, se atualizarem sobre as últimas inovações da saúde digestiva, o doutor Rodrigo se destacou no Congresso, apresentando o tratamento cirúrgico por videocirurgia, BYPASS DUODENOJEJUNAL EM ESTENOSE POR CROHN, com utilização de grampeadores cirúrgicos. Houve muita interação com os convidados, troca de informações e experiências.

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Assuntos que se destacaram

Os temas de maior interesse na Endoscopia Digestiva foram demonstrados nas videoaulas, a terapêutica avançada dos procedimentos endoscópicos, utilizando equipamentos de ponta nas remoções de lesões da mucosa gastrointestinais, evitado assim procedimentos cirúrgicos mais invasivos. Além de serem apresentados a colocação de balão intragástrico para tratamento da obesidade, gastrostomia endoscópica para alimentação de paciente debilitado, entre muitos outros.

Na área da Cirurgia Digestiva, foi destaque as Cirurgias Minimamente Invasivas e as Cirurgias Robóticas, que propiciam menor trauma cirúrgico com melhor campo de visão da cirurgia, aplicada em diferentes procedimentos cirúrgicos.

              

Conhecimento é refletido no excelente atendimento da Gastromed

Os pacientes da Gastromed poderão observar dia a dia todo o conhecimento assimilado pelos médicos no evento, além dos novos equipamentos adquiridos para melhor diagnóstico e tratamento.

“A Gastromed é uma clínica de Gastroenterologia e Cirurgia Digestiva que procura sempre aprimorar seus conhecimentos, participando dos principais eventos da área e adquirindo equipamentos de ponta, para melhor esclarecimento diagnóstico e assim aperfeiçoar o atendimento ao paciente”, ressalta Dr. Rodrigo.

“Participar do maior evento de Gastroenterologia e Cirurgia Digestiva do Brasil, sempre traz enriquecimento, no sentido de poder acompanhar de perto novas tendências nos tratamentos de diferentes patologias digestivas, como novas tecnologias aplicadas, para o melhor diagnóstico em benefício do paciente”, orgulha-se Dr. Avelino.

É o que aponta um estudo conduzido por cientistas da Escola de Medicina de Nova Orleans, nos Estados Unidos

 

Responda rapidinho. você inclui as oleaginosas no lanchinho porque:
( ) aplacam a fome facilmente
( ) têm gordura anti-inflamatória
( ) não pesam na bolsa

Todas as alternativas estão corretas. Acrescente mais uma: elas fazem bem ao intestino. Quem as come diariamente tem uma microbiota mais saudável, constataram os pesquisadores da Escola de Medicina de Nova Orleans, nos Estados Unidos, com base em testes laboratoriais com voluntários.

“A gordura e as fibras presentes nas nozes aumentam o número
 de bactérias que habitam o intestino, especialmente a do tipo lactobacilo”, diz a nutricionista Danielle Barioni, de Londrina (PR), que sugere consumir o equivalente a um punhado delas todos os dias, em um lanche intermediário ou na ceia.

Fonte: Boa Forma

Constipação intestinal é um dos sintomas mais frequentes no consultório médio e acomete, principalmente, as mulheres. Confira os alimentos aliados para incluir na dieta já!

Mau humor, barriguinha saliente, sensação de inchaço e estufamento. Esses problemas são familiares para você? Saiba que você não é a única – cerca de 20% da população mundial sofre desse mal, segundo pesquisa publicada na Biblioteca Virtual em Saúde.

Embora, em alguns casos, a constipação possa significar problemas mais sérios de saúde – e, por isso, a queixa precisa ser levada ao consultório médico – ela pode ser também uma simples questão de má alimentação (principalmente com baixa quantidade de fibras). Pequenas mudanças de hábito e a inclusão de alguns alimentos na dieta podem fazer uma diferença e tanto. Anote aí:

1. Feijão

Cada porção contém mais de 10 gramas de fibra, que é importante para o bom funcionamento do intestino por aumentam o bolo fecal (fibras insolúveis) e contribuir para a captação de água (fibras solúveis), acelerando o trânsito intestinal e a frequência de evacuações.

2. Kiwi

A fruta contém 2,5 gramas de fibra e é rica em vitaminas e nutrientes para o bom funcionamento do intestino. Um estudo feito no Taiwan provou que a inclusão de dois kiwis por dia na dieta aumentou consideravelmente a frequência de evacuação em adultos com constipação.

3. Batata-doce

Além de ser uma boa aliada da boa forma, graças a seu alto índice glicêmico, a batata-doce contem 3,8 gramas de fibra, presente, principalmente, na casca – portanto, a melhor forma de consumir, é em sua forma integral!

4. Pipoca

Além de gostosa, a pipoca é uma opção de lanche supersaudável – 3 xícaras contêm cerca de 3,5 gramas de fibras. Só não vale escolher as versões cheias de manteiga, ok?

5. Mix de Nuts

Não é a toa que o mix de nozes, amêndoas e castanhas é o lanche queridinho dos nutricionistas. Além de serem ricas em fibras, possuem a chamada gordura boa, que, junto com as fibras, também colabora para o bom funcionamento do intestino.

6. Pão integral

Já está mais do que comprovado que esta é a melhor forma de consumir os deliciosos pães. Além da alta quantidade de fibras graças aos ingredientes em sua forma integral (sem passar pelo processo de refinamento), eles costumam vir com castanhas e grãos cheio de benefícios para o regulamento do intestino.

7. Frutas vermelhas

Além de deliciosas, frutas como amora, framboesa e mirtilo contêm 4 gramas de fibras em apenas meia xícara. Inclua em sucos, saladas e iogurtes para lanches saudáveis e funcionais.

8. Pera

Ela tem cerca de 5 a 6 gramas de fibra e pouquíssimas calorias. Mas, para conseguir os benefícios, é preciso consumi-la com a casca.

9. Brócolis

Ele é considerado um dos melhores alimentos para se incluir na dieta. Meia xícara de brócolis contém cerca de 3 gramas de fibras, que ajudam no funcionamento do intestino e ainda é rico em vitamina C e antioxidantes – ótimos aliados para a pele!

10. Ameixa-preta

É o ingrediente número um da maioria dos medicamentos naturais para constipação. Além de serem ricas em fibras insolúveis, elas contêm um laxante natural, chamado de sorbitol, que dá uma ajuda e tanto no funcionamento do intestino.

Fonte: Revista Claudia

Você sabia que muitas vezes o intestino é chamado de ‘segundo cérebro’? Pois ele é responsável pela detecção de nutrientes e produção de diversos neurotransmissores e hormônios que enviam sinais ao próprio cérebro e a outros órgãos do corpo.

O intestino é um dos maiores órgãos do corpo humano e é dividido em duas partes principais: intestino delgado e intestino grosso. No intestino grosso encontra-se a maior parte das bactérias intestinais que realizam a fermentação bacteriana, então além de ingerir nutrientes é preciso garantir a saúde intestinal para o melhor aproveitamentos destes alimentos.

Na flora intestinal existem por volta de 100 trilhões de micro-organismos, tornando-se fundamental a garantia do equilíbrio entre bactérias benéficas (boas) e patogênicas (ruins). Esse desequilíbrio é chamado de ‘disbiose’. A manutenção da integridade da mucosa intestinal é um fator chave para a saúde, é essencial manter bactérias benéficas em maior quantidade que as ruins, pois a flora intestinal está relacionada ao sistema imunológico, diminuem a imunidade, tornando o sistema mais vulnerável a infecções, desordens autoimunes (quando os anticorpos “atacam” o próprio organismo) como alergias, lúpus, doença celíaca  e outras condições imunológicas.

Obesos apresentam menor diversidade de bactérias boas em sua flora intestinal, além de maior proporção de dois tipos de bactérias que influenciam o desenvolvimento da obesidade, pois elas aumentam a capacidade de extrair energia a partir de alimentos, favorecem o aumento da passagem de gorduras pelo intestino para o sangue, o que leva ao estado inflamatório da obesidade, comparando com indivíduos saudáveis. Estudos recentes apontam que o desequilíbrio na flora intestinal pode auxiliar no desenvolvimento dessa e de inúmeras outras patologias, incluindo o Diabetes. Se as bactérias estão em equilíbrio correto, algumas substâncias e hormônios atuam no hipotálamo ativando mecanismos responsáveis pelo aumento da saciedade e diminuição da ingestão alimentar, melhorando a resposta glicêmica (glicêmica) e insulinêmica (insulina) e diminuindo a inflamação do organismo, comumente presente em obesos e portadores de Diabetes tipo 2.

Manter o intestino saudável também pode auxiliar na digestão de lactose de indivíduos intolerantes, pois a produção da enzima lactase que é responsável pela digestão da lactose, acontece no intestino e bactérias probióticas fermentam parte da lactose, reduzindo assim os sintomas.

A constipação intestinal traz impactos negativos na qualidade de vida dos indivíduos, e  tem seu diagnóstico definido pelos critérios de Roma IV, que são:

  1. Devem ser incluir dois ou mais dos seguintes:
  2. Esforço para evacuar em mais de 25% das evacuações.
  3. Fezes endurecidas (tipo 1 e 2 na escala de Bristol*) em mais de 25% das evacuações.
  4. Sensação de evacuação incompleta em mais de 25% das evacuações.
  5. Sensação de obstrução anorretal e bloqueio em mais de 25% das evacuações.
  6. Manobras manuais facilitadoras em mais de 25% das evacuações.
  7. Menos de 3 evacuações espontâneas por semana.
  8. Fezes macias raramente estão presentes sem o uso de laxantes.
  9. Critérios insuficientes para o diagnóstico de Síndrome do Intestino Irritável.

*Critérios durante os últimos 3 meses com início dos sintomas pelo menos 6 meses antes de diagnóstico

ESCALA DE BRISTOL

* é uma escala médica destinada a classificar a forma das fezes humanas em sete categorias.

Ideal: Tipo 4

Portanto, é sempre muito importante manter seu intestino em dia com uma alimentação saudável rica em fibras (falaremos disso num próximo post), e consultar sempre um nutricionista capacitado para um atendimento individualizado.

 Fonte: Nutricore

Órgão é considerado o segundo cérebro do corpo com mais de 100 milhões de neurônios

 

As pessoas desconhecem a íntima relação que existe entre intestino e saúde. Esse órgão, conhecido geralmente pela função excretora e absortiva (de nutrientes e água), é considerado o segundo cérebro do corpo humano, já que possui mais de 100 milhões de neurônios conectados à região cerebral e também é responsável por 80% da produção da serotonina, o hormônio do bem-estar que regula o nosso humor, o sono, o apetite, a sensibilidade à dor, temperatura corporal, o ritmo cardíaco, entre outras funções, inclusive as intelectuais.

Um desequilíbrio no intestino (disbiose) gera uma cascata oxidativa que traz danos sérios ao corpo, como a fragilidade do sistema imunológico, deixando a pessoa vulnerável às doenças. Segundo explica a médica Cláudia Loureiro, especialista em medicina preventiva e graduada em medicina ortomolecular, para cuidar do intestino é imperioso adotar uma alimentação saudável. “Se você maltrata o intestino com alimentos inflamatórios, ele deixa de fazer sua principal função, que é absorver nutrientes e água. E como a pessoa vai viver? Sem saúde”, alerta a médica.

O ideal, recomenda a médica, é se alimentar da forma mais natural possível, o que implica em eliminar do cardápio os produtos industrializados, principalmente. “É claro que nós vamos nos submeter a comer produtos industrializados porque vivemos num mundo industrializado. Mas, é preciso aprender a fazer escolhas e uma das mais importantes é: descascar mais e abrir menos”, orienta.

Na avaliação de Cláudia Loureiro, parte da população busca por alimentos saudáveis, mas  desconhece o que seja isso. “As pessoas vão aos grandes mercados gourmet e encontram um monte de produtos industrializados rotulados como saudáveis. É o chip de batata doce, embrulhado em papel alumínio (o alumínio contamina o alimento); o sal rosa refinado, ou seja, acrescido de produto químico; o óleo de coco, que é maravilhoso, mas que está oxidado porque foi acrescido de sabores como limão e laranja; o biscoito sem glúten e sem lactose, mas com açúcar lá em cima; o leite sem lactose, mas que tem caseína, que é uma proteína que nosso intestino não tem condições de quebrar e absorver. Tudo isso é alimento inflamatório”, revela.

A médica explica que entre os alimentos inflamatórios os piores são os embutidos, atualmente considerados antinutrientes, e que favorece ao aparecimento do câncer de estômago e intestino, entre outras doenças graves. A dra. Cláudia também lista a obesidade como resultado de uma dieta inflamatória e insiste que, infelizmente, muitas vezes as pessoas nem sabe o básico para fazer uma alimentação saudável. “Alimentação deveria ser pauta em colégio, desde cedo. Se a criança fosse ensinada sobre o que come, ela não teria aversão a verduras e frutas. O médico deveria ter cadeira básica sobre alimentação, sem precisar se especializar pra isso, porque a gente adoece pela boca”, defende.

Outro processo essencial para garantir a saúde geral do organismo, segundo enfatiza a dra. Cláudia, é a evacuação. Também nesse caso, a alimentação saudável é determinante para que o intestino funcione corretamente, assim como a garantir a ingestão suficiente de água e a prática de qualquer atividade física. “Fezes é fermentação. Só tem toxina. O maior índice de câncer é em pessoas que não evacuam com frequência. Muitas vezes a pessoa sente vontade de evacuar e se prende porque se sente incomodada em fazer isso fora de sua casa, do seu ambiente de conforto. Mas é importante não deixar de ir ao banheiro, não prender”, orienta.

 Fonte: Gazeta Web

Revisão que incluiu o acompanhamento de 93 mil mulheres aponta relação entre ganho de peso,
excesso de peso e obesidade com 13 diferentes tipos de câ
ncer

Os efeitos do excesso de peso e da obesidade sobre diabetesdoenças  cardiovasculares e outros malefícios para a saúde já são amplamente conhecidos e divulgados. De outro lado, diversos estudos sobre os males do tabaco e as diversas estratégias e programas eficazes para abandonar o tabagismotêm como objetivo a redução do risco de doenças crônicas, incluindo câncer.

Estas estratégias já são conhecidas por profissionais de saúde, que advertem há muitos anos seus pacientes. Esses esforços e abordagens têm sido eficazes e cada vez mais difundidas em todo o mundo.

No entanto, outra perigosa associação vem sendo cada vez mais discutida entre especialistas e parece cada vez mais consolidada. Trata-se da relação do excesso de peso, da obesidade e do aumento de peso com o aumento do risco de desenvolvimento de câncer.

Uma revisão com mais de mil estudos e seguimento por quase 18 anos das quase 93 mil mulheres, que participaram do Nurses’ Health Study entre 2005 e 2014, concluiu que há provas suficientes para vincular ganho de peso, excesso de peso e obesidade a 13 diferentes tipos de câncer. Estão nesta lista adenocarcinoma do esôfago, estômago, cólon e reto, fígado, vesícula biliar, pâncreas, colo de útero, ovário, rim e tireoide, câncer de mama pós-menopausa e mieloma múltiplo.

O relatório Excessive Weight Gain, Obesity, and Cancer Opportunities for Clinical Intervention, que reconhece esta associação, foi divulgado no dia 3 de outubro de 2017, pelo Centers for Disease Control and Prevention, nos Estados Unidos, e publicado na edição online do jornal científico americano JAMA.

