A Cirurgia do Aparelho Digestivo é uma especialidade cirúrgica que cuida das doenças que acometem todo trato digestivo alto, são elas:
Esôfago – A cirurgia do esôfago é usada principalmente nos casos em que ocorre obstrução do órgão por formações tumorais. Dessas, a mais grave é o câncer, cujo tratamento só não será cirúrgico se o tumor já tiver atingido amplamente órgãos vizinhos, ou se tiver se expandido em metástases.
Procedimento Cirúrgico
O primeiro objetivo da operação consiste em extirpar total ou parcialmente o esôfago, de acordo com a extensão do processo tumoral, além de restabelecer as funções de deglutição. Quando a lesão é instalada no terço superior do órgão, ou seja, no chamado esôfago cervical (mais próximo ao pescoço), o tubo muscular é geralmente substituído por um tubo de pele, que é costurado à faringe e ao resto do esôfago. Nos casos de tumores localizados mais abaixo, na região torácica, recorre-se, em geral, a uma porção do estômago ou a uma alça do jejuno (segundo segmento do intestino delgado).
Estômago – Gastroplastia endoscópica: costura o estômago, reduzindo sua capacidade de 1,5 litro para 600 ml. Ela é indicada para quem tem sobrepeso ou para quem tem IMC acima de 35, tem indicação de bariátrica, mas quer um procedimento menos invasivo. É indicada para quem tem sobrepeso (IMC entre 27 e 35) ou obesidade (IMC acima de 35).
Balão gástrico: é colocado por uma endoscopia digestiva e é preenchido com soro fisiológico. É para quem tem sobrepeso e que precisa emagrecer pouco. Sleeve: corta dois terços do estômago e é indicado para obesos mórbidos. A gastrectomia vertical ou sleeve é opção para obesos mórbidos (IMC a partir de 35, com doenças associadas à obesidade: diabetes, hipertensão, apneia do sono e doenças articulares).
By-pass: é a técnica da bariátrica mais realizada no mundo. O estômago é costurado e a cirurgia é indicada para quem tem que perder muito peso e quem tem doenças associadas à obesidade.
Intestino delgado – Enterectomia: Retirada de um segmento do intestino delgado em casos de inflamações, tumores benignos ou malignos, traumatismos. É feita uma anastomose (emenda) dos segmentos para permitir a continuidade do trânsito no tubo digestivo.
Outros órgãos abdominais
Fígado: Hepatectomia parcial – É a retirada cirúrgica de parte do fígado. Realizada para tratamento de tumores primários de fígado e metástases hepáticas de outros tumores em casos selecionados (principalmente colorretais e carcinóides)
Vias biliares – Colecistectomia é das operações mais realizadas e a mais frequente das cirurgias abdominais. É segura, com mortalidade e índice de complicações muito baixas. Certamente muito menores do que os problemas decorrentes das complicações das doenças vesiculares. Era realizada por uma incisão ampla da parede do quadrante superior do abdômen. Havia dor pós-operatória significativa e permanência hospitalar de vários dias, além de complicações próprias da incisão operatória.
Pâncreas – Gastroduodenopancreatectomia ou Cirurgia de Whipple, que é uma técnica cirúrgica em que é retirada a cabeça do pâncreas e, por vezes, também parte do corpo do pâncreas, vesícula biliar, ducto biliar comum, que é um tubo que faz a ligação entre a vesícula e o intestino delgado, parte do estômago e duodeno, que é uma parte do intestino delgado.
Duodenopancreatectomia: é uma técnica cirúrgica semelhante à cirurgia de Whipple, mas a parte inferior do estômago não é removida.
Pancreatectomia Total: é uma cirurgia em que é removido o pâncreas inteiro, o duodeno, parte do estômago, baço e vesícula biliar.
Pancreatectomia Distal: é uma cirurgia em que só é removida a cauda do pâncreas e, por vezes, parte do corpo do pâncreas e baço. Esta cirurgia é realizada quando o câncer está localizado na cauda do pâncreas.
Baço – A esplenectomia é um procedimento cirúrgico para remover o baço ou parte dele. A razão mais comum para a esplenectomia é tratar uma ruptura do baço, quando ele é rompido em razão de uma lesão abdominal, geralmente traumática. O método cirúrgico utilizado depende muitas vezes do tamanho do baço, mas a esplenectomia é mais comumente realizada por meio de uma laparoscopia, a não ser que o baço esteja muito crescido. Durante a laparoscopia, o cirurgião faz quatro pequenas incisões no abdômen e, em seguida, insere um tubo com uma câmera de vídeo minúscula em seu abdômen, através de uma das incisões. Mediante observações das imagens de vídeo, o cirurgião remove o baço com ferramentas cirúrgicas especiais que são colocadas nas outras três incisões. Em seguida, o médico cirurgião fecha as incisões. Com este tipo de cirurgia o paciente pode deixar o hospital no mesmo dia e se recuperar totalmente em cerca de duas semanas.