A partir desta conclusão, pode-se considerar que, somente em 2014, mais de 630 mil pessoas diagnosticadas com algum tipo de câncer pode ter sua doença associada ao sobrepeso e à obesidade. Esse número representa mais de 55% de todos os cânceres diagnosticados em mulheres e 24% dos diagnósticos entre os homens.

O que mais impressionou os responsáveis pelo estudo foi que os cânceres relacionados ao excesso de peso e à obesidade foram aqueles que têm sido cada vez mais diagnosticados entre a população maisjovem.

O aumento anual, no período do estudo, foi de 1,4% nos cânceres relacionados ao excesso de peso e à obesidade entre indivíduos de 20 a 49 anos e de 0,4% entre indivíduos entre 50 e 64 anos. Outro dado alarmante foi que quase metade de todos os cânceres em pessoas com menos de 65 anos podiam ser associados ao sobrepeso e à obesidade.

 

Novas estratégias

O câncer não é inevitável, mas além de todas as ferramentas e estratégias já conhecidas, agora é possível contribuir para reduzir sua incidência também por meio de prevenção do excesso de peso e da obesidade desde cedo.

Implementar intervenções clínicas, incluindo triagem, aconselhamento e encaminhamento, será um grande desafio a partir de agora, mas fundamental. Ainda são poucas as escolas de medicina e programas de residência médica que fornecem treinamento adequado para a prevenção e o manejo da obesidade. Este talvez seja o motivo para ainda haver bastante dificuldade entre os clínicos para iniciar uma conversa sobre obesidade com seus pacientes.

Além de treinamento adequado para médicos e demais profissionais de saúde que lidam diretamente com pacientes, o acompanhamento do peso dos pacientes ao longo do tempo poderá identificar aqueles que se beneficiarão de aconselhamento e encaminhamento precoce a fim de evitar ganho de peso excessivo.

Hoje, menos da metade dos profissionais envolvidos em cuidados primários avalia regularmente o peso de seus pacientes, sejam eles adultos, crianças ou adolescentes. Mas assim como o tabagismo está cada vez mais presente nas consultas de rotina das mais variadas especialidades, alcançar e manter um peso saudável também deverá fazer parte das estratégias de redução da incidência de câncer.

Vale destacar que a prevalência de obesidade nos Estados Unidos vem apresentando crescimento há quase 50 anos. Atualmente, mais de dois terços dos adultos e quase um terço das crianças e adolescentes norte-americanos estão acima do peso ou obesos. Jovens obesos são mais propensos a se tornarem adultos obesos, agravando os riscos para a saúde ao longo de suas vidas.

Outro dado importante é que muitas das consequências do excesso de peso e obesidade, como o diabetes tipo 2 ou a doença coronariana, também vêm apresentando aumentos, que coincidem com o crescimento das taxas de obesidade. Mais que isso, as sequelas destas doenças têm sido proporcionais à gravidade da obesidade.

Fonte: ABESO

Colelitíase ou pedra na vesícula é a presença de cálculos na vesícula biliar.

 

Esses cristais ou cálculos podem ocorrer em diversas porções do trato biliar, como o ducto colédoco (causando Coledocolitíase) e a vesícula biliar. Os cristais podem obstruir o trato biliar, causando icterícia, e o ducto pancreático, levando à pancreatite. A colelitíase se trata especificamente da formação desses cristais na vesícula biliar.
A vesícula biliar tem o formato de pera, com tamanho aproximado de 10 cm. Está localizada perto do fígado e tem como função o armazenamento da bile. A bile é produzida pelo fígado e é levada até a vesícula biliar para ser armazenada e eliminada na presença do alimento, principalmente rico em gorduras.
A doença afeta cerca de 20% da população mundial e é cercada de muitos mitos.
AS PEDRAS SÃO SEMPRE IGUAIS? Há diferentes tipos e tamanhos de pedras (cálculos). Os Cálculos são formados do aumento na concentração de gordura (90%), e ou sais biliares na bile. A razão da formação dos cálculos ainda não é bem conhecida.
AS PEDRAS PODEM SE DISSOLVER TOTALMENTE? Os medicamentos ajudam a dissolver a solução dentro da vesícula, no entanto, leva de seis meses a um ano, é caro e nem sempre resolve o caso. Não existe nenhuma solução capaz de dissolver os cálculos. Diante disso a remoção cirúrgica da vesícula, ou colecistectomia, é o tratamento eficaz.
TODOS TEMOS O MESMO RISCO DE TER PEDRAS? O risco aumenta com a idade, obesidade, mulheres com múltiplas gestações e que fazem uso de anticoncepcional. Mulheres entre 20 e 60 anos tem 3x mais chance que a população masculina.
A CIRURGIA DE VESÍCULA RETIRA SOMENTE AS PEDRAS E PODE SER FEITA A LASER? A colecistectomia consiste na retira de toda a vesícula biliar. Realizada da forma convencional por uma incisão abdome ou videolaparoscopia com minincisões e auxilio de um sistema de vídeo e não laser.
AS PESSOAS ENGORDAM APÓS A CIRURGIA? Não há fundamento científico, é boato.
O FATO DE RETIRAR A VESÍCULA AFETA O FUNCIONAMENTO DO FÍGADO OU INTESTINO? Não afeta de modo algum, alguns pacientes podem apresentar aumento nas evacuações no primeiro mês.
O alerta é que a prorrogação do tratamento cirúrgico só aumenta o risco de desenvolver colecistite (inflamação da vesícula), coledocolitiase, pancreatite, e também complicações cirúrgicas, que vão desde dor, infecção na ferida, sangramento, deiscência (soltura) dos pontos, lesão hepática, lesão intestino, icterícia (amarelão), lesão colédoco, infecção generalizada, e óbito.
Fonte: Blog Gastro e Cirurgia

intolerância à lactose é um distúrbio digestivo muito comum entre os brasileiros, como comprova recente pesquisa feita pelo Instituto Datafolha. – 35% da população com idade acima de 16 anos (cerca de 53 milhões de pessoas) relatam algum tipo de desconforto digestivo após o consumo de derivados do leite.

A pesquisa mostra ainda que entre as pessoas que confirmaram sentir algum tipo de desconforto gastrointestinal, 88,2%, jamais receberam um diagnóstico médico adequado. Apenas 4% dos entrevistados relatam terem ido procurar ajuda médica e, dentre esses, 1% foram diagnosticados com Intolerância à lactose (o que corresponde a 1,5 milhão de pessoas). As mulheres apresentam maior incidência da doença (59% dos casos). A intolerância à lactose afeta o bem-estar e a saúde de muitas pessoas e, como elas não recebem nenhum tipo de suplementação ou têm indicação de como proceder corretamente para minimizar o desconforto, sofrem muito com este distúrbio.

Mas este problema de saúde não é apenas nacional. Estima-se que entre 60% a 70% da população mundial apresenta algum nível de dificuldade de digestão ou debilidade da enzima lactase. A intolerância à lactose é uma condição caracterizada pela dificuldade ou incapacidade do indivíduo de digerir (quebrar) a lactose, o principal açúcar do leite. Sintomas como náuseas, inchaço, dor abdominal e diarreia podem ocorrer após o consumo de alimentos que a contêm (leite e derivados). Essa deficiência, chamada de hipolactasia, se origina da não-produção (fator genético) ou da geração insuficiente (fator idade) da enzima, ou ainda pela produção de algumas defeituosas em virtude de outras doenças que a pessoa possa vir a ter como a síndrome do intestino Irritado, supercrescimento bacteriano, doença de Chron e celíaca.

O estudo também aponta que, ao sentir qualquer problema ou dor gastrointestinal, o hábito mais comum para 34% das pessoas é deixar de consumir determinado tipo de alimento, quando o identifica ou acredita que ele seja o responsável pelo problema. Este é o caso do leite, apontado como o vilão por 16% dos entrevistados, seguido por bolos e doces, com 13%, chocolate, 11%, e queijos, 11%. Todavia, seguir uma dieta restritiva não é a melhor opção na maioria dos casos – o leite é a maior fonte de cálcio para o organismo. Sua ausência pode causar a diminuição da densidade óssea e maior risco de desenvolvimento de osteoporose. A restrição do leite também pode determinar a ingestão insuficiente de outros importantes nutrientes como vitaminas A e D, riboflavina e fósforo.

“As pessoas ainda têm o hábito de sentir algum desconforto e deixar para lá, ou mesmo restringir sua alimentação, ao invés de procurar um especialista para investigar a verdadeira causa dos desconfortos que estão sentindo. É importante conscientizar as pessoas da necessidade de prestar atenção aos sinais que o corpo dá. É preciso levar à sério sua saúde”, explica a doutora Alessandra Lima, gerente médica da Eurofarma.

Fonte: Caras UOl

Estudos indicam que 80% das pessoas terão o problema durante a vida.

 

Hemorroida é um assunto difícil de ser falado e, principalmente, admitido, por medo ou vergonha. Mas, segundo especialistas, pelo menos 80% das pessoas terão problema com essas varizes do canal do ânus em algum momento da vida.

o proctologista Fábio Atui e o infectologista Caio Rosenthal explicam o que causa a doença hemorroidária e como evitá-la. Normalmente, o músculo anal se contrai e os vasos dilatados se aproximam uns dos outros, vedando corretamente o ânus. Esses vasos foram projetados para estar fora da faixa de alta pressão do músculo, mas podem “cair” para a área de contração, sofrer pressão dos movimentos e se deformar.

Quando isso ocorre, três coisas podem acontecer: o vaso dilatado fica mais fino e estoura, causando sangramento durante a evacuação; o sangue corre lentamente, o que pode levar à trombose hemorroidária (quando o sangue coagula), provocando dor e caroço na região anal; ou o vaso pode “cair” tanto a ponto de desencadear o prolapso hemorroidário, em que parte da “pele” do canal anal, que deveria estar dentro do ânus, fica exposta.

As hemorroidas se manifestam externamente em quem tem uma alimentação pobre em fibras (presente no bagaço e na casca de frutas, verduras e legumes), não toma água suficiente e faz muita força na hora de ir ao banheiro.

Conteúdo não disponível.

Uma dieta baseada apenas em produtos industrializados e a falta de alimentos frescos e crus também podem levar a um desequilíbrio da flora intestinal. Praticar ciclismo ou hipismo não tem relação com hemorroida, mas o alterofilismo em excesso, sim.

Ficar muito tempo sentado no vaso sanitário é capaz de piorar a situação, cuja origem em alguns casos é familiar. Quem sente dor constante ou vê sangue ao evacuar deve procurar um médico. Se o sangue for vermelho vivo, pode ainda ser sinal de câncer no intestino. Os tratamentos contra hemorroida ajudam a aliviar os sintomas e a prevenir tromboses. Analgésicos são usados para combater a dor.

Se for necessária uma cirurgia, há duas técnicas: uma clássica, que retira o vaso, e outra que grampeia a mucosa acima da hemorroida e “puxa” o vaso para sua posição original. A primeira é mais dolorosa, principalmente na hora de evacuar nas semanas seguintes à operação, mas costuma resolver o problema definitivamente, ao contrário da segunda. Ambas são feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Os intestinos delgado e grosso são os órgãos que mais têm variedades de bactérias: 195. Esses micro-organismos ajudam na digestão e protegem contra outros micróbios. Tomar antibióticos indiscriminadamente pode, portanto, prejudicar toda a colônia.

 

Dicas
Além de manter uma alimentação saudável, quem tem hemorroida ou quer evitá-la deve lavar bem a região com água e sabão após evacuar. Uma duchinha custa de R$ 30 a R$ 60, e o papel higiênico deve ser usado para secar o local.

Outra recomendação é não arrastar o papel nem friccioná-lo: o ideal é passá-lo como um mata-borrão. E a melhor forma de fazer cocô é com o corpo inclinado.

Pimenta
Comer pimenta, principalmente a vermelha, ajuda a emagrecer e retardar o envelhecimento, pois o sabor ardido aumenta a produção de endorfina, hormônio que reduz a sensação de fome, e o alimento também contém antioxidantes e vitaminas A e C.

Estudos apontam que a pimenta pode melhorar, ainda, a congestão nasal, prevenir coágulos no sangue e impedir que a gordura se acumule nas artérias. Além disso, o efeito desintoxicante contribui para diminuir o risco de câncer de próstata, catarata e diabetes. Isso sem contar a estimulação da saliva e a proteção dos dentes.
Fonte: G1

 

 

O desenvolvimento da colonoscopia foi uma verdadeira revolução: além do diagnóstico mais preciso, o exame passou a permitir procedimentos terapêuticos

 

Até cerca de 40 anos atrás, a melhor maneira de se estudar as doenças do intestino grosso era por meio de uma radiografia contrastada, denominada enema baritado, que tem como principais inconvenientes ser desconfortável para o paciente e demandar tempo do radiologista para realizar um bom exame. Além disso, para os médicos que se dedicam aos exames de imagens, realizar enemas é pouco atraente em comparação aos exames mais “high tech”, tais como as tomografias computadorizadas e as ressonâncias magnéticas.

Felizmente, no início dos anos 70 foram desenvolvidos pelos japoneses os endoscópios flexíveis, que permitem examinar o interior de praticamente todo o tubo digestivo. Ao longo dos anos, os aparelhos foram se sofisticando, permitindo atualmente imagens bastante fidedignas, de alta resolução, em HD, e com capacidade de zoom para poder se avaliar detalhes da mucosa digestiva. Assim, no caso da colonoscopia, o que ocorreu ao longo dessas décadas foi uma revolução: afora substituir a radiografia contrastada na rotina diagnóstica, esse exame passou a permitir procedimentos terapêuticos, alguns simples e outros altamente sofisticados.

A seguir, serão mostradas as indicações atuais mais frequentes para se indicar a colonoscopia nos dias de hoje.

Diagnóstico

Em diversas situações:

  1. Em casos de alterações persistentes do hábito intestinal;
  2. Em casos de sangramentos por via retal que não parecem ser originados da região anal;
  3. Quando existe a suspeita de doença inflamatória (retocolite ulcerativa ou moléstia de Crohn), da colite isquêmica (sofrimento de mucosa por circulação deficiente, mais comum em idosos) e das chamadas microcolites;
  4. Em parentes de pacientes com história de polipose intestinal ou câncer ligado à hereditariedade (síndrome de Lynch).

Terapêutica

O principal procedimento terapêutico por colonoscopia é a retirada de pólipos do cólon e do reto, cuja incidência na população em geral aumentou sensivelmente nas últimas duas décadas. A importância de se identificar e retirar pólipos é que existe uma categoria, a dos adenomas, cujo crescimento pode levar ao câncer colorretal, nos dias atuais o 3º ou 4º tumor mais incidente no mundo ocidental.

Outras indicações são: ressecções de tumores benignos volumosos; estancar hemorragias decorrentes de algumas doenças especificas, tais como angiodisplasia e moléstia diverticular; colocação de stents para tumores obstrutivos; retirar corpos estranhos do reto e sigmoide, tratar a chamada síndrome de Ogilvie (dilatação do cólon direito que ocorre mais comumente após cirurgias ortopédicas da região do quadril).

Seguimento

Algumas doenças requerem exames periódicos para avaliar sua evolução, tais como as doenças inflamatórias e isquêmicas, bem como os pacientes operados de câncer ou submetidos a polipectomias, com o intuito de se identificar novos pólipos ou tumores malignos que podem aparecer ao longo dos anos. Outra situação, pouco frequente, é a de portadores de ureterossigmoidostomia (cirurgia realizada até passado não muito distante).

Rastreamento

Sabe-se no presente que existem algumas situações onde existe um maior risco de se desenvolver câncer colorretal e, assim, as colonoscopias são programadas em caráter periódico, em função da situação clínica. Dessa forma, colonoscopias periódicas são programadas, em intervalos variáveis, para os chamados grupos de alto risco, como os membros de famílias com alterações genéticas que aumentam o risco de aparecimento de câncer colorretal (poliposes, síndrome de Lynch), os membros de famílias com a denominada agregação familiar (vários casos de câncer na família, de tipos distintos e localizações variadas) e parentes imediatos de portadores de câncer colorretal.

As colonoscopias de rastreamento estão também indicadas para pessoas com mais de 45-50 anos de idade, que é quando aumenta a incidência de câncer colorretal na população em geral. Caso não exista história familiar, a colonoscopia deve ser realizada a cada 5 a 10 anos, pelo menos até os 80 anos de idade.

Fonte: Veja

O câncer colorretal interessa para várias áreas do saber, entre elas: a Medicina, a Nutrição, a Estomaterapia e a Psicologia.

Em função do setembro verde, quero salientar esse tema nessa matéria. Já tenho uma vivência de 19 anos assistindo pessoas que sofreram com a doença e que necessitaram derivar seu intestino para o abdome. Acompanho seus sofrimentos, dores e angústias, mas também a luta pela vida. Constato que a maioria de meus clientes tem sido capazes de superar as dificuldades impostas pela doença, buscando um novo sentido à experiência.

O quão frequente é esse câncer? Em cada país pode ser diferente, estando os casos em crescimento ou até redução. Apenas para exemplificar, num estudo japonês, o CC é o mais incidente dos cânceres – 6,654 casos, com 16,0% (1); na China, o CC está em quarto lugar (28,64%), entre dos dez principais (2); na Austrália está havendo aumento da incidência em faixas etárias mais jovens (3), o que mostra uma preocupação na saúde pública. No Brasil, numa avaliação de casos entre 1980-2013, constatou-se que o câncer colorretal tem tido aumento das taxas de sua mortalidade nas últimas três décadas (4). O Instituto Nacional de Câncer regista, por ano, cerca de 34 mil novos casos deste tipo de tumor. Isso é bem preocupante, não é?

O que causa o câncer colorretal? É difícil saber, porque câncer em si pode ter diferentes causas. E o com o tumor de cólon e reto certamente não é diferente. Mas encontro um estudo nacional que aponta uma relação com o estilo de alimentação, aumentando naqueles que consumem mais carne e menos de vegetais, frutas e grãos integrais (5). Então, é bom pensar que o que comemos pode fazer toda diferença em nossa saúde.

O câncer colorretal é a maior causa de realização de estomias intestinais. Quando não há possibilidade de refazer a comunicação do intestino (a anastomose), os cirurgiões necessitam abrir uma boca no abdome (estomias) para poder ser eliminado o conteúdo fecal.

Não se pode jamais esquecer que as estomias são a essência de um Estomaterapeuta (ET), porque foram destas que a especialidade se originou há mais de 50 anos. A pessoa estomizada, seja definitiva ou temporariamente, necessitará dos bons cuidados e orientações de um ET para aprender a lidar com seu novo corpo. Isso inclui a manipulação da estomia, dos equipamentos coletores, reforço nas orientações sobre a nutrição, a vida social e íntima, entre outros. Um ET, usando seu saber em educação em saúde, ajuda a pessoa com estomia a realizar seu autocuidado, a fim de alcançar a melhor reabilitação possível.

Embora a estomia seja o que possibilite manter a vida, não há dúvidas que a pessoa sofre alteração na sua imagem corporal, pois a anatomia e função estão modificadas e, portanto, precisará ressignificar esse corpo e integrar na sua psique-soma essa experiência. Dessa ressignifação, dependerá o melhor ajuste da pessoa com essa nova condição corporal, especialmente se definitiva.

Verifica-se que quanto mais jovem a pessoa e quanto maior o peso corporal, mais alteração na imagem corporal pode ser encontrada, sendo os homens os mais afetados. Na primeira condição, isso se dá pelo fato das pessoas mais jovens terem mais preocupação com sua aparência e estarem mais ativas na vida social e sexual. Já quanto a obesidade, a está dificuldade em ajustar as vestimentas (6). Nessa questão da obesidade, destaca-se também a dificuldade que as Estomaterapeutas têm para ajustar equipamentos coletores, e também o fato dessas pessoas correrem sempre riscos das suas bases soltarem e haver extravasamento do conteúdo fecal, causando-lhes enorme constrangimento quando ocorre em ambientes públicos.

A depressão e ansiedade podem se fazer presentes nesses pacientes, necessitando atenção psicológica e por vezes psicoterapia. Assim, é importante que os profissionais mais próximos dessas pessoas, como médicos e enfermeiros, percebam as necessidades emocionais dos pacientes e os referendem para os psicólogos ou psicanalistas. O melhor é que isso fosse feito já no pré-operatório.

O Setembro Verde

Diante no exposto, considero que essas são boas razões para mais divulgação nas mídias a respeito do câncer colorretal. Assim, viva o setembro verde! Pode ser verde de verdura, vegetais, mas, também, verde de esperança em mudança no estilo de vida da população, e com isso vislumbrar-se a redução da ocorrência de uma doença que tem potencial de prevenção.

Invista na sua saúde. Alimente-se bem e evacue bem, pois a alimentação rica em fibras, a ingestão de líquidos, compatível ao peso corporal, e a evacuação das fezes em posição correta poderão ser aliadas na prevenção desse câncer. Desse modo, uma estomia pode ser evitada e a imagem de seu corpo ser mantida do modo como veio ao mundo, com cada órgão no seu lugar. Mas, se você já tem uma estomia devido ao câncer colorretal, aceite a vida recebida e viva-a em toda sua plenitude, ressignificando sua existência num corpo com uma modificação que não incapacita o viver. Colabore com a campanha. Compartilhe!

Beatriz Farias Alves Yamada
Estomaterapeuta e Psicóloga Clínica
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Fonte: Oncoguia

Por meio de campanha, Sociedade Brasileira de Coloproctologia ressalta hábitos que podem evitar o aparecimento da doença

Obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e dieta rica em carne vermelha e processada são os principais fatores modificáveis que contribuem para o câncer colorretal. A doença atinge, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para 2016/2017, 34.280 pessoas. O número de mortes é alto, 15.415, ou seja, 44% dos atingidos. Por isso, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) realiza neste mês a campanha Setembro Verde, de conscientização sobre a importância da prevenção à doença.

“O câncer de intestino é um dos poucos que podem ser prevenidos. A maioria dos tumores deriva de uma lesão benigna, chamada pólipo ou adenoma. Basta diagnosticarmos antecipadamente esses pólipos intestinais e retirá-los, quebrando-se o ciclo vital da doença em cerca de 75% das vezes. É simples. Mas muitos desconhecem a importância de visitar um coloproctologista a partir dos 50 anos”, enfatiza a presidente da SBCP, Dra. Maria Cristina Sartor.

Entre os fatores não modificáveis para a doença estão idade acima de 50 anos e histórico de pólipos e câncer colorretal (pessoal ou familiar), diabetes tipo 2 e doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa e doença de Crohn). Geralmente o câncer do intestino origina-se de um pólipo, mas essa pequena verruga na mucosa do intestino leva, em média, 10 a 15 anos para se tornar maligna.

Detecção

É preciso avaliar o risco pessoal para definir como e com qual frequência será necessário realizar os exames de detecção precoce. Entre eles estão a colonoscopia (introdução de um tubo flexível acoplado a uma câmera para visibilizar o intestino por dentro), a retossigmoidoscopia flexível (exame endoscópico realizado com um tubo flexível para visibilizar os dois últimos segmentos do intestino grosso), o sangue oculto nas fezes e o toque retal, para os tumores próximos ao ânus. Cada um tem sua eficácia calculada e devem ser adequados a cada caso, conforme orientação do médico.

Sinais e sintomas

No início o câncer colorretal não provoca sintomas. Esses aparecem, na maioria das vezes, em estágio mais avançado da doença e consistem em diarreia e constipação repentinas e persistentes, fezes com sangue ou muito fétidas e escuras, dor abdominal, anemia, fraqueza, perda de peso etc.

A recomendação da United States Preventive Services Task Force é que a colonoscopia seja realizada a partir dos 50 anos, tanto para homens quanto para mulheres. “Quando há histórico familiar, a recomendação pode ser a partir dos 40 anos de idade ou até menos”, afirma a presidente da SBCP.

Prevenção e tratamento

A boa notícia é que bons hábitos de saúde ajudam a prevenir o câncer de intestino. A recomendação é ingerir diariamente fibras (25 a 30g), frutas e verduras (2,5 xícaras) e peixes de duas a três vezes por semana. Além disso, deve-se evitar a ingestão exagerada de álcool e o consumo exagerado de alimentos gordurosos, carne vermelha e embutidos. Praticar atividade física regular e não fumar também são recomendados.

Outros alimentos, como curry, gengibre, pimenta negra, ginseng, açafrão, berberina, cogumelos, vinho tinto, soja e alimentos probióticos (que contenham microrganismos vivos), vêm sendo apontados como benéficos para o intestino.

Na maioria das vezes o tratamento do câncer colorretal é realizado por meio de cirurgia. Dependendo do grau de desenvolvimento do tumor, podem ser necessárias quimioterapia, radioterapia e a colocação de um estoma, que consiste na exteriorização de um segmento do intestino, fixado à parede do abdome, para a saída de fezes, que serão coletadas em uma bolsa plástica acoplada ao local.

Fonte: Portal da Coloproctologia

Hepatite é um termo que significa inflamação do fígado. Existem várias causas de hepatite, incluindo medicamentos, toxinas, abuso de álcool e infecções.

A hepatite C é uma inflamação do fígado causada por um vírus chamado vírus da hepatite C (HCV), que costuma ser crônica e pode levar à cirrose. A maioria dos pacientes portadores de hepatite C permanece assintomáticos por muitos anos e podem nem sequer saber que estão infectados com o vírus.

Até há alguns anos, a hepatite C era uma infecção com pouco possibilidade de cura e com opções de tratamento que provocavam diversos efeitos colaterais importantes. Felizmente, esse quadro alterou-se nos últimos e drogas novas, como o Sofosbuvir, conseguem alcançar taxas de cura da hepatite acima de 90%.

A hepatite C apresenta duas características importantes: a primeira é o fato de tratar-se de uma infecção que pode permanecer assintomática até fases avançadas. A destruição do fígado ocorre lentamente, e, às vezes, os sintomas só surgem 20 anos depois da contaminação. A maioria dos pacientes infectados pelo vírus C não suspeita de tal fato.

O segundo dado que merece menção é o fato de que até o final da década de 1980 não sabíamos que o HCV existia, e como tal, as bolsas para transfusão sanguíneas não eram testadas para esse vírus. Durante muito tempo a hepatite C era chamada de hepatite não-A não-B. Sabia-se que existia um tipo de hepatite diferente das conhecidas hepatite A e hepatite B, porém, a causa e a forma de transmissão eram desconhecidas.

As pessoas recebiam transfusões sanguíneas, eram infectadas pelo vírus C e nem elas nem os médicos tinham conhecimento disto. O resultado é que hoje encontramos milhares de pacientes portadores de hepatite C em fase avançada da doença, que foram inadvertidamente contaminados há 2 ou 3 décadas. Estima-se que até 10% das bolsas de sangue durante a década de 1980 estavam contaminadas com hepatite C.

TRANSMISSÃO DA HEPATITE C

O principal meio de transmissão da hepatite C é através da exposição a sangue contaminado.

No início da década de 1990 os doadores de sangue passaram a ser testados para hepatite C. Desde então, a transfusão sanguínea deixou de ser a principal via de transmissão. Atualmente, a taxa de contaminação pela hepatite C através de transfusão de sangue é de apenas 1 caso para cada 1.9 milhões de transfusões. Portanto, a quase totalidade dos casos de hepatite C de origem transfusional ainda vistos hoje em dia tiveram origem nas décadas passadas.

Nos dias atuais, a principal via de contaminação é pelo uso de drogas injetáveis com compartilhamento de agulhas entre os usuários.

A hepatite C também pode ser transmitida pela via sexual, apesar do risco ser bem mais baixo do que o da hepatite B, HIV ou outras DST (leia: O QUE É DST?).

Se pela via sexual o HIV é mais contagioso, pelo contato sanguíneo, o vírus C é bem mais perigoso. Orienta-se inclusive a não se partilhar escova de dentes ou aparelhos de barbear pelo risco de transmissão com pequenos volumes de sangue.

Outras vias de transmissão menos comuns são através do transplante de órgãos de doadores infectados, hemodiálise (leia: O QUE É HEMODIÁLISE?), acidentes em ambientes hospitalares, tatuagem, body piercing (leia: PERIGOS E COMPLICAÇÕES DO PIERCING) e transmissão perinatal.

SINTOMAS DA HEPATITE C AGUDA

Como já foi citado, a hepatite C costuma ser uma infecção assintomática por muitos anos. Todavia, até 20% dos pacientes apresentam um quadro de hepatite aguda, que ocorre de 1 a 3 meses após a contaminação.

IcteríciaOs sintomas da hepatite C aguda incluem mal-estar, náuseas e vômitos, icterícia (pele amarelada), comichão pelo corpo, cansaço, e dor abdominal na região do fígado (abaixo das costelas à direita). Nas análises de sangue pode-se detectar aumento das enzimas hepáticas (TGO e TGP, também chamadas de ALT e AST) (leia: O QUE SIGNIFICA AST (TGO) E ALT (TGP)?). Os sintomas podem durar de 2 a 12 semanas.

É importante lembrar que 70% dos pacientes não apresentam nenhum sintoma após a contaminação.

SINTOMAS DA HEPATITE C CRÔNICA

O grande risco da hepatite C é quando esta se torna uma infecção crônica. Depois da contaminação, sintomática ou não, apenas 20% dos pacientes conseguem se livrar espontaneamente do vírus C. Os outros 80% permanecem infectados pelo resto da vida. São estes que sofrerão as complicações da hepatite C.

Considera-se infecção crônica se o vírus ainda estiver presente no organismo após 6 meses de contaminação. Se após 6 meses, o sistema imunológico não conseguiu se livrar do vírus, a chance de cura espontânea posterior é baixíssima.

Os sintomas da hepatite C crônica começam a aparecer em média após 20 a 30 anos de contaminação, quando de 30 a 50% dos pacientes desenvolverão sinais de cirrose hepática (leia: CAUSAS E SINTOMAS DA CIRROSE HEPÁTICA). Dentre os que desenvolvem cirrose, alguns ainda irão complicar com câncer do fígado.

Os sintomas da hepatite C, portanto, são causados pelo desenvolvimento de cirrose e pela consequente falência hepática.

O restantes 50 a 70% que não evoluem para cirrose mantém-se com hepatite C crônica assintomática por mais de 30 anos. Não sabemos ainda por que alguns pacientes com hepatite C crônica evoluem para cirrose, enquanto outros permanecem assintomáticos pelo resto da vida.

Alguns fatores parecem favorecer a evolução para cirrose, entre eles:

– Alcoolismo (leia: EFEITOS DO ÁLCOOL E ALCOOLISMO).
– Contaminação após os 40 anos de idade.
– Co-infecção pelo HIV (leia: SINTOMAS DO HIV E AIDS (SIDA)).
– Co-infecção pela hepatite B.
– Presença de esteatose hepática (leia: O QUE É ESTEATOSE HEPÁTICA?).
– Obesidade (leia: OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA).
– Fumar maconha (leia: EFEITOS DA MACONHA).

DIAGNÓSTICO DA HEPATITE C

Todo paciente com elevação das enzimas hepáticas sem explicação aparente, usuários de drogas endovenosas, pessoas com antecedentes de transfusão de sangue antes da década de 1990, profissionais de saúde e parceiros (as) de pacientes contaminados com o vírus C devem fazer exames para pesquisar a presença de hepatite C.

O diagnóstico da hepatite C é feito da seguinte maneira:

Inicia-se com a pesquisa de anticorpos com a sorologia pelo método ELISA. Se o teste for negativo, descarta-se a doença. Se for positivo, uma segunda sorologia chamada de RIBA-2 ou RIBA-3 é feita para se confirmar o diagnóstico.

Se o RIBA for negativo, isso significa que o ELISA foi um falso positivo e descarta-se a doença. Se o RIBA também vier positivo, deve-se, então, fazer a pesquisa direta pelo vírus através do HCV RNA. Este último método não só é capaz de identificar o vírus C, como também pode fornecer a carga viral no sangue.

Um HCV RNA positivo confirma o diagnóstico de hepatite C, enquanto que um HCV RNA negativo (com ELISA e RIBA positivos) indica aqueles poucos casos onde há cura espontânea da infecção.

Genótipo da hepatite C

Como existem variações genéticas entre o vírus C, uma vez diagnosticada hepatite C, é importante saber qual o genótipo é o responsável pela infecção. Esta informação é importante devido ao fato do tratamento ser diferente para cada genótipo do vírus.

Existem 6 genótipos do vírus da hepatite C, que são classificados pela numeração de 1 a 6. No Brasil, quase todos os casos são provocados pelos genótipos 1, 2 ou 3, sendo o genótipo 1 responsável por mais de 60% dos casos.

TRATAMENTO DA HEPATITE C

O tratamento da hepatite tem como objetivo evitar a progressão da infecção para cirrose e falência hepática. Como a maioria dos pacientes não evoluiu para este estado, historicamente, nem todos os portadores do vírus C acabavam tendo indicação para receberem tratamento.

Com a introdução de uma nova gama de antivirais, tais como o Ledipasvir, Sofosbuvir, Ombitasvir, Paritaprevir, Ritonavir, Dasabuvir, Velpatasvir e Simeprevir, o tratamento da hepatite C sofreu uma revolução. O tratamento com essas novas drogas acarreta em elevada taxa de cura da hepatite C, com um perfil de efeitos colaterais muito mais benigno que os tratamentos antigos, à base de Interferon. Por isso, o número de pacientes aptos a receber tratamento aumentou significativamente.

Atualmente, o tratamento da hepatite C costuma ser feito da seguinte forma:

O objetivo do tratamento é eliminar o HCV da circulação. É considerada cura da hepatite C quando o vírus continua indetectável no sangue 6 meses após o fim do tratamento. Atualmente, a chance de cura do vírus hepatite C é superior a 90%, principalmente para aqueles pacientes que nunca foram tratados com o regime anterior, que continha Interferon. Porém, mesmo os pacientes mais antigos, que foram tratados e não tiveram resposta aos tratamentos anteriores , ainda têm grande chance de cura com o novo esquema de antivirais.

Alguns pontos importantes:

Fonte: MD Saúde

 

As hérnias abdominais são defeitos na parede abdominal, naturais ou originados por cirurgias prévias que se caracterizam principalmente por um aumento de volume assimétrico, acompanhado ou não de dor, em qualquer posição no abdômen (parede anterior – barriga) e na região inguinal (virilha e flancos). Tais defeitos podem provocar em alguns casos dor mais intensa e permitir o encarceramento de segmentos de intestino em seu interior. O risco maior desta eventualidade é a progressão para a necrose intestinal. Portanto, as hérnias podem infelizmente passar de uma condição que pouco incomoda a uma situação de crise com risco iminente de morte.

Assim, a maior parte das hérnias, uma vez identificadas, devem ser operadas.

As hérnias não são doenças raras. 1/4 dos homens na idade adulta, tem hérnia da virilha. 40% das cirurgias abdominais que foram realizadas com corte , ao longo do tempo desenvolvem hérnias, as chamadas hérnias incisionais.

Infelizmente, não existe ainda nenhuma outra forma de se tratar uma hérnia que não seja por cirurgia. São defeitos estruturais e como tal, só podem ser reparados por meio de operações específicas. Na prática, operar uma hérnia do abdômen atualmente significa cobrir o defeito (buraco) herniário com uma tela.

As telas são pedaços de tecido sintético ou biológico, que se integram ao organismo e promovem a cobertura e portanto a proteção da hérnia contra o encarceramento. Além disto, permitem aos paciente com hérnia a correção do abalamento da parede abdominal e o controle da dor provocada pelo defeito. Existem dezenas de tipos e materiais diferentes de telas. Cada uma pode ou até deve ser utilizada em situações próprias. Entretanto, saber utilizar, manusear e escolher a tela mais adequada para cada situação envolve amplo conhecimento do assunto. Num passado recente, poucas eram as opções no mercado brasileiro. Hoje, quase não existem telas que estejam sendo usadas lá fora e que não sejam realmente disponíveis no Brasil.

Outro fator muito importante no tratamento das hérnias é a escolha da técnica cirúrgica a ser utilizada. Basicamente pode-se operar uma hérnia de 2 formas, aberta ou por videocirurgia. As técnicas abertas ainda se prestam para algumas situações como nas hérnias de grande volume. A necessidade de amplas reconstruções da parede abdominal ainda exigem cirurgias com grandes incisões. Porém estas são exceções. A grande maioria das hérnias são consideradas de tamanho pequeno a moderado. Para elas, a melhor opção é a videocirurgia.

O IJP vem realizando a videocirurgia para as hérnias abdominais há 15 anos. Somos um dos grupos com maior experiência no país no uso deste tipo de tecnologia. Através do Curso de Pós-Graduação do IJP, centenas de cirurgiões brasileiros e da América Latina já puderam aprender estas técnicas para então beneficiar seus pacientes com um tipo de procedimento mais rápido, mais preciso, que provoca em geral muito menos dor e recuperação bem mais precoce.

Fonte: Clínica de Cirurgia do Aparelho Digestivo IJP

 

O acúmulo de gordura no fígado é uma doença hepática, também conhecida como esteatose hepática, que se caracteriza pelo excesso de gordura no interior das células do fígado, uma glândula situada do lado direito do abdômen por onde circula uma grande quantidade de sangue.

Nosso fígado possui normalmente pequenas quantidades de gordura, que compõe cerca de 10% do seu peso. Quando o percentual de gordura excede esse valor, estamos diante de um fígado que está acumulando gordura.

A doença é séria, pois o fígado exerce mais de 500 funções fundamentais para o nosso organismo. E o aumento de gordura dentro dos hepatócitos pode ocasionar uma inflamação capaz de evoluir para quadros graves de hepatite gordurosa, cirrose hepática e até mesmo câncer.

Nesses casos, o fígado não só aumenta de tamanho, como perde a coloração vermelho-escuro e adquire um aspecto amarelado.

O fator mais preocupante é que a esteatose hepática é uma condição muito comum, que se manifesta também na infância e atinge com mais frequência as mulheres. Para você ter ideia, a estimativa é de que 30% da população sofrem com o problema, e aproximadamente metade dos casos podem evoluir para formas mais graves da doença (1).

Por isso, resolvi fazer este artigo com as causas, sintomas, diagnóstico e tratamento da gordura no fígado. Não deixe de ler e compartilhar.

 

As esteatoses hepáticas podem ser classificadas em duas categorias, alcoólica e não alcoólica.

Sobrepeso, diabetes, alimentação desregrada, perda brusca de peso, gravidez, hepatites virais, resistência à insulina, níveis elevados de colesterol, níveis elevados de estrogênio, cirurgias e sedentarismo são fatores de risco para o aparecimento da esteatose hepática gordurosa não alcoólica (2).

Indícios mostram que a síndrome metabólica e a obesidade abdominal (gordura visceral) estão diretamente associadas ao excesso de células gordurosas no fígado.

Há ainda um número bem menor de casos em pessoas magras, que não ingerem bebidas alcoólicas, sem alterações de colesterol e glicemia, que desenvolvem casos de esteatose hepática gordurosa (3).

Mas esses casos são menos frequentes, pois mais de 70% dos pacientes com esteatose são obesos. E atenção, quanto maior for o sobrepeso, maior o risco!

Gordura no Fígado é Perigoso?

Vamos começar esclarecendo que a esteotase hepática é uma doença benigna. No entanto, se a mesma não for tratada corretamente, pode resultar em condições mais graves a longo prazo.

Em nosso fígado são armazenados os ácidos graxos e os triglicerídeos, que fazem com que este órgão vital para o nosso organismo fique doente. Ele “entra em colapso”, de forma que já não é capaz de realizar suas funções de metabolização e depuração de substâncias tóxicas com a mesma eficácia de antes.

Também é importante saber que, quando há um excesso de gordura no fígado, ele sofre pequenas feridas constantes, que tenta reparar. Aparecem algumas cicatrizes, pequenas lesões permanentes que são conhecidas como cirrose (4).

Nos quadros leves de esteatose hepática, a doença é assintomática (não possui sintomas), com evolução lenta e gradual.

Os sintomas aparecem quando a doença se complica. Inicialmente, as queixas mais comuns são de dor, cansaço, fraqueza, perda de apetite e aumento do fígado.

Nos casos mais avançados de gordura no fígado, caracterizados por inflamação e fibrose que resultam em insuficiência hepática, os sintomas mais frequentes são acúmulo anormal de líquido dentro da cavidade abdominal, confusão mental, hemorragias, queda no número de plaquetas, aranhas vasculares, icterícia (coloração amarela da pele e dos olhos).

Outros sintomas são a boca seca, dores abdominais na zona superior direita e sensação de indisposição após uma refeição rica em gorduras.

Todos esses são sinais de que o seu fígado não está funcionando bem. Fique atento!

Diagnóstico da Gordura no Fígado

Por não possuir sintomas em sua fase inicial, a esteatose hepática é frequentemente descoberta através de ultrassonografia abdominal de rotina, ou na investigação de alteração de exames laboratoriais relativos ao fígado.

O médico pode suspeitar de que há o excesso de gordura no fígado pela sua história clínica, através de exames físicos, com detecção do fígado aumentado, ou por aumento da sua circunferência abdominal.

Quando o ultrassom ou tomografia mostram esteatose hepática é preciso fazer exames complementares para avaliar se há ou não a presença de inflamação. Na ultrassonografia consegue-se ver bem a gordura, mas não é possível descartar ou confirmar a presença de inflamação no fígado, nem saber o grau da lesão causada pela doença.

A confirmação do diagnóstico de esteatose é feito através da biopsia do fígado, com a retirada de uma amostra para estudo. Somente a biopsia irá revelar com exatidão se há ou não o acúmulo de gordura nas células hepáticas.

Esse procedimento é feito apenas quando ainda existem dúvidas quanto à natureza do problema.

Como tratar Gordura no Fígado?

Não existe um tratamento específico para o fígado com excesso de gordura. Mas a boa notícia é que se trata de uma doença reversível!

A maneira de tratar a esteatose é determinada de acordo com as causas da doença e segue basicamente três pilares: estilo de vida saudável, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos.

São mais raros os casos em que é necessário também utilizar medicação, mas o acompanhamento médico regular é fundamental.

Geralmente a medida mais eficaz para controlar a gordura no fígado é a perda de peso. Uma redução de 7% no peso corporal pode trazer bons resultados no combate à doença. Porém, é recomendado que a perda de peso seja de forma gradual, pois perdas muito rápidas podem agravar a esteatose.

Em relação às causas e tratamentos

Se a origem do excesso de gordura no fígado tem a ver com a obesidade e com uma alimentação ruim, o problema deve ser resolvido com mudanças dieta, que precisa ser pobre em gorduras e mais saudável e rica em fibras, aliada a um processo de perda de peso.

Quando a estateose é causada pelo consumo excessivo de álcool, o tratamento envolve deixar de consumir esse tipo de bebidas.

Por último, se a gordura no fígado for motivada por outras doenças, como a diabetes, é preciso tratá-la corretamente para que não causem mais problemas colaterais no fígado.

O mais importante é que seja realizado o tratamento correto da gordura no fígado, de acordo com a sua origem, para que a doença não evolua para um estado mais grave.

Algumas Recomendações

Algumas medidas são importantes para prevenir o acúmulo de gordura no fígado ou para reverter o quadro já instalado.

  1. Esteja atento às medidas da circunferência abdominal, que não devem ultrapassar 88 cm nas mulheres e 102 cm nos homens;
  2. Procure manter o peso dentro dos padrões ideais para sua altura e idade. Só tome cuidado com dietas restritivas que provocam emagrecimento muito rápido, pois elas podem piorar o quadro;
  3. Beba bebidas alcoólicas com moderação;
  4. Beba bastante água;
  5. Restrinja o consumo dos carboidratos refinados e das gorduras saturadas. Substitua esses alimentos por azeite de oliva, peixes, frutas, verduras e uma alimentação de verdade.

A presença em excesso de gordura no fígado é um risco para a nossa saúde que, se não for tratado adequadamente, pode gerar problemas mais graves. Tenha em mente todos os sintomas citados nesse artigo e consulte seu médico caso seja necessário.

Espero que você tenha notado também quanto é importante combater a gordura na barriga! Para isso, você vai precisar se alimentar com comida de verdade, cortar alimentos processados e açucarados, e também se exercitar.

Juntamente com a alimentação de verdade, os chás termogênicos são ótimos aliados para secar barriga.

Fonte: Dr. Juliano Pimentel

É uma ferida que pode ocorrer em diversas partes do organismo, como na pele e no cólon. Mas quando se fala em úlcera, quase sempre as pessoas se referem às úlceras gástricas, que surgem na mucosa do estômago, parte interna do órgão.

 

Tipos

Existem dois tipos de úlcera estomacal: inflamatória e tumoral.

A inflamatória geralmente é causada por uma bactéria chamada Helicobacter pylori, que está presente em quase 50% da população adulta brasileira e tem origem em alimentos crus ou água não tratada. É mais comum em adultos entre 30 e 40 anos.

A úlcera tumoral é o câncer de estômago, que costuma ser causado por fatores como obesidade, predisposição genética e consumo de álcool e cigarro. Em alguns casos, também pode ser causada pela bactéria Helicobacter pylori. Os casos são mais comuns em pessoas com mais de 50 anos.

Sintomas

A úlcera inflamatória tem como sintomas a dor de estômago e/ou a queimação intensa e de início súbito. A úlcera tumoral apresenta dor ou queimação menos intensa, porém, mais prolongada. Quando a úlcera perfura a cavidade do estômago, pode aparecer sangue no vômito e nas fezes.

Fatores de Risco
Medicamentos como anti-inflamatórios, antibióticos, corticoides e aspirina são muito agressivos para a mucosa gástrica e podem contribuir para o aparecimento da úlcera. O estresse e a ansiedade não são causadores, mas podem acentuar os sintomas.
Diagnóstico

O diagnóstico se dá pelo quadro clínico de dor intensa e pelo exame de endoscopia digestiva alta.

COMO TRATAR

Como tratar

A úlcera inflamatória é tratada com medicamentos que promovem a cicatrização da ferida. Se houver a presença de bactéria, são usados antibióticos. As possibilidades de tratamento para a úlcera cancerígena são cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

Prevenção

Uma alimentação saudável é a melhor forma de evitar o problema. Frutas e verduras são alimentos ricos em vitaminas A e C, que ajudam a prevenir esse tipo de lesão. Não consumir álcool em excesso e não fumar também é importante.

Fonte: Diário Catarinense

Nutricionistas explicam os diferentes tipos da doença e explicam como amenizar seus efeitos

Excesso de gases, diarreia, inchaço e dores abdominais entre trinta minutos a duas horas após a refeição… Parece familiar? Fique ligada: pode ser intolerância à lactose.

A lactose é um tipo de açúcar – ou seja, carboidrato – encontrado no leite e em outros produtos lácteos, como queijo, iogurte e requeijão. A intolerância se deve à falta da enzima lactase no intestino, que “quebra” a lactose em glicose e galactose, estruturas menores que serão absorvidas pelo organismo.

A intolerância à lactose é diferente de tem alergia ao leite. A alergia é uma reação imunológica às proteínas do leite e não do açúcar. “Como é um quadro alérgico, as manifestações podem ocorrer no intestino, na pele e até no sistema respiratório com sintomas como tosse, chiados e bronquite”, explica a nutróloga Dra Andreia Guarnieri.

Existem três tipos de intolerância à lactose, sendo a congênita, de origem genética, a mais rara. A intolerância primária é resultado do processo de envelhecimento. O corpo produz muita lactase durante a infância, por conta da amamentação. Porém, conforme o ser humano cresce e passa a variar sua dieta, o organismo diminui a produção da enzima. “Em alguns casos, essa queda da produção de lactase pode ser muito significativa, levando a um quadro de intolerância à lactose”, diz Gabriela.

O segundo tipo é a intolerância derivada de doenças como a celíaca, que é de origem genética; a Crohn, inflamação crônica que pode afetar todo o sistema digestivo; e a gastroenterite, inflamação causada por bactérias e vírus, que ocorre principalmente no estômago e intestino delgado.

O tipo mais raro é a intolerância à lactose congênita, quando a pessoa já nasce com uma deficiência total de lactase no organismo. “Como a alteração gênica é recessiva, se faz necessário que tanto o pai quanto a mãe transmitam o gene da intolerância à lactose para o filho, por isso a raridade”, explica Gabriela.

Embora não exista uma cura à intolerância, tem como controlar os sintomas. O caminho mais simples é deixar de consumir alimentos com lactose, mas outra dica é ingerir a lactase, a tal enzima que digere a lactose, em forma de cápsula ou comprimido mastigável antes de consumir leite normal, indica Andreia. Porém, este consumo deve ser orientado por um especialista qualificado.

Alguns produtos lácteos contêm menos lactose do que o leite de vaca comum como, por exemplo, queijos brie, camembert, roquefort, cheddar, parmesão e emmental. De toda forma, “devem ser testados com cuidado”, reforça Gabriela.

Além disso, muçarela de búfala e o queijo de cabra contêm 2% de lactose, menos da metade do teor de um copo de leite ou iogurte. Já nos casos de intolerância moderada a grave, o ideal é substituir o leite e derivados por opções como leite de aveia, amêndoas, castanhas ou arroz, além de produtos lácteos fabricados sem lactose. Quando for às compras, confira sempre o rótulo!

Fonte: Revista Glamour 

Dieta com baixo teor de fodmaps

A maior parte da população mundial sofre com problemas gastrointestinais (GI) como flatulência excessiva, inchaço abdominal, diarreia, constipação ou síndrome do intestino irritável (SII), situações que frequentemente estão relacionadas com a má digestão de alimentos.

Caso você tenha esses sintomas e diagnóstico confirmado pelo seu médico se informe sobre  FODMAP e como ele pode te ajudar a melhorar sua qualidade de vida.

 

O que é FODMAP?

FODMAP é o conjunto de alimentos fermentáveis que são mal absorvidos pelo nosso organismo e que podem causar desconforto intestinal – Eles são classificados como oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis. Os alimentos fermentáveis referidos são os carboidratos não digeridos pelo trato digestivo humano.  Assim, esta alta osmolaridade e a formação de gases pela microbiota intestinal acabam por desencadear os referidos sintomas.

Quais são os tipos de FODMAP e em que alimentos posso encontrá-los?

TIPOS DE FODMAP ONDE ENCONTRAR?
Monossacarídeos (frutose) Xarope de milho, mel, néctar de agave, maçã, pera, manga, aspargos, cereja, melancia, sucos de fruta, ervilha.
Dissacarídeos (lactose) Leite de vaca, leite de cabra, leite de ovelha, soverte, iogurte, nata, creme, queijo ricota e cottage.
Oligossacarídeos (fructans) Cebola, alho, alho-poró, trigo, cuscuz, farinha, massa, centeio, caqui, melancia, chicória, dente-de-leão, alcachofra, beterraba, aspargos, cenoura vermelha, quiabo, chicória com folhas vermelhas, couve
Oligossacarídeos (GOS Lentilhas que não foram enlatadas, grãos de bico que não foram enlatados, grãos enlatados, feijão, ervilha, grãos integrais de soja.
Polióis Xilitol, manitol, sorbitol, glicerina, maçã, damasco, pêssego, nectarina, pêra, ameixa, cereja, abacate, amora, lichia, couve-flor, cogumelos.

Como identificar os alimentos que desencadeiam algum tipo de desconforto?

•    Devagar vá retirando um por um dos alimentos que fazem parte da sua dieta.
•    Em seguida, volte com um alimento que foi retirado de cada vez para que você possa ter certeza em relação àquele que está provocando algum desconforto.
•    Caso apareça algum sintoma, preste atenção nos alimentos que ingeriu.
•    Fique atento ao que não está acostumado a comer regularmente.
•    Evite todo alimento que te fez mal por pelo menos uma semana.
•    Se os sintomas persistirem, comece todo o processo novamente, retirando devagar aquilo que faz parte da sua alimentação.

O que posso comer e o que devo evitar?

O QUE DEVE SER ELIMINADO (alto teor de FODMAP)
O QUE POSSO COMER À VONTADE (baixo teor de FODMAP)
O QUE DEVO INGERIR COM MODERAÇÃO (moderado teor de FODMAP)
FRUTAS
Maçã, damasco, abacate, amora, cereja, figo, sucos de fruta, lichia, manga, nectarina, pêra, caqui, ameixa, melancia.
Banana, mirtilo, uva, melão, kiwi, limão, limão-galego, laranja, maracujá, abacaxi, framboesa, ruibarbo, carambola, morango.
Abacate, chips de banana, coco ralado, toranja, romã, uva passa.
VEGETAIS
Aspargo, alcachofra, beterraba, couve-flor, chicória, milho, alho, cebolinha verde (a parte branca), cogumelo, quiabo, cebola, ervilha, ervilha.
Broto de alfafa, broto de feijão, pimentão, cenoura, pimenta, pepino, berinjela, endívia, erva-doce, feijão verde, couve, alho-poró, alface, azeitona, tomate, cebolinha verde (parte verde), espinafre, abobrinha, acelga, nabo, abobrinha.
Alcachofra, brócolis, couve, abóbora, aipo, repolho verde, couve lombarda, batata doce, tomate.
AMIDO E LEGUMES
Cevada, cuscuz, feijão, centeio, soja, trigo.
Pão de milho sem glúten, pão de milho, pão sem glúten, farinha sem glúten, massa sem glúten, painço (ou milho miúdo), quinoa, arroz, tapioca, tofu.
Trigo mourisco, grão de bico enlatado, aveia sem glúten, lentilha enlatada, pão sovado.
PRODUTOS DE USO DIÁRIO
Coalhada, queijo cottage, pudim, sorvete, leite (vaca, cabra, ovelha), nata, leite de soja, iogurte.
Manteiga, leite de coco, leite sem lactose, leite de arroz, chantilly.
Queijo de trigo, queijo feta, queijo mozzarella, queijo parmesão, cheddar e queijo suíço.
GRÃOS E NOZES
Caju, pistache
Nozes, semente de chia, noz macadâmia, amendoim, manteiga de amendoim, pinhão, sementes de gergelim, semente de girassol, nozes.
Amêndoas, semente de linhaça, avelã.
CARNE
Carnes processadas que contêm trigo, alho, cebola.
Carne de boi, carne de frango, carne de pato, ovos, peixe, cordeiro, carne de porco, frutos do mar, tofu, peru.
CONDIMENTOS OU ENLATADOS
Condimentos que contêm trigo, alho, cebola, ketchup, maionese, mostarda, molho japonês, massa de tomate.
Vinagre feito de champanhe, molho de peixe, suco de limão, óleos diversos, molho de ostra, vinagre de vinho tinto, molho de soja sem glúten, vinagre feito de vinho branco.
Vinagre balsâmico (aromático).
ERVAS E PIMENTAS
Alho e cebola em pó
Manjericão, folhas de louro, pimenta de caiena, cebolinha-capim, coentro, gengibre, hortelã, semente de mostarda, orégano, páprica, salsa, pimenta, pimenta vermelha em pó, alecrim, sal, tomilho, açafrão
Pimenta da Jamaica, canela, pimenta em pó sem cebola e alho.
SOBREMESA
Mel, qualquer produto com manitol, sorbitol, xilitol.
Potássio, aspartame, açúcar mascavo, xarope de bordo, sacarose, açúcar cristal, açúcar refinado

Como saber se a dieta com baixo teor de FODMAPs vai ser boa para você?

A dieta com baixo teor de FODMAPs funciona em mais de 70% dos casos de SII. Portanto, quando estiver fazendo a dieta siga as recomendações do seu médico e fique atento aos sintomas e, se mesmo assim, num prazo de seis semanas os sintomas persistirem é porque a dieta não deu certo.

Eu vou poder voltar a comer aquilo que realmente gosto?

É possível que você tenha que seguir algumas restrições alimentares ao longo de sua vida.

Eu posso ingerir bebidas alcoólicas?

Não é recomendado o excesso, já que o álcool acentua os sintomas da SII.

E quanto ao refrigerante, café e chá?

O café preto não contém FODMAPs, porém, a cafeína pode estimular os movimentos intestinais e isso pode ser um problema para algumas pessoas. O chá verde, o chá preto e o chá de hortelã contém baixo teor de FODMAPs, mas evite o chá de camomila, por exemplo. Os refrigerantes devem ser evitados por vários motivos.

Alimentos sem glúten têm baixo teor de FODMAPs?

O trigo, a cevada e o centeio são fontes primárias de glúten, por isso, quem está fazendo a dieta com baixo teor de FODMAPs não deve ingeri-los.

Eu posso adaptar a dieta de FODMAPs com outros tipos de dieta?

Claro que pode. Mas, a sua dieta deve ser balanceada e os alimentos devem ser escolhidos com cuidado para que seu organismo receba todos os nutrientes que precisa durante suas refeições.

E se eu for diabético?

Caso você tenha diabetes, você pode fazer a dieta da FODMAP, desde que haja uma adaptação rigorosa em sua alimentação. O auxílio de um endocrinologista e um especialista em nutrição é fundamental neste caso.

 

Fonte: Federação Brasileira de Gastroenterologia

A principal manifestação clínica é dor biliar, caracterizada por cólicas intermitentes no abdome superior com irradiação para o dorso, porém a maioria dos pacientes não apresentam sintomas.

Qual a função da Vesícula Biliar (VB)?

A vesícula biliar está localizada na parte superior direita do abdome direito, abaixo do fígado. A sua função pode ser descrita de uma forma simples: armazenar a bile produzida no fígado e liberá-la para o intestino em quantidade adequada para facilitar a digestão e a absorção de gordura através solubilização fornecida pelos ácidos biliares.

Como são formados os cálculos biliares?

As pedras são precipitações de componentes da bile. O desequilíbrio destes componentes biliares pode ser causado por:

– Alterações na produção e excreção da bile pelo fígado;

– Alimentos ricos em gordura e colesterol;

– Alteração na concentração da bile na vesícula biliar;

– Perda de ácido biliar devido a outras doenças intestinais;

– Colonização da vesícula biliar por bactérias intestinais.

Quais os tipos de cálculos?

Apesar das manifestações clínicas não depender do tipo de cálculo (apesar do tamanho interferir), temos predominância dos cálculos de colesterol (70% a 90%), seguidos dos pigmentados (10% a 30%).

Quais as principais manifestações clínicas?

Em geral, os cálculos biliares são assintomáticos. Estima-se que entre os pacientes assintomáticos 2% a 4% irão manifestar sintomas a cada ano. Quando a saída vesícula biliar é obstruída por cálculos, ela torna incapaz de contrair e esvaziar normalmente, com isso a dor no abdômen superior direito irradiando para as costas e ombro direito pode ocorrer. Náuseas, vômitos e calafrios podem estar presentes de acordo com a intensidade da crise ou presença de infecção. Se  ocorre uma obstrução no ducto biliar comum (que drena o fígado e a vesícula), icterícia (amarelamento da pele), urina escura (cor de Coca-Cola) e fezes claras podem ocorrer. Essa circunstância, associada à febre e calafrios exige internação imediata e tratamento. Pancreatite biliar é outra manifestação dos cálculos biliares, sendo esta uma das complicações mais temidas. Cálculos biliares também estão associados à neoplasia de vesícula, mas esta enfermidade é de ocorrência rara.

Quem está em risco de desenvolver cálculos biliares?

– Mulheres multíparas acima de 40 anos é o grupo mais prevalente. Durante a gravidez, o desequilíbrio hormonal e diminuiu esvaziamento da vesícula biliar. As mulheres têm mais cálculos biliares do que os homens, provavelmente por causa do metabolismo hormonal feminino.

– Indivíduos obesos também são mais acometidos por cálculos biliares.

– Pessoas que se submetem a longos períodos de jejum, em dietas restritivas para emagrecer (inclusive pós-cirurgia de obesidade) ou dieta rica em gorduras também podem apresentar esta doença.

– Pacientes com doenças metabólicas (diabetes, cirrose hepática), intestinais (doença de Crohn, retocolite ulcerativa, intestino curto) e doenças hematológicas (anemia falciforme, esferocitose).

Como é realizado o diagnóstico?

A ultrassonografia abdominal é o exame mais importante neste diagnóstico, sendo a ressonância nuclear magnética reservada para casos especiais. Exames de sangue para excluir complicações são sempre necessários.

Qual o tratamento?

O tratamento para cálculos biliares é a cirurgia da vesícula biliar (colecistectomia).

Apenas seu médico pode avaliar a necessidade de cirurgia.

Ela é realizada através de via laparoscópica (pequenas incisões na pele), sendo considerada  uma das cirurgias mais seguras do mundo.

A recorrência de cálculo biliar nas vias biliares é observada em cerca de 5% dos pacientes operados. Os sintomas são os mesmos do período pré-cirurgia, acompanhado com maior frequência de icterícia (amarelamento da pele) devido a obstrução do ducto biliar comum.

Se esta recorrência é diagnosticada, os cálculos biliares podem ser tratados com sucesso por endoscopia (remoção dos cálculos biliares pela boca, através de uma abertura da saída do ducto biliar principal para o intestino).

Como existe um defeito na formação e a solubilização dos componentes da bile, novos cálculos podem se formar no ducto biliar mesmo sem a vesícula.

 

ATENÇÃO!

INDICAÇÕES ATUAIS DA COLECISTECTOMIA (RETIRADA DA VESÍCULA)

– Complicações associadas à presença de colecistolitíase (pedra na vesícula):

dor biliar típica (cólica biliar),

colecistite aguda (inflamação/infecção da vesícula),

migração de cálculos para os canais biliares (coledocolitíase)

e pancreatite biliar (inflamação do pâncreas decorrente da coledocolitíase).

– Suspeita ou risco de malignidade:

cálculos maiores que 3 cm,

pólipos maiores que 1 cm

ou vesícula escleroatrófica.

– Pacientes sem sintomas associados aos cálculos na vesícula, porém com:

Expectativa de vida maior que 20 anos,

microcálculos (pedras menores que 0,3 cm),

doença hemolítica crônica (por ex: esferocitose, anemia falciforme)

candidatos à transplante de órgãos

ou desejo do paciente.

 

Fonte: Federação Brasileira de Gastroenterologia

Para aliviar os sintomas da Síndrome de Dumping, como náuseas e diarreia, por exemplo, é fundamental fazer uma dieta pobre em alimentos como pão, batata ou macarrão ricosem carboidratos ao longo do dia, usar medicamentos para diminuir o desconforto, como Acarbose, sob prescrição médica e, em casos mais graves, pode ser necessário fazer uma cirurgia no esôfago.

A Síndrome de Dumping ocorre devido devido à passagem muito rápida dos alimentos do estômago para o intestino e, pode-se desenvolver depois de uma cirurgia para emagrecer, como bypass gástrico ou gastrectomia vertical, mas também acontece em pacientes diabéticos ou com Síndrome de Zollinger-Ellison, por exemplo.

Os sintomas desta síndrome, podem surgir logo após a ingestão dos alimentos ou, quando já se está a processar a digestão, ocorrendo cerca de 2 a 3 horas depois.

Sintomas imediatos de Síndrome de Dumping

Os sintomas mais comuns do Síndrome de Dumping, surgem imediatamente após a ingestão de alimentos ou até 10 a 20 minutos após, e os sintomas iniciais incluem sensação de peso na barriga, náuseas e vômitos.

Entre 20 minutos e 1 hora podem surgir os sintomas intermédios que podem levar a aumento do abdômen, gases, dor abdominal, cólicas e diarreia.

Geralmente, os alimentos ricos em açúcar, como doces, ou a ingestão de elevadas quantidades de alimentos provocam mais rapidamente o surgimento dos sintomas.

Sintomas tardios de Síndrome de Dumping

Os sintomas tardios de Síndrome de Dumping, podem surgir 1 a 3 horas após comer e podem ser:

Estes sintomas tardios ocorrem devido ao fato do intestino delgado não tolerar a presença de açúcar, levando à libertação de grandes quantidades de insulina, provocando hipoglicemia.

Nestes casos, o paciente deve parar o que está a fazer, sentar-se ou deitar-se e tratar imediatamente a hipoglicemia, para evitar o desmaio. Saiba como fazê-lo em: Como tratar a hipoglicemia.

Tratamento para Síndrome de Dumping

O tratamento para o Síndrome de Dumping, inicia-se com ajustes na dieta do paciente por um nutricionista, para diminuir o desconforto causado. Leia mais em: O que comer na Síndrome de Dumping. 

No entanto, também pode ser necessário o uso de remédios prescritos pelo médico, como Acarbose​ ou Octreotide, por exemplo, que atrasam a passagem dos alimentos do estômago para o intestino e reduzem os picos de glicose e insulina após as refeições, diminuindo os sinais e sintomas provocados pela doença.

Em casos mais graves, em que os sintomas não são controlados com dieta ou medicamentos, pode ser necessário uma cirurgia ao esôfago para fortalecer o músculo cardia, que é o músculo entre o estômago e a primeira parte do intestino. Nestes casos, o paciente pode necessitar de ser alimentado por uma sonda inserida no abdômen até ao intestino, denominada jejunostomia.

Quando ir no médico

O paciente deve ir no médico quando:

O paciente deve ir no médico para ajustar o tratamento e prevenir complicações como anemia ou desnutrição e, para conseguir fazer as atividades do dia-a-dia, pois o mal estar limita a capacidade para trabalhar, tratar da casa ou fazer exercício, por exemplo.

Fonte: Tua Saúde

A cirurgia laparoscópica também chamada de minimamente invasiva oferece uma série de vantagens sobre a cirurgia convencional. Vem sendo aprimorada constantemente com novos aparelhos e pinças, resultando em um melhor cuidado ao paciente cirúrgico.

A Videocirurgia ou Cirurgia Videolaparoscópica surgiu na Europa, na década de 80, quando foi realizada a primeira cirurgia para retirada de vesícula biliar (colecistectomia), com o auxílio de uma câmera de vídeo e sem a necessidade de realização de um grande corte.

A grande inovação nesta nova técnica foi o fato de a câmera poder ampliar em até 20 vezes a imagem para que o cirurgião opere com muito mais precisão e segurança. No início dos anos 90, começou a ser realizado este tipo de cirurgia no Brasil.
A videocirurgia é uma técnica cirúrgica que apresentou um grande avanço nos últimos anos, possibilitando a realização de uma série de intervenções cirúrgicas, antes jamais imaginadas, por esta via. A evolução da videolaparoscopia foi de tal ordem que muitas das contraindicações iniciais deixaram de existir e, em alguns casos, até se transformaram em indicação formal, devido às vantagens apresentadas em relação ao procedimento aberto convencional. Os principais fatores que contraindicam a cirurgia videolaparoscópica hoje são relacionados ao estado clínico do paciente, à extensão da doença e, principalmente à inabilidade técnica do cirurgião.

O preparo do paciente é o mesmo que se faz nos casos de cirurgias convencionais, incluindo os exames pré- -operatórios de rotina e a avaliação do risco cirúrgico. Exames mais específicos podem ser necessários dependendo de cada caso.

Quais as vantagens da Cirurgia Videolaparoscópica?

• O tempo cirúrgico da cirurgia videolaparoscópica é reduzido, quando comparado à cirurgia aberta convencional, diminuindo também o tempo da anestesia e, consequentemente, o risco anestésico;
• A dor também é muito menor porque os cortes são muito pequenos. Como a dor é muito menor, o paciente volta a andar, trabalhar, dirigir e fazer exercícios mais precocemente;
• A internação hospitalar é mais curta, em geral 24 horas. Tudo isso diminui o risco de infecção pós-operatória;
• O sangramento praticamente não existe e o trauma cirúrgico é, incomparavelmente, menor;
• Como os cortes são pequenos, o resultado estético acaba sendo muito melhor, praticamente não ficando cicatrizes.

Quais as cirurgias que podem ser feitas por videolaparoscopia?

Com o sucesso obtido na colecistectomia para o tratamento de cálculos/ pedras da vesícula biliar, a videolaparoscopia ganhou grande popularidade na cirurgia geral e passou a ser utilizada em diversos outros procedimentos. Hoje, esta técnica é utilizada, por exemplo, na correção da hérnia hiatal (cirurgia do refluxo gastroesofágico), na correção da hérnia inguinal, na extração do apêndice cecal, em cirurgias do intestino grosso (colon), cirurgias da obesidade mórbida (grampeamento e redução do estômago), cirurgias ginecológicas e muitas outras. A cirurgia videolaparoscópica também pode ser utilizada em procedimentos exploratórios e diagnósticos destinados à confirmação de um diagnóstico, realização de biópsias ou estadiamento de doenças neoplásicas.

Como é a cirurgia por videolaparoscopia?

Dependendo do tipo de cirurgia, o cirurgião irá realizar de 3 a 6 pequenas incisões de 0,5 a 1,5 cm na região a ser operada. Por uma das pequenas incisões, entrará uma microcâmera acoplada a uma fonte de luz para possibilitar a observação do interior do organismo e dos instrumentos utilizados. Pelas outras incisões, entrarão as pinças e demais instrumentos cirúrgicos adaptados para a videolaparoscopia.

Nesta técnica, o cirurgião conseguirá observar com precisão muito maior todo o interior do abdome em um monitor que estará recebendo a imagem gerada pela microcâmera. A imagem gerada poderá ser ampliada em até 20 vezes, possibilitando ao cirurgião operar com muito mais precisão e segurança.

Esta técnica cirúrgica exige o uso de anestesia geral e, por este motivo, é geralmente necessário que o paciente fique internado por pelo menos um dia (24 horas) no hospital. Entretanto, a recuperação é muito mais rápida do que seria em uma cirurgia convencional.

 

Fonte: Revista Saúde

 

O evento está na sua 44° edição

Com o objetivo de trazer ainda mais inovações na área da Gastroenterologia aos pacientes da Gastromed, os médicos Dr. Avelino Guzzi e Dr. Rodrigo Samways Guzzi participaram do GASTRÃO 2017, entre os dias 27 de junho a 1º de julho, em São Paulo. O Congresso, que está em sua 44º edição, em “Cirurgia do Aparelho Digestivo, Endoscopia Digestiva e Transplante”, é reconhecido nacionalmente pela tradição e vanguarda na prática clínica e na produção científica em gastroenterologia.

O evento foi apresentado por renomes nacionais e internacionais da área de Gastroenterologia, abordando pesquisas relevantes, aliadas à prática clínica e cirúrgica. Alguns temas de atualização cirúrgica, foram destaques, tais como: “Cirurgia minimamente invasiva e Cirurgia Robótica”, para resoluções de cirurgias com menor trauma e com isso uma recuperação mais rápida, como também “Procedimentos cirúrgicos realizados pela endoscopia digestiva”.

“É muito importante participar de eventos como esse, pois é considerado o maior encontro entre especialistas desta área no Brasil, onde são abordados temas atualizados e inovações importantes. O que me chamou a atenção, foi que muitas doenças que necessitam de cirurgias, podem ser resolvidas com aplicação da tecnologia, com menos dor e menor tempo de internação, tanto por videocirurgia como videoendoscopia ou robótica”, destaca o Gastroenterologista, Dr. Avelino Guzzi.

De acordo com o médico, os conhecimentos adquiridos no GASTRÃO, já podem na maioria das vezes serem aplicados de imediato em benefício do paciente, com exceção dos procedimentos que dependem de novos equipamentos. “Nesse Congresso, sempre ocorre uma grande troca de experiências e informações. Os centros de pesquisas e inovações realizados no Brasil, e nos países desenvolvidos, relatam muitos trabalhos científicos e os resultados positivos a serem aplicados na medicina moderna em benefício dos pacientes”, conclui Dr. Avelino.

Este é o termo científico que define o desequilíbrio entre as bactérias do intestino.
O intestino compreende as funções de digestão, absorção, fortalecimento do sistema imune, produção hormonal, relacionada inclusive ao controle de fome e saciedade, além de síntese de neurotransmissores, detoxificação e excreção. Daí a importância de zelarmos pela boa saúde deste órgão.
O intestino possui trilhões de bactérias, sendo que estas podem ser na sua maioria bactérias boas ou bactérias ruins.
As boas bactérias intestinais produzem vitaminas do complexo B, vitamina K, enzimas digestivas que só beneficiam a nossa saúde.
A predominância de bactérias ruins gera um desequilíbrio da microbiota, reduzindo a absorção dos nutrientes, gerando carências nutricionais e o aparecimento de doenças em nosso organismo, desde doenças intestinais até cardíacas, aumento de colesterol e do açúcar do sangue e até mesmo ao ganho de peso, estando, portanto relacionada à obesidade.
Indivíduos com disbiose intestinal podem apresentar inchaço abdominal, constipação intestinal, carência de vitaminas e minerais, estando mais susceptíveis a desenvolver esofagite, infecções urinárias, obesidade, alergias respiratórias, doenças auto-imunes, depressão e até mesmo o câncer.
O consumo excessivo de alimentos refinados e pobres em fibras alimentares como as farinhas brancas, o açúcar, o sal, a carne vermelha, os adoçantes artificiais em geral, as frituras e os alimentos industrializados que apresentam conservantes, espessantes e corantes em sua composição, levam a perda da integridade do intestino e aumento das bactérias ruins. Também o uso frequente de determinadas medicações e o uso excessivo de álcool alteram a microbiota.
Para garantir uma microbiota saudável devemos ter boas escolhas alimentares como alimentos in natura (frutas, verduras e legumes), grãos e sementes integrais (arroz, aveia, linhaça), gorduras do bem (azeite de oliva, abacate, coco) e carnes magras (peixes e frango), sendo que todos estes alimentos devem ser preferencialmente de cultivo orgânico.
Também é importante mastigar bem os alimentos, para garantir uma boa digestão destes e uma ótima absorção dos nutrientes.
Suplementos de probióticos compostos por lactobacillos e outras bactérias do bem, além do consumo de biomassa de banana verde e alimentos de fermentação natural são importantes para o restabelecimento da saúde intestinal.
Nada é mais poderoso do que o alimento no controle da saúde intestinal.
As boas escolhas alimentares equilibram o seu organismo e quando você come, digere e absorve os nutrientes corretamente terá um sistema imunológico fortalecido e uma boa saúde estabelecida.

Fonte: G1

Conheça quais alimentos ajudam ou prejudicam a gastrite e veja algumas dicas para acabar com a dor

Você se acabou em um churrasco ou bebeu um pouco além da conta – resultado: azia e dores no estômago. Será que é gastrite? “Nem toda dor na barriga quer dizer que você tenha gastrite”, alerta Joaquim Prado Moraes Filho, professor de gastroenterologia da Universidade de São Paulo. A gastrite é, na verdade, uma inflamação na parede do estômago. Mas não significa que qualquer azia seja a doença. Tire suas dúvidas e saiba como prevenir e tratar essa doença.

Uma queimação pode indicar gastrite, úlcera, problema do fígado ou pode não ser nada, apenas um desconforto passageiro

Como tratar e se prevenir

  • Ao fazer suas refeições, evite locais cheios de gente, mal ventilados ou com muito barulho. Coma em paz!
  • Não coma depressa. Mastigue bastante antes de engolir e faça isso devagar.
  • Chá, café, sopa e outros alimentos não devem ser ingeridos muito quentes.
  • Não abuse de álcool, café ou frutas cítricas, como limão, abacaxi ou laranja. Ah, e pare de fumar já!

Como acabar com a dor

  • Evite passar muitas horas sem comer.
  • Se estiver difícil comer, tome apenas um chá morno – de camomila ou erva-cidreira – e biscoito água e sal ou maisena.
  • Vá adicionando outros pratos aos poucos, para não irritar o estômago. Invista em comidas leves, preparadas sem muito óleo e temperos, como purê de batata, macarrão cabelinho de anjo e filé de frango grelhado.
  • De manhã, ainda em jejum, bata no liquidificador 1 folha de couve e 1 copo de água gelada e tome o suco.

Sintomas comuns:

  • Dor e queimação constantes na barriga
  • Azia
  • Perda de apetite
  • Náuseas, vômitos e diarreia
  • Sangramento nas fezes

As causas mais comuns da gastrite

Bactéria no estômago

Nem passar nervoso, nem engolir sapo: a causa mais comum da gastrite é a bactéria Helicobacter pylori, que pode ser transmitida por alimentos, pessoas ou objetos contaminados. Mais da metade dos brasileiros tem essa bactéria. O tratamento é feito com remédio.

Uso excessivo de anti-inflamatórios

Em alguns casos, a gastrite é consequência do uso contínuo de medicamentos que causam danos ao estômago, como os anti–inflamatórios. Quando a pessoa suspende o uso do remédio, as dores no estômago somem.

Idade avançada

Quando a gente entra na terceira idade, pode apresentar gastrite atrófica. “Ela é como ter rugas ou menopausa. Não é doença, e sim parte do processo de envelhecer”, explica Joaquim.

Exagero em algumas comidas e bebidas

Comer um alimento muito quente, cheio de pimenta, pingando gordura ou estragado pode agredir as paredes do estômago. Ingerir bebida alcoólica em excesso também. Quem sofre desse tipo de gastrite só precisa evitar os exageros para se recuperar em alguns dias. Lembre-se de que o estômago humano não é como o de avestruz, que aguenta comer até pedra! Então, pegue leve.

E o estresse?

Ao primeiro sinal de nervoso, seu estômago berra? Nada de botar a culpa na gastrite. A doença pode até ficar mais evidente durante fases de estresse, mas passar nervoso não é a causa do problema. Segundo o professor de gastroenterologia, a pessoa ansiosa, tensa ou deprimida fica sensível por fora e por dentro. Por isso, sente que está com gastrite.

Alimentos permitidos x proibidos

Estes protegem o estômago

  • Ovo
  • Mamão
  • Batata
  • Brócolis
  • Gelatina
  • Pão integral
  • Iogurte
  • Água de coco e sucos naturais diluídos em água

Estes podem atacar a gastrite

  • Alho
  • Doces
  • Limão
  • Queijos
  • Frituras
  • Abacaxi, laranja e outras frutas cítricas
  • Pimenta
  • Adoçante
  • Catchup e mostarda
  • Chocolate
  • Embutidos, temperos fortes e molho de tomate
  • Bebidas como café, álcool, refrigerante, guaraná em cápsulas ou em pó, energéticos em lata e também as muito quentes

Fonte: Saúde Mulher

Intestino abriga milhares de neurônios e, além de metabolizar nutrientes essenciais para a saúde e excretar o que não serve, tem atividade endócrina, imunológica e neurológica

Pode parecer estranho, mas o intestino é considerado na medicina o segundo cérebro, abrigando o segundo maior sistema nervoso do corpo, com mais de 100 milhões de neurônios. Cerca de 80% da serotonina, o hormônio que regula a sensação de bem-estar do organismo, tem origem nesse órgão. Por essa razão, ele tem relação direta com o bem-estar emocional e a própria qualidade de vida de cada um de nós. O intestino tem ainda função neurológica, endócrina e imunológica.

“Ele é chamado de segundo cérebro, pois tem uma complexa rede nervosa e neuronal em permanente comunicação com o cérebro. Recentemente, foi descoberto que o intestino contém células capazes de identificar o sabor dos alimentos. Existe uma comunicação constante do intestino com o cérebro e vice-versa. Um exemplo da influência do cérebro no intestino é que, em situações de estresse e ansiedade, as pessoas sofrem as alterações intestinais, aumentando a necessidade de ir várias vezes ao toalete ou apresentando reações opostas, como a paralisação do seu funcionamento”, indica a nutricionista Caroline Fernandes, especialista em saúde da mulher e nutrição gestacional.

Como explica o coloproctologista Fábio Guilherme Campos, presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o intestino é um órgão fundamental para o funcionamento do organismo humano, gerando não somente elementos para a saúde, como também atuando na linha de frente para a manutenção do equilíbrio de todo o corpo.

“Entre as numerosas funções que desempenha, ele recebe os nutrientes essenciais à nutrição, metaboliza-os (transforma em substâncias úteis), produz energia para o funcionamento de todo o corpo (inclusive o cérebro), participa de funções endócrinas (hormonais), cuida de nossa proteção (função imunológica) e excreta aquilo que não precisamos por meio das fezes. As funções são tão diversas e complexas que é chamado de segundo cérebro, pois comanda e faz interação com muitos outros órgãos”, esclarece.

E, apesar de as funções digestivas e absortivas serem as mais conhecidas, o professor acrescenta que o intestino ainda tem outras funções importantes. “Sem as funções do intestino, não temos a nutrição necessária para viver. Por meio do que comemos, obtemos energia, elementos essenciais à função de diversos órgãos (fígado, rins, cérebro, sistema imune, como o baço) e água. A entrada de água no organismo se dá apenas pelo que comemos. Água é o principal constituinte do corpo humano. Dessa forma, o intestino também ajuda a manter nossa colemia, ou seja, a quantidade de sangue que circula em nosso corpo. Por isso desidratamos quando temos diarreia e vômitos”, explica Campos.

‘Conversa’
Mas como se dá na prática essa conversa do cérebro com o intestino? De acordo com o coloproctologista, o órgão mais inteligente do sistema digestório/excretor é o intestino delgado, pois suas funções não dependem do sistema nervoso central (SNC). Como explica o médico, “o intestino executa suas tarefas sob a mediação de numerosos estímulos nervosos transmitidos pelo sistema nervoso entérico (SNE). Essa interação entre SNC e SNE gera motilidade intestinal (ou a inibe), modula a produção de secreções intestinais e de uma infinidade dos chamados entero-hormônios, com ação local e sistêmica. Um exemplo disso é a serotonina (5-hidroxitriptamina), que é encontrada e produzida por células intestinais, sanguíneas (plaquetas) e em do SNC. Ao interagir com nervos que saem e chegam ao intestino, a serotonina age como um neurotransmissor, transmitindo, de um lado, sensações como náuseas e desconforto e, de outro, é capaz de gerar motilidade e secreções intestinais”, explica.

O coloproctologista esclarece também que a serotonina é precursora da melatonina (hormônio do sono), havendo um predomínio de serotonina quando estamos em estado de alerta e da melatonina nos períodos de sono. “Ambas participam de sensações de bem-estar, otimismo, bom humor e funções de atenção e raciocínio”.

Já no intestino grosso, temos a chamada microbiota intestinal, ou seja, um grupo numeroso e diversificado de bactérias boas e ruins que convivem ali. Aproximadamente, 70% das células imunes estão presentes na mucosa intestinal. “Um intestino saudável, com a presença de bactérias boas, dificulta a proliferação e crescimento de micro-organismos oportunistas e patogênicos (os que causam doenças). Um tema muito discutido atualmente é a importância da microbiota intestinal – ela é formada geralmente por fatores como nascimento por parto normal, aleitamento materno e consumo adequado de dieta equilibrada e saudável”, diz a nutricionista.

Em situação de alimentação saudável, serão fornecidos substratos para que as ‘bactérias do bem’ se desenvolvam, haverá boa regulação do sistema imune e boa homeostase, ou seja, tudo em equilíbrio e funcionando bem. “Mas, ao adotar uma dieta desequilibrada, ela poderá levar ao desequilíbrio imunológico e à inflamação, causando distensão abdominal, dor, flatulência, constipação ou diarreia”, acrescenta Caroline.

PROBIÓTICOS
A especialista ressalta que um estudo realizado com mulheres saudáveis que ingeriram bebidas contendo probióticos (bactérias boas que atuam na melhora da função intestinal) mostrou por meio do exame de ressonância magnética que a oferta desse tipo de produto, em pouco tempo, pode modificar a reação emocional perante determinada situação.

“O intestino comporta-se também como um órgão endócrino. As células intestinais produzem, secretam e ativam peptídeos que agem no controle do apetite e saciedade e podem trazer benefícios, como a redução de peso corporal, melhorando o controle glicêmico e a sensibilidade à insulina.” Na prática, explica a nutricionista, significa que “a insulina vai agir de maneira mais eficiente no organismo. O pâncreas vai secretar menos insulina, e isso acarretará melhor controle da glicose no organismo”.

O médico Fábio Campos acrescenta que todas essas funções complexas são exercidas por todo o intestino. “Enquanto o delgado cuida mais das funções abortivas de nutrientes, o intestino grosso (cólon) tem mais funções excretoras. Mas a parte imunológica é exercida por todo o intestino. No cólon, a presença de inúmeras bactérias faz a maior parte da fermentação bacteriana sobre os carboidratos, gerando energia e substâncias essenciais ao organismo. É quando a microbiota intestinal se altera que podem surgir afecções como infecção intestinal e algumas doenças intestinais (síndrome do cólon irritável, doença de Crohn, retocolite ulcerativa etc.)”, indica Campos.

O QUE É NORMAL E O QUE É UM ALERTA DO ORGANISMO
O coloproctologista Fábio Guilherme Campos, presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) alerta sobre os principais sintomas de que o organismo não vai bem e situações que são consideradas comuns pelos especialistas:

» ALERTAS
•Mudança brusca ou progressiva do hábito intestinal habitual e a presença de produtos patológicos nas fezes (muco e sangue);
•Uma diarreia que dure de uma a duas semanas deve ser investigada. Mas quando essa diarreia for recorrente por mais tempo, deverá ser cuidadosamente avaliada por um médico, a fim de detectar alguma doença que justifique o sintoma;

» SITUAÇÕES COMUNS
•O funcionamento intestinal de uma pessoa varia bastante. Pode-se ter como funcionamento normal um indivíduo que evacua de três a quatro vezes por dia até um indivíduo que demore de dois a três dias para evacuar;
•O importante é que, ao evacuar, a pessoa não tenha desconforto (dores abdominais, dor no reto, sangramento, necessidade de fazer muita força para evacuar) com essa
alteração intestinal.

» PROBLEMAS GRAVES
•O intestino também adoece. As doenças inflamatórias do intestino são a doença de Crohn, a retocolite ulcerativa; do megacólon, chapisco e idiopático; doença diverticular dos cólons, doenças funcionais, pólipos intestinais etc.
•O câncer do intestino é o câncer colorretal (do intestino grosso). Um tumor no intestino delgado é considerado raro.
•Frequentemente, a maioria dessas doenças é tratada por medicamentos, orientações alimentares e até cirurgia. Num determinado momento da evolução da doença, orientações alimentares podem se tornar fundamentais para controlar os sintomas.
•O exame mais frequentemente indicado para avaliar todo o intestino grosso é a colonoscopia. A colonoscopia não avalia o intestino delgado. Esse é mais bem avaliado por outro exame, que se chama enteroscopia, mas sua indicação é bem mais rara.

» SAÚDE INTESTINAL

•Para manter o intestino saudável, é preciso ter uma alimentação variada, contendo diferentes fontes de nutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras), associada à ingestão frequente de água e líquidos (1,5 a 2 litros por dia). Muito importante também é a atenção aos estímulos intestinais, ou seja, responder à vontade de evacuar. Uma quantidade diária de 25g a 30g de fibras variadas deve ser adaptada à dieta.
•Evite alimentos industrializados, embutidos e conservas. Esses alimentos são irritantes da mucosa intestinal.
•Deve-se praticar atividade física regular; respeitar o funcionamento do intestino, não deixar a vontade de ir ao banheiro “passar” porque não está em casa e não gosta de usar outros banheiros. Não usar laxantes indiscriminadamente e sem orientação médica.

Duas de três brasileiras sofrem com alterações
Na prática, quem mais sofre com alterações intestinais são as mulheres, que relatam intestino preso. Para se ter uma ideia, duas a cada três brasileiras relatam ter problemas com o órgão. Os mais comuns são gases (57%), inchaço (56%), sensação de peso (46%) e prisão de ventre (26%). Mas o que leva a tanta indisposição? As causas mais comuns incluem má alimentação (77%), sedentarismo (45%), cansaço e falta de tempo (52%), longos períodos assentadas (40%) e estresse e aborrecimento (61%). Porém, o problema intestinal também pode ser invertido, se tornando solto e causando a diarreia.

Esses dados foram apresentados durante o 2º Congresso Brasileiro Pre, Pro e Simbióticos, em São Paulo, no fim de 2015. O Estudo SIM (saúde intestinal da mulher) coletou dados de 3.029 mulheres, em 10 cidades brasileiras de diversas regiões, e foi desenvolvido pela Federação Brasileira de Gastroenterologia. O objetivo era saber a quantas andava a saúde do intestino feminino e como a mulher reage aos problemas relacionados a esse órgão.

A nutricionista Caroline Fernandes salienta que o mapa desenhado pelo SIM deu um panorama interessante do perfil da saúde das brasileiras. “Desse estudo surgiu um dado alarmante, pois dois terços delas relataram problemas intestinais nos 15 dias anteriores ao questionário. As principais causas apontadas foram má alimentação (77%), estresse (61% eixo cérebro-intestino, indicando que o estresse emocional age sobre o intestino, causando diarreia ou prisão de ventre) e sedentarismo (45%).”

Queixas comuns
As principais queixasm segundo a nutricionista, foram gases, desconforto abdominal, sensação de peso e intestino preso. Das mulheres que relataram alteração no tempo de trânsito intestinal, 89% disseram que isso refletia em alterações do humor; 79%, que os problemas intestinais impactavam a vida sexual e, consequentemente, a autoestima, pois não conseguiam aproveitar o momento e ficavam inseguras, com medo de soltar gases durante a relação sexual.

“A maioria das mulheres relatou que não procurava ajuda médica, pois não considerava o problema como doença”, comenta a especialista, ressaltando que isso faz refletir sobre a importância da saúde intestinal. “Geralmente, as pessoas apontam para o intestino dizendo que ele é preguiçoso, que não funciona. Mas o intestino está ligado a todas as funções do corpo. É preciso que as pessoas se conscientizem da importância de cuidar desse órgão. É necessário cuidar da alimentação, praticar atividade física e investir na qualidade dos relacionamentos, diminuindo o estresse e a ansiedade.”

 

Um órgão maravilhoso
Doutoranda em microbiologia, Giulia Enders lançou em 2014 O discreto charme do intestino – tudo sobre um órgão maravilhoso, um livro que conta detalhadamente e de forma bem didática todo o caminho que os alimentos fazem desde que os colocamos na boca. Giulia aborda em sua publicação temas como a relação entre o funcionamento do intestino, depressão e sobrepeso; fala de alergias e intolerância; como os órgãos transportam os alimentos e o papel de cada um no processo de digestão dos alimentos; e, por fim, fala das bactérias presentes no organismo e seu papel na nossa saúde. Leitura interessante para quem quer compreender como seu corpo funciona.

Fonte: Uai Notícias

Se esticado, o intestino humano atinge até 9 metros de comprimento (o equivalente a um prédio de três andares). Além de comprido, esse superórgão, que tem como função primordial extrair os nutrientes dos alimentos e fornecer energia para o corpo, também abriga 500 milhões de neurônios – o que lhe rendeu o apelido de “segundo cérebro”. Neles é produzida 90% da serotonina, o neurotransmissor responsável pelo bem-estar. E, para manter tudo isso em ordem, trilhões de microrganismos trabalham na composição da flora intestinal – aquela que, equilibrada, faz com que o resto do corpo funcione bem (mas, quando preguiçosa, cria uma bagunça geral).

“A prisão de ventre acomete cerca de 20% da população, a maioria mulheres. Pesquisas relacionam essa ligação a questões hormonais e comportamentais”, afirma o gastroenterologista Fernando Assed, do Rio de Janeiro.

Alguns dos sintomas de constipação são: ir ao banheiro menos de três vezes por semana, sob muito esforço; sensação de não esvaziamento total após a evacuação e desconfortos abdominais. Ainda que só um médico possa fazer o diagnóstico preciso, algumas estratégias são comprovadamente eficientes para manter a saúde dessa região. Prepare-se para colher os benefícios (barriga mais lisa e menos doenças).

De olho no prato

O fator que mais interfere na prisão de ventre é a alimentação – por isso mesmo, está nela um dos principais caminhos para a solução. Não se trata, apenas, de incluir este ou aquele ingrediente no cardápio diário. “O primeiro passo é desintoxicar o organismo, eliminando o excesso de pratos gordurosos (como frituras) e de processados e refinados (como pão e arroz branco)”, orienta a nutricionista Rachel Faria, do Rio de Janeiro.

Planeje as refeições de forma que consiga incluir o maior número de itens benéficos ao abdômen: frutas frescas, vegetais escuros e legumes estão no topo dessa lista. Recomenda-se a ingestão de cerca de 25 gramas de fibras por dia – uma concha de feijão tem quase 10 gramas. Boas fontes delas são vegetais folhosos (como alface, brócolis e couve), mamão, ameixa seca, laranja (com bagaço) e grãos (como linhaça, gergelim, farelo de trigo e granola).

Para que esses alimentos não causem efeito rebote, congestionando o trânsito intestinal, beber uma quantidade mínima de água por dia (a Organização Mundial da Saúde recomenda uma média de 2,5 litros) é imprescindível. Para um cálculo individualizado, considera-se 0,04 litro de água por quilo de peso.

Movimento contínuo

A prática regular de exercícios (pelo menos 30 minutos por dia) também é fundamental para o bom funcionamento do intestino. “Mexer o corpo colabora para a movimentação do trânsito intestinal, aumentando a capacidade do órgão de realizar os movimentos peristálticos”, diz Faria. Há ainda duas outras vantagens apontadas por uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, na Inglaterra: uma maior liberação de fluxo sanguíneo é capaz de otimizar o funcionamento do organismo como um todo (inclusive do intestino), e o fortalecimento muscular dá impulso à ação mecânica do órgão.

Para fins de ganhos específicos para essa região, as atividades mais recomendadas são pular corda, caminhar, praticar ioga e fazer agachamentos.

Bactérias boas

Lactobacilos e bifidobacterium, os chamados probióticos, são microrganismos que compõem a flora intestinal (microbiota), facilitam a digestão e reduzem inflamações (que deixam o metabolismo mais lento). “Quando eles estão em desequilíbrio, abrem espaço para distúrbios como a constipação, a síndrome do intestino irritável e até doenças metabólicas e inflamatórias”, alerta a endocrinologista Alessandra Rascovski, de São Paulo. Por outro lado, quando equilibrados, trazem vários ganhos: “Eles atuam em nossa imunidade como um todo e até na regulação do armazenamento de gordura no tecido adiposo”, completa a médica. Essas bactérias “do bem” estão presentes em leites, iogurtes e no kefir (um probiótico normalmente extraído do leite).

Ainda assim, especialistas vêm indicando com cada vez mais frequência a suplementação com cápsulas ou sachês a quem tem necessidade de ajuda extra. Outro reforço é feito via ingestão de alimentos considerados prebióticos, que funcionam como nutrientes dessas bactérias boas (o que ajuda a aumentar a quantidade delas): fibras e carboidratos complexos, como alcachofra, alho-poró, beterraba, centeio e integrais em geral.

De corpo e alma

Toda a rede de neurônios justifica a enorme influência das emoções no funcionamento do intestino – não é à toa que um nervosismo se reflete na barriga. “Vergonha de ir ao banheiro em qualquer lugar, comum especialmente entre as mulheres, também atrapalha o órgão”, lembra Rascovski.

A questão emocional provoca uma trava física, que pode levar dias para ser afastada. Como uma via de mão dupla, o desequilíbrio intestinal também afeta a produção de serotonina, causando alterações de humor, como irritação e desânimo. Estudos demonstram que períodos de estresse diminuem o fluxo sanguíneo em órgãos vitais, atrapalhando seu funcionamento.

Justamente por isso, tratamentos multidisciplinares (que olham o paciente como um todo), com técnicas de meditação, massagem e acupuntura são prescritos por médicos e nutricionistas com cada vez mais frequência.

Sinal de alerta

Estar com intestino preso é diferente de ter essa condição. A disfunção inesperada que se prolonga por mais do que três dias pode significar algum desequilíbrio mais sério, como a síndrome do intestino irritável.

Procure um médico gastroenterologista se sintomas como dor ou desconforto abdominal, estufamento e distensão abdominal, associados a alterações nas fezes, se repetirem por mais de três dias.

“Não existe receita mágica, mas se nenhuma das indicações básicas (acima) melhorarem o funcionamento do intestino, este pode ser um sinal de que algo não vai bem”, afirma Rachel Faria.

Fonte: Notícias MSN

As doenças inflamatórias intestinais são cada vez mais comuns e não afetam apenas o aparelho digestivo. Saiba como evitar e tratar esses problemas

As doenças inflamatórias intestinais — nome que reúne a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa —, estão em ascensão entre adultos jovens. “Elas têm aumentado nos últimos dez anos e acredita-se que isso não seja apenas fruto do maior número de diagnósticos”, afirma gastroenterologista brasileira Dídia Cury.

Já foram identificados diversos genes ligados a elas, mas é provável que o estilo de vida favoreça sua erupção e as crises. Apesar de ainda não conhecermos os mecanismos exatos, o estresse, o tabagismo e a dieta desbalanceada podem influenciar os sintomas e a gravidade do quadro.

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As estimativas mostram que essas enfermidades são muito mais comuns no Ocidente — e, ao que tudo indica, os hábitos deste lado do globo pesam a favor de novos casos. Além disso, corre a hipótese de que a adoção demedidas de higiene e de extermínio de micro-organismos (desinfetantes e por aí vai) repercuta negativamente no corpo de pessoas com propensão a tais doenças.

Sem vírus e bactérias para enfrentar, o sistema imune delas passa a descontar na flora intestinal. E aí nasce o incêndio. “Estamos diante de problemas complexos, com diversas manifestações, e que precisam ser acompanhados porque comprometem a qualidade de vida”, alerta Dídia.

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Como já adiantamos, um intestino em chamas representa ameaça a outros cantos do corpo. “Tanto a doença de Crohn quanto a retocolite podem ocasionar manifestações fora desse órgão”, afirma a cirurgiã do aparelho digestivo Angelita Habr-Gama, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na capital paulista. E, por incrível que pareça, às vezes um sinal na periferia aparece antes mesmo do rebuliço dentro da barriga.

“Há pessoas com dores nas articulações motivadas pelo problema que só apresentam mais tarde os sintomas no intestino”, conta Dídia Cury. Essa situação nos permite imaginar a dificuldade em fazer o diagnóstico precoce.

As doenças inflamatórias não poupam os olhos, o fígado nem os rins. Até cálculo renal elas patrocinam! “Nessas condições, há muita perda de líquido por causa das diarreias e um aumento na absorção de oxalato, substância que, na urina, pode se transformar em cristal”, explica o nefrologista Nestor Schor, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp.

O estado nutricional também é abatido. Dependendo da região do intestino afetada, temos um prejuízo na absorção de vitaminas e outros nutrientes. São razões de sobra para procurar um especialista se houver suspeita de um dos males.

 

O diagnóstico

“Para fecharmos o diagnóstico, recorremos a exames de imagem, de sangue e métodos como a colonoscopia”, informa Dídia. Detectado o martírio, a ciência dispõe de meios cada vez mais eficazes para controlá-lo.

É difícil falar na cura dessas doenças, mas estamos aprendendo melhor o papel da flora intestinal e como suas alterações repercutem no processo inflamatório. Aliado ao tratamento e ao acompanhamento médico, o estilo de vida pode intensificar o socorro ao intestino — daí a recomendação de seguir um cardápio equilibrado, praticar atividade física, aliviar o estresse e não fumar. “Se o problema está controlado, o indivíduo pode levar uma vida normal”, diz Angelita.

 

Tratamentos à disposição

Há um extenso arsenal terapêutico contra as doenças inflamatórias intestinais. “Mas a resposta ao tratamento varia muito entre os pacientes”, já adianta Angelita Gama.

A primeira frente de batalha é composta de drogas como as mesalazinas e os corticoides. Quando elas não funcionam, entram em cena os medicamentos imunossupressores.

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Se esses deixam a desejar, a solução é recrutar a terapia biológica. “São injeções que anulam uma substância inflamatória em alta no organismo e, assim, domam a inflamação exacerbada no intestino”, explica Dídia Cury. “Essas drogas mudam, de fato, o curso da doença.”

Mas e se todos os fármacos falharem? “Nesse caso, a solução se encontra em cirurgias que podem ressecar ou remover a área acometida pelo problema”, afirma Angelita.

Fonte: Saúde Abril

Pesquisadora da universidade de Campinas enaltece propriedades anti-inflamatórias; agricultor diz que 90% do bagaço é descartado após a prensagem.

Uma pesquisadora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) desenvolveu um extrato a partir do bagaço da uva, usualmente descartado na produção de produtos a base da fruta, que pode ajudar a combater inflamações no intestino, como a colite e a doença de Crohn.

A biológa Isabela Martins preparou um pó a partir do bagaço da uva seco e chegou ao extrato após acrescentar uma enzima chamada tanase. O tratamento enzimárico aumentou em 50% a concentração de fenóis antioxidantes na comparação com amostras sem tratamento, e o produto se mostrou eficaz no combate a inflamações no intestino.

“O resíduo de uva, em si, já é muito rico em compostos antioxidantes. A ideia de utilização dessas enzimas seria para conseguir quebrar esses compostos em compostos menores, mais simples. E, dessa forma, eles conseguiram ser mais absorvidos em nosso intestino”, explica a pesquisadora.

A pesquisa foi feita para uma tese de doutorado, e foi concluída em um laboratório especializado em antioxidantes em Boston, nos Estados Unidos. Isabela contou que testou o extrato em células do intestino com processos inflamatórios e o resultado surpreendeu.

“Após o tratamento com as enzimas nesse extrato, tivemos um aumento de aproximadamente 25% no efeito anti-inflamatório desses compostos”, destaca Isabela.

Benefícios no ‘lixo’

A casca da uva é rica em antioxidantes, que estão presentes nos compostos fenólicos e ajudam a combater os radicais livres. Mas, no processo da elaboração do vinho e outros produtos a base da fruta, boa parte desse bagaço é eliminada depois da prensagem.

O agricultor Ricardo Ferraguti contou que, de cada 10kg de uva, 4kg acabam descartados em forma de bagaço. “Hoje a gente usa em torno de 10% do que sobra para a fabricação de geleia, e os outros 90% são descartados”, diz.

Novos produtos

A ideia da pesquisadora é que a descoberta possa chegar ao alcance da população em breve. “A ideia seria transformar esse resíduo em um produto, um ingrediente, que possa ser incorporado em outros alimentos como pães, biscoito ou iogurtes. A ingestão desses produtos possivelmente teria um efeito preventivo contra doenças inflamatórias do intestino”, afirma Isabela.

Órgão é um dos primeiros lugares do corpo a acusar tensão e ansiedade.
Contra azia, é bom comer proteína com carboidrato, e não tomar antiácido.

Se você come algo e logo depois sente aquela azia ou queimação, é sinal de alerta: seu estômago pode estar “estressado”. Isso porque, quando você está tenso ou ansioso, sua digestão piora.

Além disso, o estresse é fator de risco para outras doenças, como câncer, problemas cardiovasculares e metabólicos. E o estômago é um dos primeiros lugares do corpo a acusar o mal que o estresse faz à saúde.

egundo o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui e o gastroenteorologista Ricardo Barbuti, a azia é um sintoma presente em uma série de complicações do sistema digestivo, que aparece quando o estômago está ácido demais. Entre os problemas em que essa queimação está presente, estão o refluxo, a esofagite, a gastrite e a úlcera.

Contra azia, é bom comer proteína com carboidrato, como macarrão, arroz ou batata. Isso porque esses alimentos exigem mais do estômago para serem digeridos, “gastando” o suco gástrico e diminuindo a acidez do estômago.

ara quem costuma tomar antiácidos contra azia, é importante saber que o alívio geralmente é momentâneo, funcionando para crises e dores agudas. Esse hábito, porém, pode trazer um efeito rebote, causando mais acidez depois. Por isso, é preciso buscar tratamento.

Entre as alternativas comuns usadas contra queimação no estômago, mas que não funcionam, estão sal de frutas e chá de boldo. O primeiro não tem efeito porque é uma substância ácida, e até pode piorar os sintomas. Já o chá não tem nenhuma comprovação científica, e também é necessário tomar cuidado com a procedência da planta.

Gastrite x úlcera
Os médicos explicam que tanto a gastrite quanto a úlcera podem provocar dor constante em queimação, que melhora ao comer, pode até acordar a pessoa à noite e aumenta com o estresse.

A dor das duas doenças acontece em três tempos: começa, a pessoa come, a dor passa e depois volta.

Os mecanismos relacionados à formação da gastrite são semelhantes aos da úlcera. Uma das causas mais importantes é o aumento do ácido clorídrico no estômago, o que faz com que a acidez do aparelho digestivo fique alta.

Com o estômago mais ácido, a mucosa que reveste o órgão é prejudicada, e isso gera um processo inflamatório. A diferença é que a gastrite é uma inflamação geral no estômago, deixando-o mais avermelhado e provocando machucados superficiais.

Já a úlcera é um pouco mais grave, quando se formam feridas na parede do estômago, e a mucosa fica com machucados profundos, que ardem e doem. Se a úlcera não for tratada, pode piorar a ponto de perfurar a parede do estômago e causar o que se chama de hemorragia digestiva, um sangramento dentro do estômago. Nesse caso, vômitos ou vômitos com sangue são um sinal de alerta. Se apresentar esses sinais, procure um médico imediatamente.

Tanto a úlcera quanto a gastrite também podem estar relacionadas a uma bactéria presente no estômago chamada Helicobacter pylori. Estima-se que mais da metade dos brasileiros carregue esse micro-organismo no corpo. É por causa dela que boa parte do tratamento dessas doenças é feita com antibióticos.

A H. pylori aumenta a secreção de ácido clorídrico no estômago, elevando a acidez do suco gástrico. Com uma acidez maior, o estômago não consegue se proteger, e a mucosa inflama. Algumas pessoas têm uma defesa natural a essa bactéria, o que evita a gastrite. Mas, quando há um episódio de baixa imunidade, ela pode achar um ambiente ideal e agir com mais intensidade.

Dicas alimentares
Os médicos deram algumas dicas de alimentação para evitar problemas no estômago. Veja as principais:

– Fracione a alimentação: Fracionar a dieta é essencial para estimular o trabalho do estômago de maneira uniforme e fazer com que o ácido seja usado frequentemente para processar os alimentos e não fique muito tempo “parado”.
– Não fique muito tempo em jejum: O jejum faz justamente com que o ácido gástrico fique parado. Quanto mais tempo isso ocorre, maior é a acidez, e o estômago vazio também se torna mais suscetível a inflamações.
– Evite grandes refeições: Quando você come muito, o estômago não consegue processar tudo e estimula mais a produção de ácido.

Alimentos que aumentam a acidez
– Pimenta
– Comidas condimentadas (mexicana, baiana, etc)
– Cigarro
– Bebidas alcoólicas
– Refrigerante
– Cafeína (café, chá preto, chocolate, etc)
– Energético
– Cápsulas de guaraná
– Goma de mascar

Fonte: G1

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